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dc.contributor.authorCarvalho, Francisco Gilmar Cavalcante de-
dc.date.accessioned2019-09-05T17:07:07Z-
dc.date.available2019-09-05T17:07:07Z-
dc.date.issued1996-
dc.identifier.citationCARVALHO, Francisco Gilmar Cavalcante de. Patativa do Assaré: memória e poética. Revista de Arte e Cultura, Fortaleza (CE), v. 1, p. 11-14, 1996.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45476-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherRevista de Arte e Culturapt_BR
dc.subjectPatativa, do Assaré, 1909-2002pt_BR
dc.subjectMemória na literaturapt_BR
dc.subjectLiteratura de cordel brasileirapt_BR
dc.subjectLinguagem e culturapt_BR
dc.titlePatativa do Assaré: memória e poéticapt_BR
dc.typeArtigo de Periódicopt_BR
dc.description.abstract-ptbrFalar da capacidade de rememoração de Patativa associa-se ao prodigioso. Evoca o jovem espanhol, de 21 anos, que era capaz, em 1446, de recitar de cor a Bíblia inteira, Nicolas de Lyre, os escritos de Santo Tomás, Alexander of Rales, Boaventura, Duns Scot e muitos outros ... mas é verdade, apenas uma parte de Aristóteles! A dúvida que ficava era se a inspiração vinha de Deus ou do diabo. [...] Patativa sabe de cor seus poemas. E os recita com prazer, nos momentos em que é chamado a performatizar. É quando sua voz anasalada se emposta como a do contador que ele foi e o corpo franzino assume as proporções de mito. O poema é ele todo, perfazendo-se por meio de várias linguagens.[...]Quem lê ou quem ouve Patativa compreende porque a voz poética é memória. Ou invertendo os termos da premissa, porque a memória se sustenta, aqui, na voz poética. É sua dicção que compõe a tessitura de suas lembranças pessoais que, por sua vez, atuam, como dizia Halbwachs, como um ponto de vista sobre a memória coletiva. Patativa é maior porque sua dimensão é épica. Não a poesia dos grandes feitos heróicos, dos mitos fundantes ou dos gestos memoráveis, mas de um cotidiano que assume essa conotação na aceitação e valoração de um povo, a sua gente.[...]pt_BR
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