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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Resenha de Vidas em risco: crítica do presente em Heidegger, Arendt e Foucault
Autor(es): Fernandes, Antônio Batista
Palavras-chave: Ética;Biopolítica;Modernidade
Data do documento: 2012
Instituição/Editor/Publicador: http://filosofia.ufc.br/argumentos/
Citação: FERNANDES, Antônio Batista. Vidas em risco: crítica do presente em Heidegger, Arendt e Foucault. Argumento Revista de Filosofia, Fortaleza, v. 4, n. 7, p. 135-140, 2012. Resenha da obra de: DUARTE, André. Vidas em risco: crítica do presente em Heidegger, Arendt e Foucault. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
Resumo: O livro de André Duarte, Vidas em risco, compõe-se de um conjunto de ensaios com o propósito de pensar os riscos a que está exposta a vida humana na modernidade tecnocientífica, visto que na modernidade a vida se torna um problema central. Sua obra está organizada por uma introdução e três partes, partindo das narrativas filosóficas da modernidade, passando pela técnica e a biopolítica, até chegar às questões éticas. A proposta de Duarte é formular um diagnóstico filosófico da modernidade, a partir das reflexões de Foucault, Arendt e Agamben, cotejadas com as ideias de Nietzsche e Heidegger. Não é pretensão do autor esgotar o problema, tão pouco forçar “combinações e aproximações sem ser obrigado a estabelecer hierarquias, influências e linhas entre eles” (p. 3). O objetivo maior é estabelecer tal diagnóstico a partir de uma ontologia crítica do presente, pensada dentro da história, comum a esses autores, em sua atualidade e em relação ao passado e ao futuro. Na primeira parte do livro de André Duarte, dedicada às narrativas filosóficas da modernidade, o autor começa por apresentar a filosofia de Heidegger, não como uma filosofia que trata especificamente da modernidade, mas que tem como preocu- DUARTE, André. Vidas em risco: crítica do presente em Heidegger, Arendt e Foucault. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. * Mestrando em Filosofia pela UFC – CAPES. Antônio Batista Fernandes* pação fundamental a questão filosófica do ser. Heidegger definiu a modernidade como um período de esquecimento do ser, que se oculta nos entes e se perde em meio ao desenvolvimento tecnocientífico moderno. O homem esqueceu sua relação com o ser, que é despotencializado, “o espírito se converte em meio para outros fins, isto é, em razão instrumental.” (p. 23). Temos, então, na modernidade, um novo projeto metafísico fundamental, baseado numa nova interpretação do ente e numa nova concepção da verdade. Para Heidegger, a ciência moderna é marcada por uma descontinuidade ontológica entre a ciência da Idade Média e a épistémè da Antiguidade. O homem assume, na modernidade, a medida e o centro do ente. Segundo Duarte, ao refletir sobre o final da metafísica
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/5841
ISSN: 1984-4247 (impresso)
1984-4255 (on-line)
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