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Tipo: Artigo de Periódico
Título: As perspectivas onto-epistemológica e ético-antropológica da dualidade corpo/alma, no Fédon, de Platão
Autor(es): Araújo, Hugo Filgueiras de
Palavras-chave: Alma;Corpo;Dualidade;Anamnese
Data do documento: 2011
Instituição/Editor/Publicador: Argumentos Revista de Filosofia
Citação: ARAÚJO, Hugo Filgueiras de. As perspectivas onto-epistemológica e ético-antropológica da dualidade corpo/alma, no Fédon, de Platão. Argumentos Revista de Filosofia, Fortaleza, ano 3, n. 6, p. 116-127, jul./dez. 2011.
Resumo: O presente artigo trata-se de uma análise da relação corpo/alma no diálogo Fédon, de Platão, a partir de duas perspectivas: a onto-epistemológica e a ético-antropológica. O sentido ético culpa o corpo em tendenciar o homem às paixões (66bss), em contrapartida com a alma que o leva à prática das virtudes (68-69) e à atividade filosófica; a onto-epistemológica parte da relação que Platão estabelece, por um lado, entre corpo e a percepção-sensível (aísthêsis) e, por outro, a alma e a aquisição do saber (epistême), de forma mais minuciosa, entre o corpo e os sensíveis e a alma com as Formas inteligíveis. Dizer que Platão despreza o corpo em detrimento da alma refletiria na afirmação de que ele despreza a senso-percepção em detrimento da aquisição do saber. Inúmeros comentadores e diversos compêndios têm se inspirado no Fédon e na República para defender esse desprezo, que Platão, segundo eles, manifesta pelas sensações. Todavia, tal tese vem causar um grande problema no entendimento de toda a obra platônica, visto que no Teeteto (152d) Platão identifica o corpo, na sua função senso-perceptiva, com o saber, dando a esse, nesta busca, uma participação muito relevante. O sentido dualista radical, esse desprezo pelo corpo e pela sensação atribuído a Platão, que pode ser entendido na leitura do Fédon é resolvido no próprio diálogo, a partir dos argumentos da reminiscência e da Teoria das Formas, que enlaça o sensível ao inteligível .
Abstract: This article deals with is an analysis of the body / soul in the dialogue Phaedo, Plato, from two perspectives: the onto-epistemological and ethical-anthropological. The ethical sense of the body trending fault the man to the passions (66bss), against the soul that leads to the practice of virtue (68-69) and the philosophical activity, the onto-epistemological part of the relationship that Plato establishes, for one hand, and the perception of body-sensitive (aisthesis) and, second, the soul and the acquisition of knowledge (episteme), more detail, between the body and soul with the sensitive and the intelligible forms. To say that Plato despised the body over the soul reflected in the statement that he despises the sense-perception at the expense of acquiring knowledge. Numerous commentators and several textbooks have been inspired in the Phaedo and the Republic to defend such contempt, that Plato, they say, manifested by feelings. However, this thesis has been causing a major problem in understanding all the work of Plato, as in the Theaetetus (152d) Plato identifies the body, in its sense-perceptual function, with knowledge, giving it a stake in this quest very relevant. The radical dualistic sense, this contempt for the body and the feeling attributed to Plato, which can be understood when reading the Phaedo is solved in the dialogue itself, as reminiscent of the arguments and the Theory of Forms, which connects the sensible to the intelligible.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51344
ISSN: 1984-4247
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