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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/57807
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.advisor | Silva, Odalice de Castro | - |
dc.contributor.author | Silva, Luciana Bessa | - |
dc.date.accessioned | 2021-04-16T20:20:27Z | - |
dc.date.available | 2021-04-16T20:20:27Z | - |
dc.date.issued | 2021 | - |
dc.identifier.citation | SILVA, Luciana Bessa. Carlos Drummond de Andrade: o poeta na condição de leitor. Orientadora: Odalice de Castro Silva. 2021. 520 f. Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/57807 | - |
dc.description.abstract | The greatest mission of the writer Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) was to be an “action poet” and the only weapon he had was the word, his accomplice and inseparable companion. His work is long and multiple: between Alguma poesia (1930), initial work, and Farewell (1996), posthumous work in which he recorded from loves to pains, skepticism, life and death drives, childhood and homeland. This “public poet”, besides being an observer, was a photographer and an everyday reader. He first read the world, then the words. He collected some and appropriated others for the construction of his Poetics, becoming a fighter, or better, a writer. He refused to rhyme words, to write lines about birthdays and personal incidents. He found some “stones in the way”, but he created his own method: the lost and released words at the mercy of the writers. In this constant and inglorious struggle, he deciphered enigmas, constructed new words and made others more beautiful, joined the cause of men who suffer amid the uncertainties brought by the capitalist machine, came to think that poetry was incommunicable, but aware that the present time it was his subject, he urged everyone to stay with “Hand in Hand”, because he understood poetry as resistance. As a writer, he was first and foremost a reader. In “Childhood” he read the magazines Tico-Tico (1905) and Fon-Fon (1907). As a teenager, together with the “boys from Belo Horizonte” he founded Revista (1925), the largest disseminator of modernist ideas in Minas Gerais and participated in several others: Revista Verde (1927) and Leite Criolo (1929) also in Minas Gerais. Therefore, the object of this research is the analysis of the readings that influenced the writer Carlos Drummond de Andrade through the dialogue that his poetry establishes with other writers, painters, photographers, characters, literary critics of Brazilian Literature and Foreign Literature. Therefore, we reflect on the categories: Drummond, influence, intertextuality, reader and writer. The research is divided into four phases: in the first, we present an overview of the 20th century, since Drummond is a writer of that period and we share the idea that is through the historical context that we best understand a writer. In the second phase, we revisit the concept of influence and intertextuality and experience it within the poet's own work, since dialogicity is the condition of language's existence. Although our focus was on his poetics, we went through the books more closely: Alguma poesia (1930), A rosa do povo (1945), Viola de bolso and Viola de bolso entrecortada (1952-1955), Discurso de primavera e algumas sombras (1977) and Amar se aprende amando (1985). In the third, after the discussion about the reading process and its importance, we witness the loving encounter between the reader Carlito and the books that marked his childhood and adolescence, to understand his interpretation of the world in maturity. To understand the formation of this critical reader, we went to the work: Boitempo I – Memória, Boitempo II – Menino antigo and Boitempo III – Esquecer para lembrar. In the last phase, the boy reader becomes a writer, so we reflect on the process of Drummondian reading and writing between the universe of poetry and the universe of prose. We use the hermeneutic method, based on the conceptions of Eduardo Portella, as the work’s methodologically bases. At certain moments, it was necessary to highlight the biographical (José Maria Cançado), historical (Gilberto de Melo Kujawski, Eric Hobsbawn), critical (Afonso Romano de Sant’ Anna, Antonio Cândido, John Gledson, Otto Maria Carpeaux etc) and stylistic aspects (Hélcio Martins, Emanoel de Moraes etc). Carlito first read the world, then the words. His first reading experiences were through magazines. He was taken to the “country of literature” by his family, friends and teachers. The experience at the Grêmio Dramático e Literario Arthur de Azevedo, the literary and non-literary conversations at Café Estrela the trips to Alves Bookstore and the non-traditional work with translation contributed to Carlos Drummond de Andrade, from an early age, became an astute, sensitive and critical reader of himself and the reality around him. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.subject | Andrade, Carlos Drummond de, 1902-1987 Crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject | Influência (Literária, artística, etc.) | pt_BR |
dc.subject | Livros e leitura na literatura | pt_BR |
dc.subject | Intertextualidade | pt_BR |
dc.title | Carlos Drummond de Andrade: o poeta na condição de leitor | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.description.abstract-ptbr | A maior missão do escritor Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi ser um “poeta de ação” e a única arma de que dispunha era a palavra, sua cúmplice e companheira inseparável. Sua obra é longa e múltipla: entre Alguma poesia (1930), obra inicial e Farewell (1996), obra póstuma em que registrou desde os amores às dores, o ceticismo, a pulsão de vida e a pulsão de morte, a infância e a terra natal. Esse “poeta público”, além de observador, foi um fotógrafo e um leitor do cotidiano. Leu inicialmente o mundo, depois, as palavras. Colheu algumas e apropriou-se de outras para construção de sua Poética tornando-se um lutador, ou melhor, um escritor. Recusou-se a rimar palavras, a fazer versos sobre os aniversários e sobre os incidentes pessoais. Encontrou algumas “pedras no caminho”, mas criou seu próprio método: as palavras soltas e libertas à mercê dos escritores. Nessa luta constante e inglória, decifrou enigmas, construiu novas palavras e tornou outras mais belas, aderiu à causa dos homens que sofrem em meio às incertezas trazidas pela máquina capitalista, chegou a pensar que a poesia era incomunicável, mas ciente de que o tempo presente era sua matéria, conclamou a todos a permanecerem de “Mãos Dadas”, porque entendia a poesia como resistência. Na condição de escritor, foi antes de tudo um leitor. Na “Infância” leu as revistas Tico-Tico (1905) e Fon-Fon (1907). Na adolescência, junto com os “rapazes de Belo horizonte” fundou a Revista (1925), o maior órgão divulgador das ideias modernistas mineiras e participou de outras várias: Revista Verde (1927) e Leite Criôlo (1929) também em Minas Gerais. Assim sendo, o objeto desta pesquisa é a análise das leituras que influenciaram o escritor Carlos Drummond de Andrade através do diálogo que sua poesia estabeleceu com outros escritores, pintores, fotógrafos, personagens, críticos literários da Literatura Brasileira e da Literatura Estrangeira. Para tanto, refletimos sobre as categorias: Drummond, influência, intertextualidade, leitor e escritor. A pesquisa encontra-se dividida em quatro fases: na primeira, expomos um panorama geral do século XX, já que Drummond é um escritor desse período e compartilhamos da ideia de que é pelo contexto histórico que melhor compreendemos um escritor. Na segunda fase, revisitamos o conceito de influência e de intertextualidade e a experimentamos dentro da própria obra do poeta, uma vez que a dialogicidade é a condição de existência da linguagem. Embora nosso foco tenha sido sua poética, percorremos mais detidamente os livros: Alguma poesia (1930), A rosa do povo (1945), Viola de bolso e Viola de bolso entrecortada (1952-1955), Discurso de primavera e algumas sombras (1977) e Amar se aprende amando (1985). Na terceira, após a discussão sobre o processo da leitura e sua importância, testemunhamos o encontro amoroso entre o leitor Carlito e os livros que marcaram sua infância e adolescência, para entender sua leitura de mundo, na maturidade. Para compreensão da formação desse crítico leitor fomos à obra: Boitempo I – Memória, Boitempo II – Menino antigo e Boitempo III – Esquecer para lembrar. Na última fase, o menino leitor torna-se um escritor, por isso refletimos sobre o processo da leitura e da escrita drummondiana entre o universo da poesia e o universo da prosa. Recorremos ao método hermenêutico, baseado nas concepções de Eduardo Portella, para fundamentar metodologicamente o trabalho. Em determinados momentos, foi necessário destacar os aspectos biográficos (José Maria Cançado), históricos (Gilberto de Melo Kujawski, Eric Hobsbawn), críticos (Afonso Romano de Sant’ Anna, Antonio Cândido, John Gledson, Otto Maria Carpeaux etc) e estilísticos (Hélcio Martins, Emanoel de Moraes etc). Carlito leu inicialmente o mundo, depois, as palavras. Suas primeiras experiências leitoras foram através de revistas. Foi conduzido ao “país da literatura” pela família, pelos amigos e pelos professores. A experiência no Grêmio Dramático e Literário Arthur Azevedo, as conversas literárias e não-literárias no Café Estrela, os passeios à Livraria Alves e o trabalho não tradicional com a tradução contribuíram para que Carlos Drummond de Andrade, desde cedo, se tornasse um leitor arguto, sensível e crítico de si e da realidade ao seu redor. | pt_BR |
dc.description.abstract-es | La mayor misión del escritor Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) fue ser un "poeta de acción" y la única arma que tenía era la palabra, su cómplice y compañera inseparable. Su obra es larga y múltiple. Entre Alguma poesia (1930), trabajo inicial y Farewell (1996), trabajo póstumo en el que registró desde amores hasta dolores, escepticismo, impulso de vida y impulso de muerte, infancia y la patria. Este "poeta público", además de ser un observador, era fotógrafo y lector de todos los días. Primero leyó el mundo, luego las palabras. Reunió algunas y se apropió de otras para la construcción de su Poética, convirtiéndose en un luchador, o mejor, en un escritor. Se negó a rimar palabras, a escribir versos sobre los cumpleaños e sobre incidentes personales. Encontró algunas "pedras no caminho", pero creó su propio método: las palabras sueltas y liberadas a merced de los escritores. En esta lucha constante y sin gloria, descifró enigmas, construyó nuevas palabras e hizo a otras más hermosos, se unió a la causa de los hombres que sufren en medio de las incertidumbres traídas por la máquina capitalista, llegó a pensar que la poesía era incomunicable, pero consciente de que la actualidad era su tema, instó a todos a quedarse con "Mãos Dadas", porque entendió la poesía como resistencia. Como escritor, fue ante todo un lector. En "Infância", leyó las revistas Tico-Tico (1905) y Fon-Fon (1907). En la adolescencia, junto con los "Rapazes de Belo Horizonte", fundó la Revista (1925), la organización más alta que difundió ideas modernistas de la minería y participó en otras historias: Revista Verde (1927) y Leite Criôlo 1929) también en Minas Gerais. Por lo tanto, el objeto de esta investigación es el análisis de las lecturas que influyeron en el escritor Carlos Drummond de Andrade a través del diálogo que su poesía estableció con otros escritores, pintores, fotógrafos, personajes, críticos literarios de la literatura brasileña y la literatura extranjera. Por lo tanto, reflexionamos sobre las categorías: Drummond, influencia, intertextualidad, lector y escritor. La investigación se divide en cuatro fases: en la primera, presentamos una visión general del siglo XX, ya que Drummond es un escritor de ese período y compartimos la idea de que es a través del contexto histórico que mejor entendemos a un escritor. En la segunda fase, revisamos el concepto de influencia y intertextualidad y lo experimentamos dentro del propio trabajo del poeta, ya que la dialogicidad es la condición de la existencia del lenguaje. Aunque nos centramos en su poética, revisamos los libros más de cerca. Alguma poesia (1930), A rosa do povo (1945), Viola de bolso e Viola de bolso entrecortada (1952-1955), Discurso de primavera e algumas sombras (1977) y Amar se aprende amando (1985). En el tercero, después de la discusión sobre el proceso de lectura y su importancia, somos testigos del encuentro amoroso entre el lector Carlito y los libros que marcaron su infancia y adolescencia, para comprender su lectura del mundo, en la madurez. Para comprender la formación de este lector crítico, fuimos al trabajo: Boitempo I – Memória, Boitempo II – Menino antigo e Boitempo III – Esquecer para lembrar. En la última fase, el niño lector se convierte en escritor, por lo que reflexionamos sobre el proceso de escritura y escritura drummondiana entre el universo de la poesía y el universo de la prosa. Utilizamos el método hermenéutico, basado en las concepciones de Eduardo Portella, para basar metodológicamente el trabajo. En ciertos momentos, fue necesario resaltar los aspectos biográficos (José Maria Cançado), históricos (Gilberto de Melo Kujawski, Eric Hobsbawn), críticos (Afonso Romano de Sant’ Anna, Antonio Cândido, John Gledson, Otto Maria Carpeaux etc) y estilísticos (Hélcio Martins, Emanoel de Moraes etc). Carlito primero leyó el mundo, luego las palabras. Sus primeras experiencias de lectura fueron a través de revistas. Fue llevado al “país de la literatura” por su familia, amigos y profesores. La experiencia en el Grêmio Dramático e Literário Arthur Azevedo, las conversaciones literarias y no literarias en el Café Estrela, los viajes a Livraria Alves y el trabajo no tradicional con la traducción aportaron a Carlos Drummond de Andrade, desde temprana edad, se convirtió en un lector astuto, sensible y crítico de sí mismo y de la realidad que lo rodeaba. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | PPGLE - Teses defendidas na UFC |
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