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dc.contributor.authorSantos, Ana Cláudia Veras-
dc.contributor.authorKunz, Martine Suzanne-
dc.date.accessioned2019-08-20T12:57:12Z-
dc.date.available2019-08-20T12:57:12Z-
dc.date.issued2016-
dc.identifier.citationSANTOS, Ana Cláudia Veras; KUNZ, Martine Suzanne. A literatura de folhetos nordestina em diálogo com narrativas do Caldeirão do beato José Lourenço. Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-graduação, 9).pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/44842-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Cearápt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectLiteratura de folhetos nordestinapt_BR
dc.subjectNarrativaspt_BR
dc.subjectCaldeirãopt_BR
dc.titleA literatura de folhetos nordestina em diálogo com narrativas do Caldeirão do beato José Lourençopt_BR
dc.typeResumopt_BR
dc.description.abstract-ptbrA literatura de folhetos nordestina se apresenta como uma poesia que passa por transformações do ponto de vista da condução argumentativa quando verseja fenômenos de revoltas associados às "minorias" populares, a exemplo do Caldeirão. O intuito é observar narrativas desse fenômeno, como a xilogravura, em diálogo com a literatura de folhetos. A partir desse cotejo foi possível balizar quebras de paradigmas na condução das narrativas, num esquema de mudança processado pelo poeta que rompe com a tradição da poesia popular e passa a se valer de "assinaturas de prestígio" como fontes para sua poética (BOURDIEU, 2002). Essa situação de legitimação argumentativa se configuraria como medida de rebate àqueles que colocam a literatura de folhetos numa subcategoria em relação à dita literatura hegemônica. Desse modo, a poética popular se insere num contexto formado por contrassensos, sobretudo, quando narra conflitos históricos. É o caso dessas narrativas que cerca de oitenta anos após o fato ocorrido, quando se deu a invasão do Caldeirão, em 1930, no Cariri cearense, são (re)criadas. Seus rumores tiram do esquecimento o conluio personificado no Estado, na Igreja Católica e nos grandes proprietários que ao “temer” uma nova Canudos, teria destruído aquela comunidade "modelo de reforma agrária". Nesse sentido, a conduta dessas narrativas reunidas num corpus composto por folhetos remanescentes do fenômeno, mais os produzidos nos anos 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010, a colocaria num patamar de documento literário e histórico em conjunto com outras performatividades que representam o Caldeirão em oposição às elites, detentoras das linguagens. Propomos analisar essas narrativas, suas múltiplas memórias e os diálogos que constituem essa teia de sentidos acerca do fenômeno referido, a partir da sentença que elevaria a poesia a uma forma líquida em torno da qual as potencialidades de "compartilhamento de códigos" (BARTHES, 2004) e as “intertextualidades” estariam a seu serviço.pt_BR
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