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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/46360
Tipo: | Dissertação |
Título: | Química comparativa entre húmus |
Autor(es): | Falconieri, Antônio Gautier Farias |
Orientador: | Matos, Francisco de Assis Pereira |
Palavras-chave: | Química inorgânica;Humus |
Data do documento: | 1995 |
Citação: | FALCONIERI, Antônio Gautier Farias. Química comparativa entre húmus. 1995. 98 f. Dissertação (Mestrado em Química Inorgânica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1995. |
Resumo: | O presente trabalho faz uma comparação química entre o húmus natural, coletado do leito do rio Siqueira (Periferia de Fortaleza - Ce), e o húmus artificial proveniente do esterco de gado com minhocas. O húmus natural apresenta uma média de 3,66% de umidade e o húmus artificial 3,00%. A termoanálise confirma estes dados: 3,90% de umidade para o primeiro e 3,20% de umidade para o segundo. O maior teor de umidade no húmus natural deve-se ao fato da água ser uma substância polar e seus dipolos interagirem eletrostaticamente com os grupos funcionais do húmus através de interações do tipo Wan der Walls. O húmus natural apresenta uma média de 30,12% de cinzas e o húmus artificial 85,08%. A termoanálise confirma estes dados: 87,23% de cinzas no húmus artificial. Isto é devido ao processo de degradação acentuado no húmus natural, o que favorece a uma polimerização com material argiloso. Com isso, a quantidade de cinzas do húmus natural é bem diferente à do húmus artificial. Na microanálise do húmus natural obteve-se: 0,80% de carbono, 0,17% de hidrogênio, 1,25% de nitrogênio, 97,70% de oxigênio e outros (por diferença). Já para o húmus artificial, obteve-se 20,34% de carbono; 1,87% de nitrogênio, 2,77% de hidrogênio, 75,02% de oxigênio e outros (por diferença), e 0,04% e 0,52% nitrogênio e carbono respectivamente para o húmus artificial e 0,02% de nitrogênio e 0,23% de carbono respectivamente, isto feito analiticamente. Com isto, percebe-se que o húmus artificial é bem mais rico em matéria orgânica do que o húmus natural. Nos espectros de infravermelho, observa-se que há as mesmas bandas de absorção para ambos os húmus, mas com intensidades diferentes. Observamos que 3660cm-1 é atribuído a υOH recoberto e 2928cm-1 é atribuído a deformação axial da ligação C-H. O grupo carboxila apresenta absorções em 1864cm-1 que é atribuída a um estiramento assimétrico C=O e a outra banda, que é mais intensa, em torno de 1440cm-1 , é atribuída a um estiramento C=O, segundo Nakamoto. Essa diferença corresponde a coordenação do carboxilato - metal na forma monodentado. As medidas de condutância nos húmus natural e artificial mostram uma curva característica de titulação de ácido forte com base forte e ácido fraco. No ponto de equivalência obteve-se o valor de 0,04M que corresponde a ácidos livres e 0,02M à ácidos combinados, isto para o húmus natural. Para húmus artificial, os valores de ácidos livres e combinados correspondem a 0,01M e 0,14M respectivamente. As análises fotométricas indicam um percentual maior de Na e Zn para o húmus natural enquanto que para o húmus artificial, obtêm-se um teor maior, K, Fe, Cu, Mn. A espectroscopia Mossbauer, através do deslocamento isomérico, tem a indicação da presença de Fe+3 alto-spin tanto para o húmus natural como para o húmus artificial. |
Abstract: | This present work makes a chemical comparison between the natural humus, which was collected in the river-bed of the river Siqueira (Suburbs of Fortaleza - Ce) and the artificial humus obtained from the oxen dung with earthworm. Natural and artificial humus presents an average of humidity of 3,66% and 3,00% respectively. The thermal analysis confirms these data; 3,90% and 3,20% of humidity to the natural and artificial humus. The highest level of humidity on the natural humus is explained by the water being a polar liquid and its dipoles interact eletroctatically with the humus functional groups through the interactions of the Wan Der Walls type. Natural and artificial humus has an average of ashes of 30,12% and 85,08% respectively. The thermal analysis confirms these data; 87,23% and 30,25% of ashes on the natural and artificial humus. This can be understood by the powerful process of natural humus degradation which contributes to the formation of polymer with clayed material; resulting is a different quantity of ashes from natural to artificial humus. The microanalysis of the natural and artificial humus showed the following results to the carbon, hydrogen, nytrogen and oxygen: 0,80% and 20,34% (C), 0,17% and 1,87% (N), 1,25% and 1,87% (H), 97,70% (O) (according to the diference of the sum) when using the anlytical methods, the results were: 0,04% (N) and 0,25% (C) to the artificial humus and 0,02% (N) and 0,23% (C) to the natural humus. According to these results we can notice that the artificial humus has a higher rate of organic material than the natural humus. We observed in the infra-red spectrum that both humus has the same absorption band but they do have different intensity. We observed that 3660cm-1 is attributed to stretching OH and 2928cm-1 is attributed to an axial deformation of C-H. The carboxy group presents absorption in 1864cm-1 which is attributed to an symmetric extending C=O and (according Nakato). This difference corresponds to the coordination of the metal-carboxilatium in the monochelated form. The measures of the conductance in the natural and artificial humus shows a caracteristic curve of strong acid with strong base and weak acid. The equivalence points of the natural and artificial humus were the follwing ones: 0,04M and 0,01M of free acids and 0,02M and 0,14M of combined acids. The analysis indicates a higter brate of Na and Zn to the natural humus than the artificial humus which has a higher rate of K, Fe, Cu, Mn. The Mossbauer spectroscopy through the isomeric shift indicates the oresence of high spin Fe+3 to both humus. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/46360 |
Aparece nas coleções: | DQOI - Dissertações defendidas na UFC |
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