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Tipo: Dissertação
Título: Avanços da degradação ambiental na região Nordeste do Brasil
Autor(es): Gurjão, Natália de Oliveira
Orientador: Campos, Kilmer Coelho
Coorientador: Lemos, José de Jesus Sousa
Palavras-chave: Pobreza rural;Desenvolvimento rural;Desenvolvimento sustentável;Semiárido;Seca
Data do documento: 2020
Citação: GURJÃO, Natália de Oliveira. Avanços da degradação ambiental na região Nordeste do Brasil. 2020. 105 f. Dissertação (Mestrado em Economia Rural) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: O Nordeste brasileiro é a região mais carente do país, e sua população, que depende bastante da produção agrícola, sofre com as adversidades associadas às condições climáticas agressivas e instáveis, à estrutura fundiária, ao atraso tecnológico, à degradação dos seus recursos naturais – causada, em grande parte, pela ação antrópica de práticas agrícolas predatórias e procedimentos inadequados de limpeza das áreas de cultivo – à falta ou assistência técnica deficitária, ao sobrepastoreio, dentre outras causas. O presente trabalho tem como objetivo mapear o grau de degradação ambiental dos municípios que compõem os nove estados do Nordeste brasileiro, através da criação do Índice de Degradação Ambiental (IDA). Para a formação do IDA são utilizados indicadores que abrangem variáveis ecológicas, econômicas e sociais. Os indicadores foram transformados em índices parciais, a fim de padronizar os valores, tornando-os adimensionais. Os pesos atribuídos a cada índice parcial utilizado na construção do IDA foram obtidos através de técnicas de Programação Linear. Os dados utilizados na pesquisa são coletados dos três últimos Censos Agropecuários: 1995/1996, 2006 e 2017 e do PIB per capita dos anos 1999, 2006 e 2017, extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IDA gerado é aferido em percentagem e está contido no intervalo entre zero e cem. Quanto mais próximo de 100% o valor estimado para o IDA, mais degradado encontra-se o município. Em contrapartida, quanto menor o percentual do IDA, menos degradado o município está em relação à ponderação dos quatro índices parciais. Busca-se, portanto, avaliar o atual estágio de todos os municípios do Nordeste, em cada ano da pesquisa, e realizar também a avaliação dinâmica da evolução dos indicadores de degradação ambiental e do IDA. A avaliação dinâmica foi feita via testes estatísticos e estimação de taxas geométricas discretas de crescimento (TGC) para mensurar a evolução, estagnação ou involução da degradação nos municípios entre os anos de estudo. A pesquisa também construiu métricas de avaliação dos IDA para cada ano, além de subdividi-lo em níveis de degradação: Baixo, Médio, Alto e Muito Alto com base nos limites estabelecidos pelo valor esperado e desvio padrão. Testes foram realizados amparados na análise de regressão, de modo a verificar se há diferenças entre os níveis de degradação dos municípios que compõem o semiárido do Nordeste, vis-à-vis aqueles que não fazem parte desse ecossistema. Os resultados mostram um panorama da degradação estática, referentes aos anos de 1995/96, 2006 e 2017, bem como a evolução dinâmica entre esses três anos para todos os municípios do Nordeste. Por fim, constatou-se que a degradação ambiental, de modo geral, aumentou na região Nordeste em todos os estados, porém, em alguns deles apresentou primeiramente uma redução da degradação entre os anos 1995/96 para 2006 (Bahia, Maranhão, Paraíba e Piauí) e, seguido por uma piora neste quadro de 2006 a 2017, assim como no período total de 1995/96 para 2017. Ademais, o fato dos municípios estarem inseridos no semiárido impactou positivamente na sua degradação.
Abstract: The Brazilian Northeast is the poorest region in the country, and its population, which depends heavily on agricultural production, suffers from the adversities associated with aggressive and unstable climatic conditions, land structure , technological backwardness, and the degradation of its natural resources - caused , largely, due to the anthropic action of predatory agricultural practices and inadequate cleaning procedures for cultivation areas - lack or deficient technical assistance, overgrazing, among other causes. The present work aims to map the degree of environmental degradation of the municipalities that make up the nine states of Northeast Brazil, through the creation of the Environmental Degradation Index (IDA). For the formation of IDA, indicators that cover ecological, economic and social variables are used. The indicators were transformed into partial indices in order to standardize the values, making them dimensionless. The weights assigned to each partial index used in the construction of the IDA were obtained using Linear Programming techniques. The data used in the research are collected from the last three Agricultural Censuses: 1995/1996, 2006 and 2017 and the GDP per capita of the years 1999, 2006 and 2017, extracted from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The generated IDA is measured as a percentage and is contained in the range between zero and one hundred. The closer to 100% the estimated value for IDA, the more degraded the municipality is. In contrast, the lower the percentage of IDA, the less degraded the municipality is in relation to the weighting of the four partial indixes. Therefore, it seeks to assess the current stage of all municipalities in the Northeast, in each year of the survey, and also to carry out the dynamic assessment of the evolution of environmental degradation indicators and IDA. The dynamic assessment was carried out using statistical tests and estimation of discrete geometric growth rates (TGC) to measure the evolution, stagnation or involution of degradation in the municipalities between the years of study. The survey also constructed IDA assessment metrics for each year, in addition to subdividing it into levels of degradation: Low, Medium, High and Very High based on the limits established by the expected value and standard deviation. Tests were carried out based on the regression analysis, in order to verify if there are differences between the degradation levels of the municipalities that make up the semi-arid region of the Northeast, vis-à-vis those that are not part of this ecosystem. The results show an overview of static degradation for the years 1995/96, 2006 and 2017, as well as the dynamic evolution between these three years for all municipalities in the Northeast. Finally, it was found that environmental degradation, in general, increased in the Northeast region in all states, however, in some of them it first presented a reduction of degradation between the years 1995/96 to 2006 (Bahia, Maranhão, Paraíba and Piauí) and, followed by a worsening in this scenario from 2006 to 2017, as well as in the total period from 1995/96 to 2017. Furthermore, the fact that the municipalities are inserted in the semiarid had a positive impact on their degradation.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51532
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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