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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/26156
Tipo: | TCC |
Título: | A comunicabilidade entre o cidadão e o Poder Judiciário em Juizados Especiais de Fortaleza |
Autor(es): | Pellegrini, Bruna Lustosa |
Orientador: | Lima, Raimundo Nonato de |
Palavras-chave: | Comunicação;Linguagem;Ideologia;Relações de poder;Discurso jurídico |
Data do documento: | 2010 |
Citação: | Pellegrini, B. L.; Lima, R. N. (2010) |
Resumo: | A linguagem é uma atividade que se realiza e se constrói através da interação verbal, produto de um trabalho lingüístico empreendido pelos sujeitos nas diferentes esferas da atividade humana. Pela linguagem, que se manifesta mediante os mais variados gêneros textuais/orais, os sujeitos se constituem na medida em que compreendem o mundo. A língua existe em função do uso que locutores (quem fala ou escreve) e interlocutores (quem lê ou escuta) fazem dela em situações de comunicação. O sujeito que emprega a linguagem é o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos. Por isso, a língua é, ao mesmo tempo, produto e produtora de ideologias para cada esfera de produção. Surge no presente trabalho a necessidade de analisar a problemática do significado que a concepção jurídica possui diante da comunicação humana dentro de uma realidade que envolve o cidadão comum e os Juizados Especiais, verificando em que medida a linguagem determina a consciência e a compreensão pelo cidadão e em que medida a ideologia do comunicador determina sua linguagem. Todo discurso requer uma escolha diferente de palavras, que determina o estilo da mensagem. E, no processo de interação verbal, a organização hierárquica das relações sociais exerce influência direta sobre as formas de enunciação. O contexto social em que se encontra a sociedade brasileira é marcado por desigualdades sociais e por concepções ideológicas contraditórias, com valorização de sujeitos por características físicas, posição política, classe social, profissão, nível de escolaridade, que resultam em todo tipo de discriminação, ao mesmo tempo em que se enaltecem as relações humanas cordiais e de boa vizinhança. O sistema comunicativo não está em equilíbrio em momento algum. A entonação expressiva, o conteúdo ideológico, o relacionamento com uma situação social determinada afetam a significação. O novo valor que adquire o signo dentro do âmbito jurídico torna-se a única realidade para cada locutor-ouvinte leigo, que possui seu próprio “horizonte social”. Classes sociais diferentes servem-se de uma mesma língua. Conseqüentemente, em todo signo ideológico confrontam-se índices de valor contraditórios. O signo se torna a arena onde se desenvolve a luta de classes. O fato de que não há sentido sem interpretação atesta a presença da ideologia. Não há sentido sem interpretação e o lugar a partir do qual fala o sujeito é constitutivo do que ele diz. Nossa sociedade é constituída por relações hierarquizadas, relações de força sustentadas no poder desses diferentes lugares. Na transmissão de uma mensagem, diante de um determinado contexto, leva-se em conta uma terceira pessoa – a pessoa a quem estão sendo transmitidas as enunciações. Essa orientação para um terceiro reforça a influência das forças sociais organizadas sobre o modo de apreensão do discurso. |
Descrição: | PELLEGRINI, Bruna Lustosa. A comunicabilidade entre o cidadão e o Poder Judiciário em Juizados Especiais de Fortaleza. 2010. 65f. TCC (Graduação em Comunicação Social) - Universidade Federal do Ceará, Instituto de Cultura e Arte, Curso de Comunicação Social, Habilitação em Jornalismo, Fortaleza (CE), 2010. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/26156 |
Aparece nas coleções: | JORNALISMO - Monografias |
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