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Tipo: Dissertação
Título: Acidente vascular cerebral em mulheres na idade fértil: impacto nas atividades de vida diária
Título em inglês: Stroke in women of childbearing age: impact on activities of daily living
Autor(es): Andrade, Karízia Vilanova
Orientador: Aquino, Priscila de Souza
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral;Avaliação da Deficiência;Enfermagem;Saúde da Mulher
Data do documento: 7-Abr-2017
Citação: ANDRADE, K. V. Impacto do acidente vascular cerebral nas atividades de vida diária de mulheres em idade fértil. 2017. 104 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.
Resumo: Objetivou-se analisar o desempenho das atividades de vida diária em mulheres em idade fértil na fase aguda do AVC e três meses após o acometimento. Trata-se de estudo de desenho longitudinal e analítico correlacional, realizado em três hospitais públicos do município de Fortaleza, estado do Ceará. A população envolveu as mulheres em idade fértil, na faixa etária de 15 a 49 anos de idade, com diagnóstico de AVC. A amostra foi composta por 109 mulheres. A coleta de dados ocorreu nos meses de outubro de 2015 à outubro de 2016. Para avaliação do grau de incapacidade e limitações nas atividades de vida diárias, foi utilizado o Índice de Barthel Modificado (IBM). A análise dos dados foi mediada pelo software Statistical Package for Social Sciences, versão 20.0. Na análise de associação entre variáveis, optou-se pelos testes Qui-quadrado de Pearson e Razão de Verossimilhança, com adoção de p<0,05 para consideração de associação estatística significante. Os aspectos éticos foram respeitados. Quanto ao tipo de AVC, 67 (62%) foram acometidas por AVCi, 33 (30,6%) por AVCh e 8 (7,4%) por TVC. A idade variou de 18 a 49 anos. Dessas, 74 (67,9%) apresentavam união estável, 73(67%) tinha renda de até dois salários mínimos e 56 (51,3%) não eram ativas economicamente. Houve associação significante entre procedência, renda e raça, na qual a maior dependência para as AVDs foi encontrada em mulheres do interior, com menor renda e negras, na avaliação inicial. A renda mostrou mesmo comportamento após três meses. Os principais fatores de risco identificados foram sedentarismo 85 (79,4%), enxaqueca 64 (58,7%), excesso de peso 52 (47,7%), estresse 48 (44%) e HAS 44 (40,4%). Houve associação significante com doença cardíaca (p=0,04), na avaliação inicial, e atividade física e alcoolismo após três meses (p=0,003 e p=0,017), com maior dependência severa a moderada entre os doentes cardíacos e alcoolistas e maior independência para as mulheres ativas fisicamente. Na avaliação inicial, 44 (40,4%) encontravam-se com dependência total e severa, enquanto que na avaliação três meses após, esse percentual reduziu para 9 (8,2%), denotando melhora na capacidade funcional para realização das AVDs no período de três meses. O déficit motor foi o acometimento mais presente nas avaliações 66 (60,6%), seguido das alterações na fala 60 (55%). A maior parte das mulheres 26(59,1%) que apresentou déficit motor na fase aguda exibiu dependência severa para as AVDs. Na fase aguda, 69,2% das mulheres que foram acometidas por AVC grave apresentaram dependência severa para as AVDs e 64,3% das mulheres que apresentaram comprometimento funcional moderado a grave eram dependentes severas para as AVDs na fase aguda. O estudo das doenças cerebrovasculares em mulheres na idade fértil é fundamental, não só considerando o aumento crescente em sua ocorrência, mas também levando em conta o impacto individual nessa população ocasionado pelas repercussões nas atividades de vida diárias.
Abstract: The objective of this study was to analyze the performance of daily life activities in women young in the acute phase of stroke and three months after the onset. This is a study of longitudinal and analytical correlational design, carried out in three public hospitals in the city of Fortaleza, state of Ceará. The population involved women of childbearing age, in the age group of 15 to 49 years of age, with a diagnosis of stroke. The sample consisted of 109 women. Data were collected from October to December 2015 and January and October 2016. The Barthel Index Modified (IBM) was used to assess the degree of disability and limitations in daily living activities. Data analysis was mediated by the Statistical Package for Social Sciences software, version 20.0. In the analysis of association between variables, Pearson's Chi-square and Likelihood Ratio tests were used, with p <0.05 being adopted for consideration of a statistically significant association. Ethical aspects have been respected. The sample consisted of 109 women. Regarding the type of stroke, 67 (62%) were affected by AVC ischemic, 33 (30.6%) by AVC hemorrhage and 8 (7.4%) by TVC. As for the sociodemographic characteristics, it was observed that the age ranged from 18 to 49 years. Of these, 74 (67.9%) had a stable union, 73 (67%) had income of up to two minimum wages and 56 (51.3%) were not economically active. There was a significant association between origin, income and race, in which the highest dependence for ADL was found in lower income and black women in the initial evaluation. The income even showed behavior after three months. The main risk factors identified were sedentary lifestyle (79.4%), migraine 64 (58.7%), overweight 52 (47.7%), stress 48 (44%) and HAS 44 (40.4%). There was a significant association with cardiac disease (p = 0.04) at the initial evaluation, and physical activity and alcoholism after three months (p = 0.003 and p = 0.017), with a greater severity of dependence from moderate to cardiac and alcoholic patients, and greater independence for Women physically active. In the initial evaluation, 44 (40.4%) were classified with total and severe dependence, whereas in the evaluation three months later, this percentage reduced to 9 (8.2%), indicating an improvement in the functional capacity to perform the ADLs In the period of three months. The motor deficit was the most present affectation in the evaluations 66 (60.6%), followed by the speech changes 60 (55%). Most of the women 26 (59.1%) who presented motor deficit in the acute phase exhibited severe dependence for the ADLs. In the acute phase, 69.2% of women who had severe stroke had severe dependence on ADL and 64.3% of women who had moderate to severe functional impairment were severely dependent on ADLs in the acute phase. The study of cerebrovascular diseases in young women is fundamental, not only considering the increasing increase in their occurrence, but also taking into account the individual impact in this population caused by the repercussions on daily living activities.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/30439
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