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Tipo: Dissertação
Título: Impactos de choques de preferências em um modelo de ciclos reais de negócios no Brasil
Autor(es): Linhares, Gerson Guilherme Lima
Orientador: Corrêa, Márcio Veras
Palavras-chave: Modelo dinâmico estocástico de equilíbrio geral;Decomposição da variância;Função resposta ao impulso;Choques de preferências;Ciclos reais de negócios
Data do documento: Ago-2018
Citação: LINHARES, Gérson Guilherme Lima. Impactos de choques de preferências em um modelo de ciclos reais de negócios no Brasil.2018.42f. - Dissertação(Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Economia, Fortaleza (CE), 2018.
Resumo: Essa dissertação analisa os impactos de choques de preferências intertemporais e intratemporais para a economia brasileira, em particular para as variáveis produto, consumo, investimento, horas de trabalho, salários e gastos do governo. Utiliza-se um modelo dinâmico estocástico de equilíbrio geral (DSGE) do tipo ciclos reais de negócios com governo, taxação distorciva e quatro choques: choques de preferências intertemporais, intratemporais, produtividade e choque na proporção dos gastos do governo. Para alcançar o objetivo, foram usados dados anuais com calibração, a ideia baseada em Nakajima (2005) e Sims (2016a) de comparar os choques de preferências por meio de funções resposta ao impulso e a decomposição da variância para comparar a volatilidade das variáveis dados os quatro choques. Os principais resultados encontrados são: os choques de preferências intertemporais fazem com que as variáveis consumo e salários aumentem e reduzam o investimento, os gastos do governo, as horas de trabalho e o produto; os choques de preferências intratemporais contribuíram para o aumento dos salários e redução das outras variáveis; enquanto que os choques de produtividade fizeram com que todas as variáveis aumentassem e os choques na proporção dos gastos do governo tiveram o efeito crowding-out esperado na literatura novo-clássica. Por fim, ao usar a decomposição da variância das variáveis, obtém-se que os choques de preferências intratemporais contribuíram mais para a variabilidade de produto, horas de trabalho, salários e gastos do governo do que os choques de preferências intertemporais. O choque de produtividade foi o mais importante entre os quatro choques para explicar a variabilidade do produto e dos salários. O choque na proporção dos gastos do governo foi o que explicou mais a variabilidade do consumo, investimento e dos gastos do governo entre os quatro choques analisados.
Abstract: This dissertation analyzes the impacts of intertemporal and intratemporal preferences shocks on the Brazilian economy, in particular for the variables output, consumption, investment, hours of work, wages and government spending. We use a dynamic stochastic general equilibrium model (DSGE) of the type of real business cycles with government taxing in a distorting way and four shocks: intertemporal, intratemporal preferences shocks, productivity and shock in proportion to government spending. We use annual data with calibration, the idea based on Nakajima (2005) and Sims (2016a) was used to compare preference shocks through impulse response functions and variance decomposition to compare the volatility of the variables given the four shocks to achieve the objective. The main results are: the intertemporal preference shocks increases consumption, salaries and reduce the investment, the hours of work, government spending and output; the intratemporal preference shocks contributed to the increase of wages and reduction of the other variables; while productivity shocks led all variables to increase and shocks to the proportion of government expenditures had the crowding out expected effect in the new-classical literature. Finally, using the variance decomposition of variables, we find that intratemporal preference shocks contributed more to the variability of product, hours of work, wages and government spending than intertemporal preferences shocks. The productivity shock was the most important one to explain the variability of output and wages. The shock in the proportion of government spending was among the four shocks which further explained the variability of consumption, investment, and government spending.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/35418
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