Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/24505
Tipo: Dissertação
Título: Biomarcadores precoces da injúria renal no envenenamento experimental induzido pela serpente colombiana Bothrops ayerbei em ratos
Título em inglês: Analysis of early biomarkers of renal injury promoted by colombian serpent venom Bothrops ayerbei in rats
Autor(es): Reyes, Mayra Alejandra Velasco
Orientador: Bindá, Alexandre Havt
Palavras-chave: Bothrops;Lesão Renal Aguda;Biomarcadores;Mordeduras de Serpentes
Data do documento: 14-Jun-2017
Citação: REYES, M. A. V. Biomarcadores precoces da injúria renal no envenenamento experimental induzido pela serpente colombiana Bothrops ayerbei em ratos. 2017. 91 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.
Resumo: O envenenamento ofídico representa um problema de saúde pública, que se caracteriza por causar várias fisiopatologias sistêmicas, dentre estas a lesão renal aguda (LRA) é a de maior importância. A patogênese da LRA induzida por o envenenamento Botrópicos é multifatorial e tende a ser associada à nefrotoxicidade direta, coagulação vascular disseminada e atividade de enzimas proteolíticas que atuam sobre as estruturas do rim. No estado do Cauca na Colômbia a serpente Botrhops ayerbei foi reconhecida como nova espécie através da descrição morfológica e à caracterização molecular de seu veneno, considerando esta última como uma valiosa assinatura para a identificação de espécies e as propriedades do veneno. Por conseguinte, o objeto deste trabalho é caracterizar os efeitos renais do veneno de B. ayerbei (VBa), e avaliar parâmetros bioquímicos associados à função renal, perfil oxidativo e atividade antioxidante fazendo uma comparação com biomarcador precoce de lesão renal de transcrição gênica através de RT-PCR, e o análise histopatológica. Para isto, foram utilizados ratos Wistar de 250-300g (protocolo 150/14), divididos em três tempos 8, 16 e 24 horas cada um com dois grupos de avaliação controle (PBS) e tratado (75% Dl50 do VBa). Assim, foi observado que o envenenamento por inoculação intraperitoneal do VBa, promove alterações bioquímicas associadas num começo a lesão direta do veneno sobre as estruturas renais, causando um aumento do ácido úrico plasmático (8h: 1,220 ± 0,2061 µg/dL) e urinário (8h: 5,600 ± 0,230 µg/dL), seguido por proteinúria (8h: 17,920 ± 0,807 µg/dL), diminuição do ritmo de filtração glomerular (RFG) (8h: 0,9211 ± 0,2131 mL/min/100g), e aumento do clearance de água livre (8h: -0,013 ± 0,003 mL/min), assim como também um aumento da osmolalidade urinária (8h: 625,8 ± 33,27 Mmol/Kg). Posteriormente foi encontrado um aumento nas concentrações de ureia na urina (16h: 31,120 ± 1,866 µg/dL) e creatinina urinária (24h: 54,890 ± 3,360 µg/dL), com uma diminuição do clearance de osmolalidade (16h: 317,8 ± 26,05 Mmol/Kg) e um aumento da fração de excreção de Na+ (16h: 4,552 ± 0,204 %) e o RFG (24h: 0,7415 ± 0,0717 mL/min/100g), A seguir o VBa apresentou alterações no perfil oxidativo no último tempo de avaliação com uma diminuição dos níveis de GSH (24h: 78,75 ± 3,059 µg/mg prot.) e verificou-se lesão nas células renais pela expressão de biomarcadores tais como: a molécula de injúria renal-1 (KIM-1) e a lipocalina associada à gelatinase neutrofílica (NGAL). Além disso, citocinas pró-inflamatórios como a interleucina-18 (IL-18), interleucina-1 beta (IL-1β) e o peptídeo-1 quimiotático para monócitos (MCP-1) foram encontradas aumentadas, atuando como coadjuvantes no processo de lesão renal, Desta forma, o VBa não altera parâmetros plasmáticos associados a LRA, mas causa processos hemorrágicos que repercute na circulação sanguínea com extravasamento o que possivelmente causaria hipovolemia e consequente diminuição do RFG, seguido por uma regulação na excreção de substâncias. Comparando com os resultados da biologia molecular comprovou-se dano nas células renais, e desenvolvimento de processos inflamatórios que podem promover lesão renal. Concluímos assim, que o veneno de VBa promove alterações renais comprovado por biologia molecular, e não por teste bioquímicos, demonstrando que o uso de biomarcadores precoce é necessário para o entendimento da fisiopatologia renal gerada por o envenenamento de serpentes.
Abstract: The snake poisoning represents a public health problem, which is characterized by several systemic pathophysiologies, among which acute renal injury (AKI) is the most important. The pathogenesis of AKI induced by Botrópico poisoning is multifactorial and tends to be associated with direct nephrotoxicity, disseminated vascular coagulation and the activity of proteolytic enzymes that act on the structures of the kidney. In the state of Cauca in Colombia the snake Botrhops ayerbei was recognized as a new species through the morphological description and molecular characterization of its venom, considering the latter as a valuable signature for the identification of species and the properties of the venom. Therefore, the purpose of this work is to characterize the renal effects of venom of B. ayerbei (VBa), the present study evaluated biochemical parameters associated with renal function, oxidative profile and antioxidant activity, making a comparison with early biomarker of renal injury through gene transcription RT-PCR, and histopathological analysis. For this, 250-300g Wistar rats (150/14 protocol) were used, divided into three times 8, 16 and 24 hours each with two control (PBS) and treated groups (75% DVB of VBa). Thus, it was observed that poisoning by intraperitoneal inoculation of VBa promotes biochemical changes associated at the onset with direct injury of the venom on renal structures, causing an increase in plasma uric acid (8h: 1,220 ± 0,2061 μg / dL) and urinary (8h: 5,600 ± 0,230 μg / dL), followed by proteinuria (8h: 17,920 ± 0,807 μg / dL), decreased glomerular filtration rate (GFR) (8h: 0.9211 ± 0.2131 mL / min / 100g) , And increased clearance of free water (8h: -0.013 ± 0.003 mL / min), as well as increased urine osmolality (8h: 625.8 ± 33.27 Mmol / kg). An increase in urine urea concentrations (16h: 31,120 ± 1,866 μg / dL) and urinary creatinine (24h: 54,890 ± 3,360 μg / dL) was observed, with a decrease in the osmolality clearance (16h: 317.8 ± 26 , 05 Mmol / kg) and an increase in the Na + excretion fraction (16h: 4.552 ± 0.204%) and the RFG (24h: 0.7415 ± 0.0717 mL / min / 100g). (24h: 78.75 ± 3.059 μg / mg prot.) And renal cell damage was found by expression of renal biomarkers such as: renal injury-1 molecule (KIM-1) and neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL). In addition, pro-inflammatory cytokines such as interleukin-18 (IL-18), interleukin-1 beta (IL-1β) and chemotactic peptide-1 for monocytes (MCP-1) were found to act as adjuvants in the injury process Thus, VBa does not alter plasma parameters associated with AKI, but causes hemorrhagic processes that affect the blood circulation with extravasation, which could cause hypovolemic and consequent decrease of RFG, followed by a regulation in the excretion of substances. Compared with the results of molecular biology, renal cell damage has been proven, and inflammatory processes that may promote renal damage have been developed. We conclude that the VBa venom promotes changes in kidney damage as demonstrated by molecular biology, and not by biochemical tests, demonstrating that the use of early biomarkers is necessary for the understanding of renal pathophysiology generated by snake poisoning.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/24505
Aparece nas coleções:PPGF - Dissertações defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2017_dis_mavreyes.pdf1,82 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.