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Tipo: Dissertação
Título: Em busca das periferias nas narrativas das juventudes do Cuca Barra: acompanhando processos de comunicação e produção de sentidos
Autor(es): Henrique, Samaisa dos Anjos Xavier
Orientador: Almeida Filho, Edgard Patrício de
Palavras-chave: Juventudes;Periferias;Comunicação;Rede Cuca;Conexões periféricas
Data do documento: 2017
Citação: HENRIQUE, Samaisa dos Anjos Xavier. Em busca das periferias nas narrativas das juventudes do Cuca Barra: acompanhando processos de comunicação e produção de sentidos. 2017. 144 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Instituto de Cultura e Arte, Programa de Pós-graduação em Comunicação, Fortaleza (CE), 2018.
Resumo: Este trabalho busca compreender como a periferia está inserida nas narrativas que os jovens constroem em suas produções de comunicação do Cuca Barra. Esse é um dos três equipamentos públicos que compõem a Rede Cuca, mantida pela Prefeitura de Fortaleza e que possui ações prioritariamente para os jovens de 15 a 29 anos. Nossas questões estão focadas, especificamente, no processo de produção do programa de TV Conexões Periféricas, produzido por jovens comunicadores selecionados na Rede. Entendendo a complexidade e heterogeneidade dos termos juventudes e periferias, buscamos, por meio da observação participante e entrevistas em profundidade, as marcas e pistas sobre a relação entre os jovens, os territórios, as periferias e a produção de sentidos nos processos de produção de comunicação. Neste percurso, buscamos entender como os jovens comunicadores interlocutores da nossa pesquisa experienciavam as periferias e como narravam tais vivências. Dessa forma, pretendemos entender as marcas da institucionalidade no processo de comunicação, a troca de experiências entre os jovens de diferentes perfis e territórios no que diz respeito às vivências pessoais e coletivas e às periferias. Inquietava-nos, assim, saber se a dicotomia da ausência-potência que homogeniza as periferias em tantos espaços estaria presente nas narrativas destes jovens comunicadores. Ao longo da pesquisa, acompanhamos, por cinco meses, sete jovens comunicadores do Cuca Barra participantes da produção da segunda temporada do programa Conexões Periféricas, em que o grupo realizou a produção de 10 episódios. Assim, empreendemos o exercício de buscar o entendimento das periferias e das juventudes que se constituem em movimentos do narrar, experienciar, inventar nos atravessamentos da cidade.Ao longo do percurso de pesquisa, dialogamos acerca das juventudes com autores como Reguillo (2000), Pais (1990), Martins (2010). Hiernaux e Lindón (2004), Feltran (2010) e Rolnik (1995) foram alguns dos interlocutores para os caminhos de busca dos entendimentos das periferias, assim como Zanetti (2011) e os apontamentos das produções audiovisuais das e nas periferias. Ao fim desta experiência de pesquisa, compreendemos como a institucionalidade, em suas diversas facetas, impacta as produções dos jovens comunicadores com os quais pudemos partilhar entendimentos. Também apontamos a necessidade de que tais produções ultrapassem os muros institucionais erguidos na rotina dos equipamentos e na relação dos jovens com os projetos e aprofundem o diálogo com os territórios da cidade. As potencialidades do processo de comunicação acompanhado estão ligadas às experiências construídas a partir da diversidade de vivências dos jovens com a cidade, com as periferias e com as juventudes, apontando assim, para estes importantes locais de sociabilidade, invenção e produção de sentido, que podem ser aprofundadas a partir da convivência das diversas Fortalezas em seus espaços.
Resumen: Este trabajo busca comprender como a periferia es inserida en las narraciones que los jóvenes construyen en sus producciones dentro de los procesos de comunicación del Cuca Barra, una de las tres estructuras públicas que componen la Rede Cuca, mantenida por el Ayuntamiento de Fortaleza y que tiene acciones prioritariamente para los jóvenes de 15 a 29 años. Nuestras cuestiones se centran específicamente en el proceso de producción del programa de TV Conexões Periféricas, producido por jóvenes comunicadores seleccionados en la Rede Cuca. Entendiendo la complejidad y heterogeneidad de los vocablos juventudes y periferias, buscamos, a través de la observación participante y entrevistas en profundidad, las marcas y pistas acerca de la relación entre los jóvenes, los territorios, las periferias y la producción de significaciones en los procesos de producción de comunicación. En este trayecto buscamos entender como los jóvenes comunicadores interlocutores de nuestra investigación experimentaban las periferias y como narraban tales vivencias. De esta manera, pretendíamos entender las marcas de la institucionalidad en el proceso de comunicación, el intercambio de experiencias entre los jóvenes de diferentes perfiles y territorios en lo que se refiere a las vivencias personales y colectivas ya las periferias. Inquietábamos, así, saber si la dicotomía de la ausencia-potencia que homogeneiza las periferias en tantos espacios estaría presente en las narraciones de estos jóvenes comunicadores. Mientras pesquisábamos, acompañamos por cinco meses siete jóvenes comunicadores del Cuca Barra participantes en la producción de la segunda temporada del programa Conexões Periféricas, en la que el grupo realizo la producción de 10 episodios. Así, empezamos el ejercicio de buscar el entendimiento de las periferias y de las juventudes que se constituyen en movimientos del narrar, experimentar, inventar el atravesar de la ciudad. A lo largo del trayecto de investigación, dialogamos acerca de las juventudes con autores como Reguillo (2000), Pais (1990), Martins (2010). Hiernaux e Lindón (2004), Feltran (2010) e Rolnik (1995) fueron algunos de los interlocutores para los caminos de búsqueda de los entendimientos de las periferias, así como Zanetti (2011) y los apuntes de las producciones audiovisuales de las y en las periferias. Al final de esta experiencia de investigación, comprendemos como la institucionalidad, en sus diversos aspectos, impacta las producciones de los jóvenes comunicadores con los que pudimos compartir entendimientos. También señalamos la necesidad de que tales producciones sobrepasen los muros institucionales erigidos en la rutina de las estructuras y en la relación de los jóvenes con los proyectos y profundicen el diálogo con los territorios de la ciudad. Las potencialidades del proceso de comunicación acompañado están vinculadas a las experiencias construidas a partir de la diversidad de vivencias de los jóvenes con la ciudad, con las periferias y con las juventudes, apuntando así, a esos importantes sitios de sociabilidad, invención y producción de significaciones, que pueden ser profundizadas a partir de la convivencia de las diversas Fortalezas en sus espacios.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/32389
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