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Tipo: Dissertação
Título: Estudo da Ritalina® (Cloridrato de Metilfenidato) sobre o sistema nervoso central de animais jovens e adultos: aspectos comportamentais e neuroquímicos
Autor(es): Linhares, Maria Isabel
Orientador: Fonteles, Marta Maria de França
Palavras-chave: Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade;Metilfenidato;Ansiedade;Monoaminas
Data do documento: 2012
Citação: LINHARES, M. I. Estudo da Ritalina (Cloridrato de Metilfenidato) sobre o sistema nervoso central de animais jovens e adultos: aspectos comportamentais e neuroquímicos. 2012. 145 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
Resumo: O Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH) é um transtorno prevalente e debilitante, diagnosticado com base em persistentes níveis de hiperatividade, desatenção e impulsividade. Fármacos estimulantes têm sido eficazes no tratamento desse transtorno, sendo que o metilfenidato (MFD) é o agente terapêutico mais prescrito e seu uso aumentou significativamente nos últimos anos, entretanto, as conseqüências da sua utilização ainda são pouco conhecidas. O MFD foi avaliado em modelos animais clássicos para screening de drogas com atividade em ansiedade, depressão e convulsão, tais como, labirinto em cruz elevado (LCE), campo aberto, rota rod, nado forçado e convulsão induzida por pilocarpina, e em estudo neuroquímico, através da concentração de monoaminas, tais como dopamina (DA), noradrenalina (NE) e 5-hidroxitriptamina (5-HT), além da atividade da enzima Acetilcolinesterase (AChE). O MFD foi administrado de forma aguda em todos os testes, nas doses de 2,5; 5; 10 e 20 mg/Kg, através da via oral (v.o.) em camundongos jovens (21 dias) e adultos. Os resultados mostraram que o MFD apresentou efeito ansiolítico nos modelos LCE, pois aumentou todos os parâmetros analisados no LCE, como NEBA, PEBA, TPBA e PTBA nas doses de 10 e 20mg/Kg nos animais jovens e apenas na de 20mg/Kg nos animais adultos. No teste do campo aberto, foi observado aumento na atividade locomotora em todas as doses nos animais jovens e apenas nas doses maiores (10 e 20mg/Kg) nos animais adultos. Não alterou o número de grooming e rearing. O MFD apresentou efeito antidepressivo no Sistema Nervoso Central (SNC), pois no teste do nado forçado diminuiu o tempo de imobilidade nas doses de 10 e 20 mg/Kg nos animais jovens e apenas na dose de 20mg/Kg nos animais adultos. A avaliação neuroquímica comprovou o efeito antidepressivo do MFD, pois se verificou um aumento da concentração das monoaminas. No teste da convulsão induzida por pilocarpina, o metilfenidato diminuiu a latência de convulsão, bem como a latência de morte nos animais jovens e adultos, sugerindo que o MFD apresenta atividade proconvulsivante. O estudo sobre os efeitos sobre o sistema de neurotransmissão colinérgica demonstrou que o pré-tratamento com MFD reduziu a atividade da AChE apenas no corpo estriado. Em conclusão, esses efeitos mostraram que o MFD apresenta efeito ansiolítico, efeito antidepressivo e atividade proconvulsivante.
Abstract: Attention-deficit hyperactivity disorder (ADHD) is a prevalent and debilitating disorder diagnosed on the basis in persistent levels of overactivity, inattention and impulsivity. Stimulant drugs have been effective in treating this disorder, and methylphenidate (MPH) is the most widely prescribed therapeutic agent and its use has increased significantly in recent years, however, the consequences of its use are still poorly known. The MFD was assessed in classical animal models to the screening of drugs with activity in anxiety, depression and convulsion, such as elevated plus maze (EPM), open field, rota rod, forced swimming and pilocarpine-induced seizures and a neurochemistry study, through the level of monoamines, such as dopamine (DA), norepinephrine (NE) and 5-hidroxytriptamine (5-HT) but the activity of the enzyme acetylcholinesterase (AChE). The MPH was administered acutely in all tests at doses of 2,5; 5; 10 e 20 mg/Kg, through the oral via (p.o.) in young mice (21 days) and adults. Results showed that the MPH presented an anxyolitic effects in the models of EPM, since increased all the parameters analyzed in the EPM, such as NEOA, PEOA, TPOA, PTOA, at doses of 10 and 20 mg/Kg in young animals, and only in animals of 20 mg/Kg in adults. In the open field, we observed an increase in locomotor activity at all doses in young animals and only at higher doses (10 e 20 mg/Kg) in adult animals. Not was observed no alteration the number of rearing and grooming. MPH presented antidepressant effect of Central Nervous System (CNS), since in the forced swimming, decreases the time of immobility in doses of 10 and 20 mg/Kg in young animals and only at a dose of 20 mg/Kg in adult animals. The neurochemistry evaluation comproved the antidepressant effect do MPH, because there was an increased concentration of monoamines. The test of the seizure by pilocarpine, MPH did decrease the latency of convulsion and latency of death in young and adult animals, suggesting that the MPH has proconvulsivante activity. The study of the effects of the cholinergic neurotransmission system has show that pretreatment with MPH reduced AChE activity only in the striatum. In conclusion, these effects showed that MPH presented anxiolitic effect, antidepressant effect and proconvulsivante activity.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/4710
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