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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/40380
Tipo: | Dissertação |
Título: | Ensino superior e mercado de trabalho |
Autor(es): | Simões, Ruth Alves |
Orientador: | Almeida, Agamenon Tavares de |
Palavras-chave: | Ensino superior;Mercado de trabalho |
Data do documento: | 1985 |
Citação: | SIMÕES, Ruth Alves. Ensino superior e mercado de trabalho. Dissertação (Mestrado) - FEAAC - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade - CAEN - Programa de Pós Graduação em Economia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1985. |
Resumo: | A acelerada expansão do ensino superior nas décadas de 1960 e 1970, gerou um estoque de mão-de-obra qualificada cujas perspectivas no mercado de trabalho merecem ser avaliadas. O argumento da escassez de recursos humanos necessários ao desenvolvimento foi utilizado de forma generalizada para justificar o crescimento dos cursos de nivel superior. Entretanto, as condições de emprego dos novos profissionais parecem mostrar que o mercado de trabalho apresenta-se pouco dinâmico na geração de postos de trabalho desse nivel. A partir dessas características busca-se avaliar as condições de ocupação dos egressos dos cursos de biologia, medicina, educação e administração, em 27 instituições de ensino superior das regiões sul, sudeste e nordeste, especificamente nos anos de 1972, 1975, 1978 e 1980. Na parte referente a fundamentação teórica procura-se resumir aspectos da literatura educacional e econômica relevantes ao tema educação e trabalho. O estudo está apoiado na critica is linhas de pensamento ortodoxo e na utilização de bases teóricas que, por seus pressupostos, refletem condições concretas da estrutura produtiva. A expansão do ensino superior é avaliada considerando-se as principais características do crescimento ocorrido e as consequências dessa expansão para os novos profissionais. As informações sobre os egressos são provenientes de pesquisa realizada pela CAPES/MEC. Os dados, assim obtidos, são avaliados através da associação entre as variáveis que definem as condições de ocupação dos egressos, como - o nível de desemprego e desvio ocupacional, a mobilidade ocupacional e o nivel de salário - em relação à carreira escolhida, ao tipo de instituição de origem e a região geográfica. Os resultados mostram que, as melhores condições de ocupação, quanto ao tipo de carreira cursada, estão entre os egressos do curso de medicina; quanto á instituição de origem' as condições de trabalho mais favor~veis estão entre os egressos da rede publica. Verifica-se ainda, que para esses resultados estão concorrendo as condições de origem social e sexo dos informantes. Conclui-se que existem diferenciações nas condições de ocupação que não dependem apenas da educação superior em si. A forma co~o se d~ a expansão do ensino superior nao con tribui para sua democratização; em vez disso, reforça as condições de classe social dos seus postulantes. Essa forma de expansão, que privilegia a privatização e enfatiza áreas de conhecimento não prioritárias, concorre, ainda, para legitimar as hierarquias sociais que normalmente têm prevalecido no mundo do trabalho. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40380 |
Aparece nas coleções: | CAEN - Dissertações defendidas na UFC |
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