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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Sobre hipocrisia, dissimulação e coisas afins - Nietzsche e a vontade de engano
Autor(es): Costa, Gustavo Bezerra do Nascimento
Palavras-chave: Nietzsche, Friedrich Wilhelm, 1844-1900 - Crítica e interpretação;Hipocrisia;Dissimulação;Engano;Vontade de aparência
Data do documento: 2009
Instituição/Editor/Publicador: Argumentos Revista de Filosofia
Citação: COSTA, Gustavo Bezerra do Nascimento. Sobre hipocrisia, dissimulação e coisas afins - Nietzsche e a vontade de engano. Argumentos Revista de Filosofia, Fortaleza, ano 1, n. 2, p. 43-50, jul./dez. 2009.
Resumo: Objetivamos aqui fazer uma a defesa da hipocrisia com base no pensamento nietzscheano. Primeiramente fazemos uma distinção de aspectos sob os quais as idéias de hipocrisia [Heuchelei] e dissimulação [Verstellung] aparecem nos textos nietzscheanos – o que vem a nos mostrar a associação destas às idéias de proteção, vaidade e fé. Tal distinção aponta para o fato de que as críticas de Nietzsche não se dirigem à hipocrisia enquanto arte da dissimulação, mas, ao auto-engano que se manifesta na “falta de crença em si” do vaidoso e na “crença” presente na fé. Se ao primeiro faltalhe a boa-consciência, no segundo esta é corrompida pela falsa visão de si como única verdade. Em um segundo momento, expomos o problema da vontade de verdade em Nietzsche. Trazendo à tona o auto-engano aí presente, o autor revela a “necessidade de superfície” para a vida, apontando para a vontade de aparência como “vontade fundamental do espírito”. É por meio desta que procuramos conferir à hipocrisia um embasamento filosófico.
Abstract: We aim to make a defence of hypocrisy on the basis of nietzschean’s thought. First we make a distinction of aspects under which the ideas of hypocrisy [Heuchelei] and dissimulation [Verstellung] appear in his texts – which comes to show us the association between hypocrisy and the ideas of protection, vanity and faith. That distinction points to the fact that the criticisms of Nietzsche is not addressed to hypocrisy as art of dissimulation, but to the self-deception manifested in the conceited’s “lack of belief in self” and in the “belief” proper to faith. If in the first there is a lack of good-consciousness, in the second that one is corrupted by this false vision of itself as the only truth. In a second time, we expose the problem of the will to trueness in Nietzsche. Bringing out the self-deception in this will to trueness, the author reveals the “need for surface” to life, pointing out the will to appearance as the “fundamental will of the spirit”. It is by this will that we seek to confer on the hypocrisy a philosophical reliance.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3483
ISSN: 1984-4255
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