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dc.contributor.authorCarvalho, Francisco Gilmar Cavalcante de-
dc.date.accessioned2020-01-21T12:22:39Z-
dc.date.available2020-01-21T12:22:39Z-
dc.date.issued1995-
dc.identifier.citationCARVALHO, Francisco Gilmar Cavalcante de. Xilogravura e Idade Média. Revista Ângulo, Lorena (SP), n. 62, p. 08-11, mar./jun. 1995.pt_BR
dc.identifier.issn0101-191X-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49398-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherRevista Ângulopt_BR
dc.subjectXilogravura popularpt_BR
dc.subjectIdade Médiapt_BR
dc.subjectJuazeiro do Norte (CE)pt_BR
dc.subjectArte xilográficapt_BR
dc.titleXilogravura e Idade Médiapt_BR
dc.typeArtigo de Periódicopt_BR
dc.description.abstract-ptbrÉ, no mínimo, curiosa, a permanência de uma técnica (e uma arte) que floresceu quando a reprodução dava os primeiros passos, no sentido de ruptura com a obra única e da elaboração de cópias que possibilitariam a circulação de documentos. O fato da xilogravura ter sido uma modalidade a que se recorreu na Idade Média, principalmente na fase chamada de Baixa e ainda hoje, por exemplo, numa tipografia de Juazeiro do Norte, como a Lira Nordestina, é significativo não do primado do atraso, mas da convivência de vários tempos e vários níveis, numa cultura que tem nesta pluralidade e nestes contrastes uma prova de sua vitalidade e de sua riqueza. Pode-se referir à lenta substituição dos desenhos que constituíam as capitulares, que ornavam os saltérios e bestiários por entalhes xilográficos, como o alfabeto xilográfico de Bâle (1464), o Apocalipse de Jean Duvet (1561) ou os pecados capitais de Breughel gravado por Cook (1577), o que segundo BALTRUSAITIS (1988, p.196) constituía "le décor du livre". Não é por acaso que predominam na xilogravura popular nordestina os temas religiosos, sendo freqüentes as Vias Sacras, o Apocalipse ou mesmo uma visão de personagens históricos como Padre Cícero ou Lampião vistos numa contextualização, onde o sagrado se afirma em detrimento de uma laicização que a lógica sugeriria. Mas não se esgota nesta afirmativa o ponto de partida deste relatório. O Nordeste brasileiro, através de uma manifestação que lhe é tão peculiar, como a xilogravura, expressa uma concepção medieval do mundo, dando ênfase ao que BAKHTIN (1987, p. 351) ressaltaria como categorias do "medo e sofrimento", em que o superior e o inferior teriam uma significação absoluta, sendo o bem superior e o mal inferior. Destaque-se a ausência de um movimento horizontal que não tinha e ainda hoje não tem, de acordo com a hipótese que estou levantando, uma importância neste contexto.[...]pt_BR
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