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Tipo: Dissertação
Título: As herbáceas Sesuvium portulacastrum (Aizoacea) e Batis maritima (Batacea) facilitam o estabelecimento e crescimento de Avicennia germinans (Acanthaceae) em um manguezal em recuperação na Apa do estuário do rio Pacoti, Ceará, Brasil
Autor(es): Villavicencio, Carolina Bracho
Orientador: Bezerra, Luis Ernesto Arruda
Coorientador: Moro, Marcelo Freire
Palavras-chave: Manguezais;Restauração;Crescimento;Halófitas
Data do documento: 2020
Citação: VILLAVICENCIO, C. B. As herbáceas Sesuvium portulacastrum (Aizoacea) e Batis maritima (Batacea) facilitam o estabelecimento e crescimento de Avicennia germinans (Acanthaceae) em um manguezal em recuperação na Apa do estuário do rio Pacoti, Ceará, Brasil. 2020. 61 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Marinhas Tropicais) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Instituto de Ciências do Mar - LABOMAR, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: O papel exercido por halófitas pioneiras na facilitação do estabelecimento de árvores de mangue em ambientes degradados é um tema importante, embora pouco estudado, na recuperação de manguezais. Esse estudo se propõe avaliar padrões de densidade e crescimento de indivíduos de Avicennia germinans associados à presença das herbáceas halófitas Batis maritima e Sesuvium portulacastrum como facilitadoras. Foram setorizadas no Estuário do Rio Pacoti, Ceará, áreas com indivíduos juvenis de A. germinans com presença de manchas de cada espécie halófita e uma área controle adjacente ás manchas, com solo sem halófitas. Foram estabelecidas aleatoriamente na área 15 parcelas de 4 m2, sendo 5 parcelas para manchas de cada espécie de facilitadora e 5 na área controle. Foram contabilizados indivíduos de A. germinans em cada parcela mensalmente, desde dez/2017 até nov/2019. Os indivíduos juvenis de A. germinans foram etiquetados com lacres seriados para ser medidos mensalmente em cada parcela. Foram medidos para cada individuo a altura com fita métrica, do solo até a gema apical em plantas com altura superior a 15 cm, desde fev/2019 até nov/2019. A taxa de crescimento foi calculada mensalmente para cada individuo subtraindo a altura final (Hf) da altura inicial (Hi), dividindo pelo número de dias transcorridos entre uma amostragem e outra (d). Salinidade, temperatura e amostras de sedimento foram analisadas para associá-las como parâmetros ambientais. A densidade de A. germinans foi sempre maior na mancha de S. portulacastrum com 14,89±7,41 ind/m2 (méd±desv.p), seguido da B. maritima com 10,56±6,12 ind/m2 e pelo Controle com 5,43±3,17 ind/m2, variando significativamente entre si (p<0,05). A taxa de crescimento foi sempre menor em S. portulacastrum com 2,30±2,70 cm/mês (méd±desv.p), 3,82±4,36 cm/mês no Controle. Obteve os maiores valores nas manchas de B. maritima com 4,66±3,91 cm/mês. Estes resultados descrevem uma relação inversamente proporcional entre densidade e crescimento de A. germinans entre tratamentos. O fator mês foi o que melhor explicou a tendências dos dados no modelo de relação entre as densidades e taxas de crescimento ajustadas ao log10, resultando maior proporção de tendências positivas no S. portulacastrum e no B. maritima quando comparado ao Controle. Assim que estas plantas pioneiras mudam as condições físicas do local, facilitam em diferentes aspectos a A. germinans: B. maritima promove e o seu crescimento e S. portulacastrum promove o seu estabelecimento, assim como se mostraram tendências de denso-dependência positiva sobre taxas de crescimento ajustadas associadas às plantas facilitadoras estudadas.
Abstract: In restoration ecology, the role played by pioneering halophytes in facilitating the mangrove life cycle is little studied, being an important theme in the recovery of these ecosystems. This study aims to evaluate density and growth patterns of Avicennia germinans associated with the presence of B. maritima and S. portulacastrum as possible facilitators. 15 plots of 4 m2 were randomly established, with 5 plots in one spot for each species of facilitator and 5 in an adjacent control area. Individuals of A. germinans were counted in each plot monthly, from Dec / 2017 to Nov / 2019. Individuals were also tagged with serial seals to be measured monthly in each plot. The height was measured with a tape measure, from the soil to the apical bud in plants greater than 15 cm in height, from Feb / 2019 to Nov / 2019. The growth rate was calculated by subtracting the final height (Hf) from the initial height (Hi) and dividing by the number of days sampled (d). Salinity, temperature and sediment samples were analyzed to associate them as environmental parameters. The density of A. germinans was always higher in the S. portulacastrum spot with 14.89 ± 7.41 ind / m2 (mean ± dev.p), followed by B. maritima with 10.56 ± 6.12 ind / m2 and Control with 5.43 ± 3.17 ind / m2, varying significantly between them (p <0.05). The growth rate was always lower in S. portulacastrum with 2.30 ± 2.70 cm / month (mean ± deviation), 3.82 ± 4.36 cm / month in Control and higher in B. maritima with 4 , 66 ± 3.91 cm / month. These results describe an inversely proportional relationship between A. germinans density and growth between treatments. The month factor was the one that best explained the data trends in the model of relationship between densities and growth rates adjusted to log10, resulting in a greater proportion of positive trends in S. portulacastrum and B. maritima when compared to Control. Once these pioneer plants change the physical conditions of the site, They facilitate A. germinans on different aspects: B. maritima and promotes their growth and S. portulacastrum promotes its establishment, as proved density-dependent positive trends on rates adjusted growth rates associated with the studied facilitating plants.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51638
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