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dc.contributor.advisorSilva, Odalice de Castro-
dc.contributor.authorNunes, Bruna Fontenele-
dc.date.accessioned2017-10-05T14:46:50Z-
dc.date.available2017-10-05T14:46:50Z-
dc.date.issued2017-
dc.identifier.citationNUNES, Bruna Fontenele. O escritor numa casca de noz: Lima Barreto e Osman Lins nas trincheiras do campo literário. 2017. 135f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2017.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/26382-
dc.description.abstractThe reader can find on Guerra sem testemunhas (1969) the lines that compose Osman Lins´ writing. Those lines seem to indicate a simulated truth, inside the Avalovara (1973) author´s literary project, which is, the irreparable loneliness that comes from those who express themselves through the word. The inability to communicate becomes, then, necessary condition in the writing business. Similarly to what Foucault tell us about the insane speech, the writer´s speech needs to find itself disassociated from that language which reins the immediate life, that legitimate the consecutive actions directed to useful means, and employ a battle which only glory is, maybe, keeping the dignity. About this choice, there is an incontestable similarity between the moral imperatives that justify two fictionists, apparently radically different from each other: Osman Lins e Lima Barreto. This work has as its goal to analyze the congruencies between those two authors´ writing on which they seemed to meet, without leaving at side those aspects that last and shine in each writing. To achieve this goal, we arm ourselves with the reflections that come from philosophers and literary critics that came before us, such as: Jean-Paul Sartre, Pierre Bourdieu, Antonio Candido, Roland Barthes, Gaëtan Picon, Michel Foucault, Étienne de La Boétie, José Murilo de Carvalho, Nicolau Sevcenko, Leyla Perrone-Moisés, and many others. The first chapter of this dissertation presents a brief debate about the motivations and the discussions between those authors inside the literary field, having as background the argumentative lines from the Guerra sem testemunhas author, Osman Lins. At this stage, we observe the literary field´s peculiarities, in relation to other fields of power, to, shortly thereafter, investigate the Brazilian literary field. From the understanding of the rules of the “field”, exhaustively acquired by Pierre Bourdieu, on his As regras da arte (1992), we question the position occupied by some notable writers from the begins of the last century, to identify Lima Barreto e Osman Lins´ trenches. The second chapter reacquires the Sartre´s concept of negativity to clarify how Lima Barreto´s option for an engaged language directed him to an irreversible loneliness, transmuted in his fiction. Before realizing the hermeneutic job of Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá (1919), we concede to the reader a scenery that makes it possible to see the carioca fictionist´s literary project essentials. Through the acknowledgment of those pieces, we take the reasons that made Barro´s writing a representation of the contradictions of his time. The third chapter is dedicated to the meeting between those authors. As we did in the second chapter, we evaluate and debate Osman Lins´ literary project, at his phase before Nove, Novena (1966), work that signs his break from the traditional narratives, highlighting how the personal mythologies from the Pernambuco´s author helped to build his writing. The romance, which is the object of our studying and interpretation, is O fiel e a pedra (1961). About this narrative, Bernardo Cedro fights against Nestor´s tirany, similarly to Osman Lins, who, at many opportunities, refused to give in to the resources enjoyed by those inside and outside the literary power. Our main goal is to survey the unsuspected similarities between Osman Lins e Lima Barreto.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectEscritura Humorpt_BR
dc.subjectLiteratura Brasileirapt_BR
dc.subjectMitos pessoaispt_BR
dc.subjectHumorpt_BR
dc.subjectPersonal mythspt_BR
dc.titleO escritor numa casca de noz: Lima Barreto e Osman Lins nas trincheiras do campo literáriopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstract-ptbrEm Guerra sem testemunhas (1969), o leitor poderá encontrar os fios que tecem a escritura de Osman Lins. Essas linhas parecem direcionar-se para uma verdade simulada, no interior do projeto literário do autor de Avalovara (1973), qual seja, a solidão irreparável daquele que se exprime pela palavra. A incomunicabilidade se torna, portanto, condição necessária no ofício de escrever. À semelhança do que nos diz Foucault a respeito do discurso do louco, o discurso do escritor precisa achar-se dissociado daquela linguagem regente da vida imediata, que legitima a consecução das ações destinadas a fins úteis, e empreender uma batalha cuja única glória é, talvez, a conservação de sua dignidade. Há, nessa escolha, uma similitude inconteste entre os imperativos morais que justificam a obra de dois ficcionistas, em aparência de todo dessemelhantes: Osman Lins e Lima Barreto. Este trabalho tem por objetivo analisar as confluências entre as escrituras destes autores, nas circunstâncias em que eles se observavam imiscuídos, sem, contudo, deixar de resguardar aquilo que perdura e reluz em cada escritura. Para tanto, nós nos valemos da contribuição reflexiva de filósofos e de críticos literários que nos antecederam, são eles: Jean-Paul Sartre, Pierre Bourdieu, Antonio Candido, Roland Barthes, Gaëtan Picon, Michel Foucault, Étienne de La Boétie, José Murilo de Carvalho, Nicolau Sevcenko, Leyla Perrone-Moisés, entre outros nomes. O primeiro capítulo da dissertação apresenta um breve debate acerca das motivações e dos embates dos escritores dentro do campo literário, tomando por base algumas das linhas argumentativas delineadas por Osman Lins em Guerra sem testemunhas. Nesse estágio, observamos as particularidades do campo literário em relação aos outros campos de poder, para, em seguida, analisarmos o campo literário brasileiro. A partir do entendimento das regras do “campo”, exaustivamente perquiridas por Pierre Bourdieu, em As regras da arte (1992), nós questionamos as posições ocupadas por alguns escritores notáveis do início do século passado, a fim de localizar as trincheiras de Lima Barreto e Osman Lins. O segundo capítulo retoma o conceito sartreano de negatividade com o propósito de esclarecer como a opção de Lima Barreto por uma literatura engajada o conduziu a um isolamento irreversível, transmudado em sua ficção. Antes de realizar o trabalho hermenêutico de Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá (1919), concedemos ao leitor um cenário que lhe possibilita avistar o essencial do projeto literário do ficcionista carioca. Por intermédio do conhecimento dessas peças, depreendemos algumas das razões que fizeram da escritura barretiana uma representação das contradições de seu tempo. O terceiro capítulo é dedicado ao encontro entre os ficcionistas. Assim como fizemos no segundo capítulo, avaliamos e discutimos o projeto literário de Osman Lins, em sua fase anterior a Nove, Novena (1966), obra que assinala seu rompimento com as narrativas tradicionais, destacando de que maneira as mitologias pessoais do escritor pernambucano contribuíram para forjar sua escritura. O romance, objeto de nossa análise e interpretação, é O fiel e a pedra (1961). Na narrativa, Bernardo Cedro se insurge contra a tirania de Nestor, de maneira similar a Osman Lins, que, em diversas oportunidades, se recusou a ceder às facilidades de quem comunga com o poder dentro e fora do campo literário. Nosso intento fundamental é perscrutar a similitude insuspeita entre Osman Lins e Lima Barreto.pt_BR
dc.title.enThe writer in a nutshell: Osman Lins and Lima Barreto in the trenches of literary fieldpt_BR
Aparece nas coleções:PPGLE- Dissertações defendidas na UFC

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