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Tipo: Dissertação
Título: Narrativas da prisão: travestilidade e trajetória de vida em uma prisão LGBT
Título em inglês: Prison narratives: travestility and life pathway in a LGBT prison
Autor(es): Alves, Antônia Gabriela de Araújo
Orientador: Holanda, Violeta Maria de Siqueira
Palavras-chave: Antropologia;Prisão LGBT;Trajetória de vida;Narrativa;Travestis e transexuais
Data do documento: 2019
Citação: ALVES, Antônia Gabriela de Araújo. Narrativas da prisão: travestilidade e trajetória de vida em uma prisão LGBT. 2019. 131f. - Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, Centro de Humanidades, Programa Associado de Pós-graduação em Antropologia Social, Fortaleza (CE), 2019.
Resumo: As narrativas de travestis e transexuais em contexto prisional são alvo de investigação ao longo dessa pesquisa que apresenta como problemática principal a seguinte indagação: “Como são percebidas as vivências de travestis e transexuais em uma unidade prisional LGBT+?” O contexto da pesquisa é um “presídio LGBT”, categoria elaborada pelas internas, que se localiza na cidade de Itaitinga no estado do Ceará. A pesquisa localiza-se no campo da Antropologia, o encontro etnográfico é representado desde os aspectos sensoriais até a repercussão, em forma de afetação e escrita da pesquisadora. Narra-se o encontro, mas também o estranhamento, o estrangeirismo de uma pesquisadora na prisão. O adensamento descritivo dessa relação com o espaço e as interlocutoras constroem sentidos novos para o trabalho antropológico. Uma narrativa é um processo de fabulação e a memória em ação, ou seja, sendo falada tem a função de criar sentidos. Desse modo, percebe-se que as trajetórias de vida emulam experiências de enfrentamento e resistência à violência do estado, na figura da prisão, assim como a violência social. As histórias das prisões modernas, é preciso ressaltar sua pluralidade, são marcadas por questões de gênero, sexualidade, raça e classe sendo essas categorias úteis para a análise da estruturação da prisão como mecanismo de controle. O nascimento de uma “prisão LGBT” cria novas rotinas e necessidades, desponta como um marco histórico altera e repercute na trajetória de movimentos sociais e de respeito aos Direitos Humanos. No entanto é preciso ressaltar que a existência desse espaço não garante o pleno respeito e o acesso à dignidade de travestis e transexuais. Essas problematizações são trazidas pelas trajetórias de vida de travestis presas, o ativismo concebido por uma travesti encarcerada, a interseccionalidade das experiências na prisão, o enredo sobre “liberdades indizíveis”, a produção de narrativas sob a superfície de fanzines e existências que representam resistência.
Abstract: The narratives of transvestites and transsexuals in prison context are the subject of investigation throughout this research that presents as main problem the following question: “How are the experiences of transvestites and transsexuals perceived in a LGBT + prison unit?” The research context is a “ LGBT prison ”, a category prepared by inmates, located in the city of Itaitinga in the state of Ceará. The research is located in the field of anthropology, the ethnographic encounter is represented from the sensory aspects to the repercussion, in the form of affectation and writing of the researcher. The meeting is narrated, but also the strangeness, the foreignness of a researcher in prison. The descriptive densification of this relationship with space and the interlocutors build new meanings for anthropological work. A narrative is a process of fabulation and memory in action, that is, being spoken has the function of creating meanings. Thus, it is clear that life trajectories emulate experiences of confrontation and resistance to state violence in the prison, as well as social violence. The stories of modern prisons, their plurality must be emphasized, are marked by issues of gender, sexuality, race and class, and these categories are useful for the analysis of prison structure as a control mechanism. The birth of a “LGBT prison” creates new routines and needs, emerges as a milestone that alters and reverberates in the trajectory of social movements and respect for human rights. However, it should be noted that the existence of this space does not guarantee full respect and access to the dignity of transvestites and transsexuals. These problematizations are brought about by the life trajectories of trapped transvestites, the activism conceived by an imprisoned transvestite, the intersectionality of prison experiences, the plot of “unspeakable freedoms”, the production of narratives under the surface of fanzines and existences that represent resistance.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/50169
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