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Tipo: Dissertação
Título: Efeito pró-inflamatório e de estresse oxidativo do luzindol, um inibidor de receptor mt1 e mt2 de melatonina, com ou sem lipopolissacarídeo, no jejuno de camundongos swiss
Autor(es): Matos, Robson Salviano de
Orientador: Bruin, Veralice Meireles Sales de
Palavras-chave: Jejuno;Melatonina;Inflamação;Receptores de Lipopolissacarídeos;Estresse Oxidativo
Data do documento: 6-Nov-2018
Citação: MATOS, R. S. Efeito pró-inflamatório e de estresse oxidativo do luzindol, um inibidor de receptor mt1 e mt2 de melatonina, com ou sem lipopolissacarídeo, no jejuno de camundongos swiss.2018. 84 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Resumo: A melatonina (MEL) é um hormônio natural encontrada no trato gastrointestinal em grandes quantidades. É produzida por células enterocromafins e apresenta efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. O lipopolissacarídeo (LPS), um composto existente na membrana externa de bactérias gram-negativas, quando presente em altas concentrações no lúmen intestinal, pode provocar efeitos danosos. Essa endotoxina é usada para indução de doença inflamatória intestinal em modelos animais. O luzindol é um antagonista dos receptores MT1 e MT2 de MEL. A ação modulatória do luzindol tem sido frequentemente investigada, porém os seus efeitos isolados ainda não foram plenamente esclarecidos. No presente estudo, avaliou-se o efeito agudo do luzindol e LPS sobre os parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo no jejuno de camundongos. Foram utilizados 32 camundongos Swiss, machos, tratados com solução salina (0,35 mg/kg, i.p, n=8); ou luzindol (0,35 mg/kg, i.p, n=8); ou LPS (1,25 mg/kg, i.p, n=8); ou luzindol + LPS (0,35 mg/kg, i.p e 1,25 mg/kg, i.p, respectivamente, n= 8). Após uma hora e meia do tratamento, os animais foram eutanasiados e amostras do jejuno coletadas para avaliação dos parâmetros morfométricos dos vilos e criptas, escore histopatológico das criptas e marcadores de células caliciformes. Foi avaliado o processo inflamatório através da imunomarcação para molécula adaptadora ligante de cálcio ionizado-1 (Iba-1), interleucina-1 beta (IL-1β), fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α), óxido nítrico sintase induzida (iNOS), fator nuclear kappa beta (NFkB), além da avaliação da atividade da mieloperoxidase (MPO). Foram realizadas, também, determinações de marcadores de estresse oxidativo: catalase (CAT), glutationa reduzida (GSH), malondialdeído (MDA) e nitrato/nitrito. Os animais tratados com luzindol, LPS e luzindol + LPS apresentaram encurtamento da altura dos vilos comparados com o salina (p<0,05). Os animais tratados com luzindol + LPS apresentaram menor profundidade da cripta comparado aos demais grupos (p<0,05). Os animais dos grupos luzindol e LPS apresentaram menor razão vilo/cripta quando comparados aos grupos salina e luzindol + LPS (p<0,05). O grupo LPS apresentou pior escore histopatológico das criptas quando comparado aos demais grupos (p<0,05). O tratamento com luzindol, LPS e luzindol + LPS reduziu a quantidade de células caliciformes imunomarcadas com PAS (p<0,05) e apresentou aumento de células imunomarcadas com Iba-1 (p<0,05) quando comparado ao grupo salina (p<0,05). A imunomarcação para IL-1β, TNF-α e NFkB foi mais intensa no grupo luzindol comparado aos demais grupos (p<0,05). O grupo LPS apresentou maior atividade da MPO que os grupos salina e luzindol (p<0,05). Houve uma redução na atividade das enzimas CAT nos grupos luzindol, LPS e luzindol + LPS quando comparado ao salina (p<0,05). O grupo luzindol apresentou aumento do GSH quando comparado ao salina (p<0,05). Não houve alterações significativas no iNOS, MDA e nitrato/nitrito. Os resultados desse estudo sugerem que o luzindol, via bloqueio de receptores MT1 e MT2, e o LPS provocam efeitos agudos no jejuno de camundongos. O luzindol e o LPS induzem alterações morfológicas e modulam positivamente a resposta inflamatória.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39504
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