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Tipo: Dissertação
Título: Uso de estimulantes, queixa do sono e estado de humor em motoristas profissionais de caminhão
Título em inglês: Use of stimulants, complaiunts of sleep and state of mood in professional drivers of truck
Autor(es): Pinho, Rachel Saraiva Nunes de
Orientador: Bruin, Pedro Felipe Carvalhedo de
Palavras-chave: Depressão;Estimulantes do Sistema Nervoso Central;Doenças Profissionais
Data do documento: 2005
Citação: PINHO, R. S. N. Uso de estimulantes, queixa do sono e estado de humor em motoristas profissionais de caminhão. 2005. 84 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2005.
Resumo: Os acidentes de trânsito envolvendo motoristas de caminhão põem em risco tanto a vida desses profissionais como a da sociedade em geral. Entre outras causas de acidentes, podem estar o consumo de estimulantes e de drogas de abuso; os distúrbios do sono; a idade; a fadiga e o ritmo de trabalho; a imprudência; as condições das vias. Há poucos estudos no Brasil articulando o uso de estimulantes, os problemas de sono e o estado de humor desses profissionais. É importante que estudos sejam feitos para se tentar reduzir os acidentes nas estradas brasileiras. Este estudo tem por objetivo investigar o uso de estimulantes, as queixas relacionadas ao sono e o estado de humor em 300 motoristas profissionais de caminhão oriundos de todo o País. Foram aplicados os seguintes questionários: Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh, Escala de Sonolência de Epworth, Questionário sobre o uso de medicamentos e drogas, M.I.N.I (Mini International Neuropsychiatric Interview) e Inventário Beck para Depressão. A idade média dos entrevistados foi de 38,2 anos e cerca de 51,5% eram autônomos. A maioria dos motoristas trabalhava acima de 60 horas semanais e dirigia mais de 10 horas seguidas, sem intervalo para descanso ou sono. Os motoristas autônomos eram mais velhos, possuíam melhor grau de escolaridade, melhor renda mensal e bebiam menos álcool do que aqueles com vínculo empregatício. Os autônomos também trabalhavam mais horas por semana, porém dirigiam menos horas seguidas do que os assalariados. Um percentual de 34,9% dos indivíduos afirmou usar anfetaminas para não cochilar ao volante e 90,7% disseram conhecer colegas que as usavam com essa finalidade, o que pode sugerir uma taxa mais elevada de uso de anfetaminas. Quarenta e seis por cento dos entrevistados tiveram má qualidade de sono e 55% apresentaram sonolência excessiva. Foi observado estado depressivo em 13,7% dos motoristas, portanto acima da média da população em geral. Conclui-se que os motoristas profissionais de caminhão apresentam freqüência elevada de má qualidade de sono, hipersonolência e depressão. Esses achados sugerem a alta prevalência do uso de estimulantes e jornadas de trabalho inadequadas, entre outros possíveis fatores. Sugere-se que sejam tomadas medidas para solucionar esses problemas, tanto para preservar a saúde, e melhorar a qualidade de vida destes profissionais, quanto para garantir segurança nas estradas brasileiras.
Abstract: The traffic accidents involving truck drivers put in risk the life of these professionals as well as the society in general. The consumption of stimulants and drugs of abuse, the sleep disturbance, the age, the fatigue and the rhythm of work; the imprudence, the conditions of the rail ways can be the main causes. There are few studies in Brazil articulating the use of stimulants, the problems of sleep and the state of mood of these professionals. Thus, because of the singular rhythm of life and the vices of this population it is important to make studies to try to reduce the accidents in Brazilian roads. Studies had been lead to investigate the use of stimulants, the complaints related to sleep and the state of mood in 300 professional truck drivers by means of the following questionnaires: Pittsburgh Sleep Quality Index, Epworth Sleepiness Scale, Questionnaire on the Use of Medicine and Drugs, M.I.N.I (Mini International Neuropsychiatric Interview) and Beck Depression Inventory. The data indicate that the average age of the professionals interviewed was 38.2 years and that about 51.5% was autonomous. The majority of the drivers used to work above 60 weekly hours and used to drive more than 10 followed hours without rest or sleep. Autonomous workers were older, had a better educational level, a better salary and drink less alcohol than the salaried employee. Autonomous workers also worked more hours per week, however they used to drive less followed hours than the salaried employee. This suggests that autonomous workers are more experienced and more careful than the salaried employee. A percentage of 34.9% of the individuals affirmed to use amphetamines not to doze while on duty and 90.7% said to know colleagues who used them with the same purpose, what suggest that more drivers use amphetamines and they had not wanted to admit. Forty six percent of the interviewed people had bad quality of sleep and 55.0% presented excessive sleepiness. It can be said that in general the drivers do not sleep well, fact that it is not compatible with the profession. Depressive state was observed in 13.7% of the drivers, percentage that is above the average found in some studies with populations in general. Because of long and exhausting hours of working without rest, the truck drivers use amphetamines not to doze, have sleep disturbance, excessive sleepiness and depression. Thus, it is necessary to do something to reduce the risks of accidents, involving the drivers, the companies of loads and the authorities.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/4274
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