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Tipo: Capítulo de Livro
Título: A recepção crítica da obra de Antônio Bandeira no exterior
Autor(es): Couto, Maria de Fátima Morethy
Palavras-chave: Bandeira, Antonio, 1922-1967;Pintura moderna;Pintura abstrata;Crítica de arte;Entrevista
Data do documento: 2012
Instituição/Editor/Publicador: Edições UFC
Citação: COUTO, Maria de Fátima Morethy. A recepção crítica da obra de Antônio Bandeira no exterior. In: CARVALHO, Francisco Gilmar Cavalcante de (org.). Antônio Bandeira e a poética das cores. Fortaleza, CE: Edições UFC, 2012. p. 63-89.
Resumo: Antônio Bandeira residiu durante vários anos em Paris, vindo ali a falecer durante uma pequena cirurgia nas cordas vocais, em 1967. Grande parte de sua trajetória artística está intimamente relacionada ao contexto cultural parisiense do pós-guerra. Ao partir para a França, em março de 1946, Bandeira era um jovem artista provinciano de 23 anos, que saíra alguns meses antes de sua cidade natal, Fortaleza, em busca de sucesso na capital do País. Se em Fortaleza Bandeira fazia figura de “glória local”, tendo participado ativamente de um movimento de renovação das artes na região, sua contribuição no cenário artístico nacional ainda não se fizera sentir. Participara apenas de algumas poucas exposições coletivas, dentre elas o IX Salão de Belas-Artes de São Paulo (no qual conquistou uma medalha de bronze) e o LI Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Partira de sua cidade natal em março de 1945, juntamente com os pintores Raimundo Feitosa, Inimá de Paula e o suíço Jean-Pierre Chabloz, para participar de uma exposição coletiva de pintores cearenses na galeria Askanasy, a qual não merecera uma recepção calorosa por parte dos críticos cariocas. Todavia, poucos meses após sua chegada ao Rio de Janeiro, Bandeira surpreende admiradores e críticos ao obter uma bolsa de estudos do governo francês.[...]A imprensa brasileira de então se refere constantemente ao sucesso das exposições de Bandeira exterior, evocando as “dezenas de pronunciamentos consagradores da crítica européia e americana” e definindo-o como um “dos nossos melhores artistas plásticos, [...] cujos quadros, apreciados pelos colecionadores internacionais, têm sempre um lugar de destaque nos meios artísticos de todo o mundo”. A crer na versão do próprio artista, citado por Antônio Bento em sua coluna do Diário Carioca, o resultado de sua exposição londrina foi bastante favorável: “Creio que já começam a interessar-se pela minha pintura. A exposição que fiz em Londres há pouco mais de um ano, na ‘Obelisk Gallery’, foi bem sucedida. Tive boa crítica e vendi quase todos os trabalhos apresentados, só me sobrando dois, num total de vinte. Fui por isso mesmo convidado a fazer, no mesmo local, outra mostra em dezembro vindouro”. Na Europa e nos Estados Unidos, em revanche, os críticos mostraram-se bem mais reservados em seus comentários, reconhecendo o dom de colorista do pintor e o forte poder de sedução de sua obra, mas identifi cando de imediato o quanto seu trabalho devia a Wols, Vieira da Silva ou Paul Klee. A análise de Julien Alvard, publicada na revista Cimaise é um exemplo dessa atitude. Embora demonstrasse uma simpatia pelo trabalho do pintor brasileiro, o crítico francês deplorava a sensação de déjà vu que oferecia a exposição[...]
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47670
ISBN: 978-85-7463-920-7
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