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dc.contributor.authorTeixeira, Karoline Viana-
dc.contributor.authorLucas, Meize Regina de Lucena-
dc.date.accessioned2019-12-18T14:17:12Z-
dc.date.available2019-12-18T14:17:12Z-
dc.date.issued2016-
dc.identifier.citationTEIXEIRA, Karoline Viana; LUCAS, Meize Regina de Lucena. Escritas do eu: considerações sobre a materialidade do diário de viagem de Francisco Freire alemão (1859-1861). Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-graduação, 9).pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48777-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Cearápt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.subjectMaterialidadept_BR
dc.subjectEscritapt_BR
dc.titleEscritas do eu: considerações sobre a materialidade do diário de viagem de Francisco Freire alemão (1859-1861)pt_BR
dc.typeResumopt_BR
dc.description.abstract-ptbrO presente trabalho busca tecer algumas considerações sobre a materialidade do diário de viagem redigido pelo botânico Francisco Freire Alemão como comissionado imperial, em viagem científica pelos sertões do Norte entre 1859 e 1861, na chamada Comissão Científica de Exploração. Uma expedição científica pode proporcionar, ao viajante, experiências complexas e por vezes tensões contraditórias, ora divisando-se no diário um eu solitário e ansioso pela suspensão dos vínculos familiares e sociais conhecidos, ora submetido aos incômodos do escrutínio público nas ruas e vielas, colocando à prova não apenas os preceitos de pudor e civilidade de um homem da Corte, como também o estabelecimento “ao redor do corpo [de] um espaço preservado a fim de afastá-lo de outros corpos”, como nos lembra Philippe Ariès. Investigar as possíveis articulações entre a prática da escrita, o gênero diarístico (que, no caso de nosso presente objeto, encontra-se na confluência entre o diário crônica e o diário íntimo) e as condições físicas dessas folhas oferecidas à escrita permitiria, nas palavras de Jean Hébrard, entender tais relações como formas de resolver as contradições nascidas da descontinuidade do diário, cuja escrita avança ao ritmo de uma escritura ocasional (ou cotidiana). Evidenciam, ainda, a preocupação do escritor em se proporcionar, com a continuidade desse mesmo texto, os meios para alcançar não só um domínio do tempo fugidio, como também uma representação estável de si. Na medida em que o diário de Freire Alemão prestava-se a várias funções, como crônica de percurso, descrição de paisagens, diário de campo botânico, registro de questões administrativas e espaço para o desvelamento do íntimo e do inconfessável, analisar as condições materiais desse suporte pode trazer pistas relevantes sobre usos e procedimentos de escrita praticados pelo autor ao redigir uma representação e uma memória de uma fase excepcional de sua vida, como botânico e presidente da Comissão Científica.pt_BR
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