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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação da hemólise imune em pacientes submetidos ao transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas
Título em inglês: Evaluation of immune hemolysis in patients undergoing allogeneic haematopoietic stem cell transplantation
Autor(es): Oliveira, Patrícia Nunes
Orientador: Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves
Coorientador: Brunetta, Denise Menezes
Palavras-chave: Transplante de Medula Óssea;Anemia Hemolítica;Reações Antígeno-Anticorpo
Data do documento: 29-Jul-2019
Citação: OLIVEIRA. P. N. Avaliação da hemólise imune em pacientes submetidos ao transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas. 2019. 82 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.
Resumo: A hemólise imune é uma complicação reconhecida no transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas (TCTHalo). A formação de autoanticorpos ou aloanticorpos, desencadeados pela infusão das células-tronco, transfusões de hemocomponentes e exposição a medicamentos, contribuem para complicações clinicamente significativas em pacientes submetidos ao TCTHalo. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento da hemólise imune no TCTHalo. Foram incluídos, entre julho e dezembro de 2018, 21 pacientes submetidos ao TCTHalo. Amostras pré-transplante, duas vezes na semana, no período de internação e, semanalmente, até 100 dias após o transplante, foram avaliadas com hemograma, reticulócitos, lactato desidrogenase (LDH), bilirrubina indireta (BI) e testes imuno-hematológicos. Adotaram-se para análise dos dados a estatística descritiva (com mediana, média e distribuição de frequência) e a analítica pelo teste de Mann-Whitney (dados não paramétricos), programa SPSS 2.0, com p<0,05 significante. A idade média foi de 36,8 ± 12,6 anos, com 11 homens (52,4%). A doença mais prevalente foi a leucemia, em quatorze casos (66,7%). Anemia pré-transplante esteve presente em 17 pacientes (80,9%), com menores concentrações de hemoglobina naqueles com teste de antiglobulina direto (TAD) positivo. TAD positivo pré-transplante ocorreu em dois pacientes (9,52%). Aloanticorpos no pré-transplante foram identificados em quatro pacientes (19,0%), com especificidade para os antígenos do sistema RH. Nos pós-transplantes, 13 pacientes (61,9%) ainda estavam anêmicos no D+100, nove relacionados ao aumento de LDH e dois, aumento de LDH e bilirrubina indireta. Doze pacientes (57,1%) apresentaram TAD positivo no pós-transplante e, em dois destes pacientes, anti-A e Anti-B foram identificados após o teste de eluição. Os pacientes apresentaram PAI negativa no pós-transplante. Os pacientes com incompatibilidade ABO maior necessitaram de mais tempo para pega eritroide. TCTHalo com incompatibilidade ABO e de doadores não aparentados apresentaram mediana de hemocomponentes transfundidos maior, quando comparado TCTHalo de doador aparentado, porém não foi estatisticamente significativo (p>0,05). O desenvolvimento de auto e aloanticorpos contra antígenos eritrocitários não é comum em pacientes submetidos ao transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas, no entanto, complicações relacionadas à incompatibilidade ABO entre receptor e doador das CTH ocorreram em 9,52% dos transplantes.
Abstract: Immune hemolysis is a well-recognized complication in allogeneic haematopoietic stem cell transplantation (HSCT). The generation of autoantibodies or alloantibodies triggered by the stem cell infusion, transfusion of blood components and exposure to medications, contribute to clinically significant complications in patients undergoing HSTC. The aim of this study was to evaluate the development of immune hemolysis in HSTC. Between July and December 2018, 21 patients were submitted to HSTC. Pretransplant samples were evaluated twice a week going through the hospitalization period and weekly up to 100 days after transplantation were evaluated with hemogram, reticulocytes, lactate dehydrogenase (LDH), indirect bilirubin (BI) and immunohematologic tests. The descriptive statistics (with median, mean and frequency distribution) and analysis using the Mann-Whitney test (non-parametric data), SPSS 2.0, with p <0.05, were used for data analysis. The mean age was 36.8 ± 12.6 years, with 11 men (52.4%). The most prevalent disease was leukemias in fourteen cases (66.7%). Pre-transplant anemia was present in 17 patients (80.9%), with lower hemoglobin concentrations in those with positive antiglobulin test (DAT). Positive pre-transplant DAT occurred in 2 patients (9.52%). Pre-transplant alloantibodies were identified in four patients (19.0%), with specificity for the antigens of the RH system. In post-transplantation, 13 patients (61.9%) were still anemic in D + 100, nine related to LDH increase and two LDH increase and indirect bilirubin. Twelve patients (57.1%) presented post-transplant positive DAT, and in two of these patients, anti-A and anti-B were identified after the elution test. All patients had post-transplant negative ANA. Patients with major ABO mismatch required more time for erythroid attachment. HSTC with ABO incompatibility and unrelated donors had a higher median transfused blood transfusion when compared to donor HSTC, but was not statistically significant (p> 0.05). The development of autoantibodies and alloantibodies against erythrocyte antigens is not common in patients which undergo allogeneic haematopoietic stem cell transplantation; however, complications related to ABO incompatibility between recipient and donor of HSTCs occurred in 9.52% of transplants.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/52917
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