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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação dos efeitos da exposição antenatal ao sulfato de magnésio em recém-nascidos prematuros
Título em inglês: Evaluation of the effects of antenatal exposure to magnesium sulfate in preterm infants
Autor(es): Dias, Hannah Iorio
Orientador: Carvalho, Francisco Herlânio Costa
Palavras-chave: Trabalho de Parto Prematuro;Neuroproteção;Sulfato de Magnésio;Morbidade;Mortalidade
Data do documento: 27-Fev-2018
Citação: DIAS, H. I. Avaliação dos efeitos da exposição antenatal ao sulfato de magnésio em recém-nascidos prematuros. 2018. 90 f. Dissertação (Mestrado em Saúda da Mulher e da Criança) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Resumo: O parto prematuro é um importante fator relacionado com a morbimortalidade neonatal, e ainda permanece entre as complicações obstétricas mais comuns, apesar dos estudos voltados para sua prevenção. Diferentes tratamentos têm sido avaliados para melhorar os desfechos desses recém-nascidos, dentre os quais destaca-se a utilização de sulfato de magnésio (MgSO4) antenatal como neuroprotetor, para reduzir o risco de paralisia cerebral e de disfunções motoras grosseiras. Como alguns resultados acerca deste uso são controversos em relação aos efeitos e segurança, essa pesquisa teve como objetivo avaliar os resultados neonatais de prematuros menores que 34 semanas de idade gestacional, decorrentes da exposição ao sulfato de magnésio antes do nascimento. Realizou-se uma coorte retrospectiva com bebês nascidos no período entre setembro de 2014 e setembro de 2016, em uma maternidade brasileira terciária, referência para assistência materna e neonatal. Hemorragia peri-intraventricular (HPIV) e outros desfechos neonatais a curto prazo (variáveis dependentes) foram comparados entre prematuros expostos e não expostos ao sulfato de magnésio antenatal. Dos 357 bebês elegíveis, 191 (53,5%) foram expostos (cujas mães receberam sulfato de magnésio), entre os quais 34% a indicação do uso foi exclusivamente para neuroproteção fetal. Em relação aos desfechos neonatais foram estatisticamente significativos o índice de Apgar no 5º minuto < 7 (5,2% nos expostos ao MgSO4 vs. 11,5% nos não expostos; 0,495 [0,191-0,941], p = 0,035), reanimação ao nascer (42,4% nos expostos e 53% nos não expostos; 1,532 [1,008-2,329], p = 0,046), doença metabólica óssea (11,5% nos expostos e 19,3% nos não expostos; 0,545 [0,303-0,982], p = 0,043), enterocolite necrosante (0% nos expostos ao MgSO4 vs. 4,2% nos não expostos; p < 0,01) e infecção neonatal (79,1% nos expostos ao MgSO4 vs. 68,7% nos não expostos; 1,722 [1,067-2,779]; p = 0,026). Foram a óbito, durante o período de internação hospitalar, 36 bebês (9,4% no grupo expostos ao MgSO4 vs. 11,8% no grupo não exposto; 1,357 [0,676-2,723]; p = 0,390). Essa coorte mostrou que a utilização antenatal de sulfato de magnésio até 34 semanas associou-se com menor prevalência de algumas morbidades neonatais (baixos escores de Apgar, necessidade de reanimação, enterocolite necrosante e doença metabólica óssea), com maior prevalência de infecção, sem modificação na mortalidade, hipotonia ou HPIV.
Abstract: Preterm birth is an important factor related to neonatal morbidity and mortality, and remains among the most common obstetric complications, despite studies aimed its prevention. Different treatments have been evaluated to improve the outcomes of these newborns. Among them, the use of antenatal magnesium sulfate (MgSO4) to reduce the risk of cerebral palsy and gross motor dysfunction in surviving infants, but some results about this use are controversial regarding effects and safety. The aim of this study was to evaluate the neonatal outcomes of premature infants less than 34 weeks of gestational age, due to antenatal exposure to magnesium sulfate. A retrospective cohort study with infants born from September 2014 to September 2016 was conducted in a Brazilian tertiary maternity hospital, reference for maternal and neonatal care. Peri-intraventricular haemorrhage (IVH) and other short-term neonatal outcomes (dependent variables) were compared between preterm infants exposed and not exposed to antenatal magnesium sulfate. Of 357 eligible infants, 191 (53.5%) were exposed; 34% indicated exclusively for fetal neuroprotection. Comparing the neonatal outcomes of the group exposed to magnesium sulfate versus non-exposed, were statistically significant: 5-minute Apgar score <7 (5.2% vs. 11.5%, 0.495 [0.191-0.941], p = 0.035), neonatal resuscitation (42.4% vs. 53%, 1.532 [1.008-2.329], p = 0.046), bone metabolic disease (11.5% vs. 19.3%, 0.545 [0.303-0.982], p = 0.043), necrotizing enterocolitis (0% vs. 4.2%, p <0.01) and neonatal infection (79.1% vs. 68.7 %, 1.722 [1.067-2.779], p=0.026). Thirty-six infants (9.4% in the MgSO4 exposed group versus 11.8% in the non-exposed group, 1.357 [0.676-2.723], p=0,390) died during the hospital stay. This study found that antepartum exposure to magnesium sulphate up to 34 weeks was associated with lower prevalence of some neonatal morbidities (low Apgar score, need for resuscitation, necrotizing enterocolitis, bone metabolic disease), and higher prevalence of infection, with no change in mortality, hypotonicity or IVH.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/31328
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