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Tipo: Dissertação
Título: Influência da síndrome respiratória aguda grave no parto prematuro e baixo peso ao nascer no estado do Ceará : estudo INFLUEN-SA Brasil
Autor(es): Silva Filho, José Quirino da
Orientador: Leite, Álvaro Jorge Madeiro
Palavras-chave: Influenza Humana;Monitoramento Epidemiológico;Sistemas de Saúde
Data do documento: 8-Jun-2020
Citação: SILVA FILHO, J. Q. Influência da síndrome respiratória aguda grave no parto prematuro e baixo peso ao nascer no estado do Ceará - estudo INFLUEN-SA Brasil. 2020. 66 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: INTRODUÇÃO: A vacinação contra influenza em mulheres grávidas tem demonstrado reduzir o número de nascimentos prematuros. Trabalhos mostram que a influenza sazonal no Ceará, semiárido do Brasil, ocorre de 2 a 3 meses antes do Sul e Sudeste. Apesar disso todo o Brasil está sujeito ao mesmo esquema de vacinação. Portanto mulheres grávidas e seus fetos são inadequadamente protegidos contra influenza nas regiões tropicais e equatoriais do Brasil. OBJETIVO: Testaremos a hipótese de que a atual política nacional de vacinação da influenza no estado do Ceará, nos meses de abril e maio, utilizando a vacina do Hemisfério Sul, protege inadequadamente contra os efeitos materno-fetais prejudiciais de baixo peso ao nascer caracterizado por peso inferior a 2500 gramas e prematuridade caracterizada por nascimento com menos de 37 semanas. MÉTODOS: O estudo foi desenvolvido para descrever e analisar as séries históricas de casos graves de infecção respiratória aguda registrados no estado do Ceará, Brasil, no período de 2013 a 2018. Esses dados fazem parte do estudo INFLUEN-SA Brasil. RESULTADOS: Foram registrados 3297 casos de SRAG, sendo 1600 casos em homens (49%). Houve 145 (4%) registros de mulheres grávidas, sendo que apenas 134 tiveram o diagnóstico confirmado de SRAG. Destas 134, 43 (32%) tiveram SRAG por Influenza; 11 (8%) por outros vírus ou agentes etiológicos; e 80 (60%) com causa não especificada. Dos 43 registros confirmados de SRAG por influenza, 18 (42%) foram pelo subtipo A H1N1; 14 (33%) do subtipo A H3 / sazonal; 3 (7%) do subtipo A sem subtipo; 8 (19%) do subtipo B; e 3 (7%) eram do tipo A, mas sem a determinação do subtipo. Crianças com baixo peso e nascimentos prematuros foram associadas à SRAG na gravidez (N = 61), 2.879,1 ± 783,57 g (P = 0,019; teste de Mann-Whitney) e 16 (27%) (P = 0,025; Teste Qui-Quadrado) comparado às gestações de mães sem SRAG (N = 122), 3.195,6 ± 572,61 g 10 (13%), respectivamente. Na avaliação da Odds Ratio não ajustada, observamos que o aumento do peso ao nascer, a escolaridade da mãe, a gravidez anterior e o número de semanas de gestação diminuiu o risco de associação com o grupo de crianças. Por outro lado, o aumento nos cuidados pré-termos e ausência de médico ao nascimento aumentou o risco associado nas crianças de mães com SRAG.
Abstract: INTRODUCTION: Vaccination against influenza in pregnant women has been shown to reduce the number of premature births. Studies show that seasonal influenza in Ceará, a semiarid region in Brazil, occurs 2 to 3 months before the South and Southeast. Despite this, all of Brazil is subject to the same vaccination schedule. Therefore, pregnant women and their fetuses are inadequately protected against influenza in tropical and equatorial regions of Brazil. OBJECTIVE: We will test the hypothesis that the current national influenza vaccination policy in the state of Ceará, in the months of April and May, using the Southern Hemisphere vaccine, inadequately protects against the harmful maternal-fetal effects of low birth weight characterized by weight less than 2500 grams and prematurity characterized by birth with less than 37 weeks. METHODS: The study was designed to describe and analyze the historic series of severe acute respiratory infection cases registered in the state of Ceará, Brazil in the period from 2013 to 2018. These data are part of the INFLUEN-SA Brazil study. RESULTS: 3297 cases of SARS were recorded, of which 1600 were men (49%). There were 145 (4%) records of pregnant women, and only 134 had a confirmed diagnosis of SARS. Of these 134, 43 (32%) had SARS due to Influenza; 11 (8%) by other viruses or etiologic agents; and 80 (60%) with unspecified cause. Of the 43 confirmed records of influenza SARS, 18 (42%) were diagnosed as subtype A H1N1; 14 (33%) of them were subtyped as A H3 / seasonal; 3 (7%) were diagnosed as subtype A without subtype; 8 (19%) was subtyped as influenza B; and 3 (7%) were type A, but without subtype determination. Children with low birth weight and premature births were associated with SARS during pregnancy (N = 61), 2,879.1 ± 783.57 g (P = 0.019; Mann-Whitney test) and 16 (27%) (P = 0.025; Test Chi-Square) compared to control pregnancies (N = 122), 3,195.6 ± 572.61 g 10 (13%), respectively. In the evaluation of the unadjusted Odds Ratio, we observed that the increase in birth weight, the mother's education, the previous pregnancy and the number of weeks of gestation significantly reduced the risk of association with the group of children. On the other hand, the increase in preterm care and the absence of a doctor at birth increased the associated risk in the children from mothers with severe acute respiratory infection.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/53479
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