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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Ser e agir para uma articulação entre antropologia e ética em Ludwig Feuerbach
Autor(es): Serrão, Adriana Veríssimo
Palavras-chave: Feuerbach;Antropologia;Ética;Direitos das mulheres;Direitos da natureza
Data do documento: 2015
Instituição/Editor/Publicador: Revista Dialectus
Citação: Serrão, A. V. (2015)
Resumo: O presente artigo procura articular os conceitos de antropologia e de ética em Ludwig Feuerbach, inquirindo se devem ser identificados ou distinguidos, isto é, se a Antropologia enquanto filosofia do homem integral contém já implicitamente uma ética, ou se a ética, que é o seu correlato, não será também o seu efectivo aprofundamento. Duas considerações preliminares têm de ser feitas: uma diz respeito ao conceito de antropologia, que não é unívoco e sofre manifesta evolução ao longo da trajectória intelectual de Feuerbach; a outra remete para o facto de a tematização desenvolvida da ética ser tardia e ocorrer duas décadas após a fundamentação da filosofia da sensibilidade. Num primeiro momento, recuperamos alguns aspectos da ligação entre concepção do homem e concepção da moral no primeiro Feuerbach, quando ambas são perspectivadas sob a ideia de razão, gerando a circularidade entre razão humana e homem racional. Seguidamente consideramos as diversas “antropologias” trabalhadas no contexto da psicologia da religião, sobretudo em A Essência do Cristianismo, obra na qual se cruzam distintas perspectivas do humano e que terá conduzido Feuerbach a elaborar uma filosofia do homem integral. Esta só ganha fundamentação plena nos escritos de 1843, a par da ontologia da Sinnlichkeit, sendo aí a essência do homem concreto explicitada através dos princípios do sensualismo e do altruísmo. Nos escritos tardios, sobretudo em Sobre o espiritualismo e o materialismo, em particular na referência à liberdade da vontade, de 1866, identificamos um núcleo de convergência – o princípio da felicidade enquanto potenciação do ser – e outros de divergência, no quadro da distinção entre ser, agir e responsabilidade moral. Finalizaremos enunciando algumas reflexões de Feuerbach que superam a tendência para o antropocentrismo constitutiva da natureza humana, tais como os direitos políticos das mulheres e a extensão da comunidade ética aos entes não-humanos.
Abstract: This article aims to articulate the concepts of anthropology and ethics in Ludwig Feuerbach, inquiring whether they should be identified or distinguished, that means, if anthropology as a philosophy of the whole man has already implicitly an ethical response, or if the ethics, which is its correlatum, brings new perspectives. Two preliminary considerations have to be made: one concerns the concept of anthropology, which is not univocal and suffers an obvious evolution through the intellectual trajectory of Feuerbach; the other refers to the fact that the developed thematization of ethics occur two decades after the foundation of the philosophy of sensibility. At first, we recover some aspects of the connection between conception of man and conception of morality in the first Feuerbach, when both are envisaged under the idea of reason, causing the circularity between human reason and rational man. Then we consider the various "anthropologies" worked in the context of the psychology of religion, especially in The Essence of Christianity, in which intersect different visions of human and have led Feuerbach to develop a philosophy of the whole man. This awareness is fullfilled in the writings of 1843, along with the ontology of Sinnlichkeit, where the essence of the concrete man is explained through the principles of sensuality and altruism. In later writings, especially in About spiritualism and materialism, particularly in reference to the freedom of the will, von 1866, we identify a main convergence – the principle of happiness as potentiation of being - and other aspects of divergence in the context of the distinction between to be, to act and moral responsibility. At last, we comment some thoughts of Feuerbach that overcome the tendency toward anthropocentrism that is constitutive of human nature, such as the political rights of women and the extent of ethical community to nonhumans.
Descrição: SERRÃO, Adriana Veríssimo. Ser e agir para uma articulação entre antropologia e ética em Ludwig Feuerbach. Revista Dialectus, Fortaleza, ano 2, n. 6, p. 47-59, jan./ago. 2015.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/22239
ISSN: 2317-2010
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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