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Tipo: Tese
Título: Efeitos agudos da ventilação não invasiva na fisiologia do sono em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica moderada a grave estáveis
Autor(es): Lino, Juliana Arcanjo
Orientador: Holanda, Marcelo Alcantara
Palavras-chave: Sono;Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica;Ventilação Não Invasiva
Data do documento: 8-Jan-2020
Citação: LINO, J. A. Efeitos agudos da ventilação não invasiva na fisiologia do sono em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica moderada a grave estáveis. 2020. 82 f. Tese ( Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: As alterações na arquitetura do sono em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podem ser explicadas pela combinação das alterações fisiológicas da respiração durante o sono com o comprometimento da mecânica respiratória e com a redução da oxigenação arterial observados nesses pacientes. A ventilação não invasiva (VNI) noturna promove efeitos na redução da hipoventilação alveolar, melhora da qualidade do sono, da qualidade de vida e redução da mortalidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos agudos da VNI, em comparação à respiração espontânea, sobre a latência e os estágios do sono, a ocorrência de eventos respiratórios durante o sono, a hipoxemia noturna e as variações da frequência cardíaca (FC) em pacientes com DPOC moderada a grave estáveis. Tratou-se de um estudo fisiológico, desenvolvido no Laboratório da Respiração da Universidade Federal do Ceará, no período de outubro de 2017 a setembro de 2019. Os pacientes realizaram duas polissonografias (PSG). Na primeira noite foi realizada uma PSG em respiração espontânea, e na segunda, uma PSG com VNI, com os parâmetros ventilatórios ajustados individualmente em modo S/T, EPAP = 5,9 ± 1,7 cmH2O e IPAP = 14,2 ± 2,9 cmH2O, com frequência de backup = 11,5 ± 1,5 rpm. O software Sleepware G3 foi utilizado para a análise do exame de PSG e das curvas de pressão, volume e fluxo x tempo. Ao final, 10 pacientes, mulheres, com 68,1 ± 10,2 anos de idade foram incluídas no estudo. O uso da VNI durante o sono, em comparação à respiração espontânea, reduziu a latência para o início do sono (17 ± 18,8 min vs 46,8 ± 39,5 min; p = 0,02); aumentou o tempo de sono REM (41,2 ± 24,7 min vs 19,7 ± 21,7 min; p = 0,03) e reduziu o índice de apneia obstrutiva (IAO) (0 vs 8,7 ± 18,8; p = 0,01). A FC média foi menor na PSG com VNI (66,6 ± 4,1 bpm vs 70,6 ± 5,9 bpm; p = 0,03) bem como a FC máxima (84,1 ± 7,3 bpm vs 91,6 ± 7,8 bpm; p = 0,03). Em pacientes com DPOC moderada a grave estáveis, o uso de VNI durante o sono, em comparação à respiração espontânea, aumentou o tempo de sono REM, reduziu a latência para início de sono, o número de eventos respiratórios obstrutivos, assim como a FC média e máxima.
Abstract: Changes in sleep architecture in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) can be explained by the combination of physiological changes in breathing during sleep with impairment respiratory mechanics and reduction of arterial oxygenation observed in these patients. Nocturnal noninvasive ventilation (NIV) promotes effects on reducing alveolar hypoventilation, improving sleep quality, quality of life, and reducing mortality. This study aimed to evaluate the acute effects of noninvasive ventilation (NIV), compared to spontaneous breathing, on sleep latency and stages, and on the occurrence of sleep-related respiratory events, nocturnal hypoxemia, and changes in heart rate (HR) in patients with moderate to severe stable COPD. This was a physiological study, developed at the Laboratory of the Respiration of the Federal University of Ceara, from October 2017 to September 2019. Patients completed two polysomnography (PSG) studies: one during spontaneous breathing and one while receiving NIV, with the ventilatory parameters individually adjusted in a bilevel mode, S/T, EPAP = 5.9 ± 1.7 cmH2O, IPAP = 14.2 ± 2.9 cmH2O and a backup respiratory rate = 11.5 ± 1.5 rpm. Sleepware G3 software was used for the analysis of PSG and pressure, volume and flow curves x time. Participants were 10 female patients with a mean age of 68.1 ± 10.2 years. NIV during sleep, compared to spontaneous respiration, decreased sleep onset latency (17 ± 18.8 min vs 46.8 ± 39.5 min; p = 0.02); increased REM sleep time (41.2 ± 24.7 min vs 19.7 ± 21.7 min; p = 0.03) and decreased the obstructive apnea index (OAI) (0 vs 8.7 ± 18.8; p = 0.01). Lower mean HR (66.6 ± 4.1 bpm vs 70.6 ± 5.9 bpm; p = 0.03) and lower maximum HR (84.1 ± 7.3 bpm vs 91.6 ± 7.8 bpm; p = 0.03) were observed in PSG with NIV. The use of NIV in patients with moderate to severe stable COPD, while they were sleeping, increased REM sleep time and decreased sleep onset latency, the number of obstructive respiratory events, and the mean and maximum HR.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56564
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