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dc.contributor.authorAzevedo, Rafael Sânzio de-
dc.date.accessioned2012-07-11T14:16:29Z-
dc.date.available2012-07-11T14:16:29Z-
dc.date.issued1995-
dc.identifier.citationAZEVEDO, Rafael Sânzio. A teoria do verso em José Rebouças Macambira. Revista de Letras, Fortaleza, v. 17, n. 1/2, p. 16-17, 1995.pt_BR
dc.identifier.issn1018051-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3157-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherRevistas de Letraspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectLiteratura Brasileirapt_BR
dc.subjectPoesia Brasileirapt_BR
dc.subjectMacambira, José Rebouças, 1917 - Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.titleA teoria do verso em José Rebouças Macambirapt_BR
dc.typeArtigo de Periódicopt_BR
dc.description.abstract-ptbrNÃO vou evidentemente falar de todos os aspectos que envolvem a metrificação ou versificação no livro Estrutura Musical do Verso e da Prosa (1983), de José Rebouças Macambira. Mas desejaria destacar alguns pontos dignos de atenção, não importando isso naturalmente em inteira concordância com o saudoso Mestre. Aliás, tendo tido a honra de ser seu amigo, além de colega na UFC e confrade na Academia Cearense de Letras, mais de uma vez lhe manifestei minha opinião, concordante ou discordante, a respeito de sua obra de esticólogo. Sempre estranhei que, ao valer-se da métrica greco-latina, ele desprezasse os pés ascendentes (jambo, anapesto e peônio quarto), para ficar só com os descendentes (troqueu, dátilo epeônio primo). Sabemos que embora a versificação greco-latina seja quantitativa, contando os pés e não as sílabas, o fato de os pés conterem sílabas longas e breves faz com que, há muito, se aproxime essas sílabas, respectivamente, das tônicas e átonas. Manuel Bandeira fala muito do ritmo anapéstico em Gonçalves Dias, e temos exemplo em eneassílabos como este: "Anhangá me vedava sonhar", e todos os outros do "Canto do Piaga", que podem ser assim representados ritmicamente: UU-IUU-/ UU -Yl Perguntei um dia, publicamente, pois estava eu como debatedor em uma palestra sua, a razão deste procedimento, ao que ele me respondeu dizendo que, com isso, simplificava a teoria, facilitando a didática. Outra coisa que eu não entendia era o motivo que o teria levado a chamar a sílaba forte de tese, e a fraca de arse. O padre João Ravizza, depois de ensinar que, em latim, a sílaba longa, ou forte, é a arsis, sendo a breve, ou fraca, a tesis, observa: "Este o valor de arsis e tesis na métrica latina. Na grega era o contrário." <2l O proprio Mestre chegou, um tanto displicentemente, a admitir que preferia seguir os gregos, mas a verdade é que, aproximando a métrica da música, preferiu usar a terminologia desta arte, em que a nota forte é designada de tético bem como o ritmo que tem inicio no tempo forte.pt_BR
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