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Tipo: Dissertação
Título: Autoeficácia de mães residentes em microáreas de risco na prevenção da diarreia infantil
Título em inglês: Self-efficacy in the prevention of childhood diarrhea of resident mothers in risk microaries
Autor(es): Andrade, Lucilande Cordeiro de Oliveira
Orientador: Ximenes , Lorena Barbosa
Palavras-chave: Diarreia Infantil;Autoeficácia;Determinantes Sociais da Saúde;Promoção da Saúde
Data do documento: 5-Jun-2014
Citação: ANDRADE, L. C. O. Autoeficácia de mães residentes em microáreas de risco na prevenção da diarreia infantil. 2014. 108 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, 2014.
Resumo: Os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) são fatores sociais, econômicos, culturais, raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde como a diarreia infantil. Dentre os fatores comportamentais, a autoeficácia materna pode ser considerada como um forte preditor para a promoção da saúde infantil, haja vista, está associada à confiança das mães em relação as suas habilidades e atitudes pessoais que favoreçam à prevenção da diarreia infantil. Objetivou-se analisar a autoeficácia das mães de crianças menores de cinco anos, residentes em microáreas de risco, quanto ao seu potencial em prevenir a diarreia. Tratou-se de um estudo de delineamento longitudinal, com abordagem quantitativa, realizado em uma Unidade de Atenção Primária de Saúde (UAPS) de Fortaleza/CE, totalizando uma amostra de 90 mães. A coleta de dados foi realizada no período de abril a julho de 2013, por meio de entrevista, em duas etapas: a primeira, de forma presencial na UAPS, e a segunda, realizada através de contatos telefônicos durante três meses de acompanhamento. Na primeira etapa de coleta, aplicaram-se dois instrumentos: a Escala de Autoeficácia Materna para Prevenção da Diarreia Infantil (EAPDI) e o formulário sociodemográfico. Já, na segunda, foram aplicados a EAPDI e um formulário que abordava os episódios da diarreia infantil, sinais e sintomas, tratamento utilizado e conduta dos profissionais de saúde. Os dados foram analisados por meio do Statistical Package for the Social Sciences, versão 20. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará sob parecer 106/12. A média da idade das mães foi de 29 anos(DP±7,5). Predominaram mulheres casadas/união consensual, com cinco a oito anos de estudos, donas do lar, com renda per capita menor que R$169,50. Verificou-se significância estatística entre as variáveis sociodemográficas e as médias dos escores da EAPDI nos quatro momentos de acompanhamento (p< 0,05): idade, estado civil, escolaridade materna, ocupação, renda per capita, nº de residentes no domicílio, nº de filhos, sexo da criança. Quanto às variáveis sanitárias apresentaram significância estatística (p< 0,05): tipo de casa, tipo de piso, destino do lixo, moscas na casa, tipo de esgoto, origem e tratamento da água, sabão próximo das torneiras, tipo de sanitário, existência de refrigerador e presença de animal no domicílio. Com relação à comparação entre a renda per capita e os episódios de diarreia infantil, pode-se verificar associação significante (p< 0,001), apontando que as crianças pertencentes a um domicílio de menor renda tiveram mais episódios de diarreia. A chance dos filhos de mães com moderada autoeficácia apresentarem diarreia foi 4,5 vezes maior que os filhos daquelas com elevada autoeficácia, no segundo momento de acompanhamento. Sendo assim, pode-se concluir a importância da utilização do instrumento EAPDI às famílias de crianças menores de cinco anos, pois ao ser aplicado em intervalos de tempo diferentes, a Enfermagem pode não só monitorar a autoeficácia materna como associá-la com as condições ambientais, sócio-econômicas, culturais e comportamentais das mães que podem influenciar diretamente na ocorrência de episódios diarreicos, a fim de intervir com ações educativas que visem à promoção da saúde infantil.
Abstract: Social Determinants of Health (SDH) are social, economic, cultural, racial, psychological and behavioral factors that influence the occurrence of health problems such as infant diarrhea. Among the behavioral factors the maternal self-efficacy may be considered with a strong predictor for the promotion of child health, given is associated with the confidence of mothers in relation to their personal skills and attitudes that support the prevetion of childhood diarrhea. This study aimed to analyze the self-efficacy of mothers of children under five years old living in small risk areas, as their potential to prevent diarrhea. This was a longitudinal study design with quantitative approach, performed in a Unit of Primary Health Care in Fortaleza-CE, Brazil, with a sample of 90 mothers. Data collection was conducted in the period April-July 2013 through interviews, in two stages: the first, in contact with the mothers in Unit of Primary Health Care, and the second, conducted through telephone contacts for three months follow-up. In the first stage of data collection, two instruments were applied: the Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea and sociodemographic form. Already in the second , and were applied the Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea to form that addresses the episodes of childhood diarrhea, signs and symptoms , treatment used and conduct of health professionals. Data were analyzed using the Statistical Package for Social Sciences, version 20. The Research Ethics Committee of the Universidade Federal do Ceará approved the project. The mean age of mothers was 29 years ( SD ± 7.5). Predominated married/ common-law marriage, women with five to eight years of study, housewives, with a per capita income of less than R $ 169.50. There was statistical significance between the sociodemographic variables and the mean scores of the four moments of Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea (p < 0.05 ) : age, marital status , maternal education , occupation , income per capita , number of residents in the household , paragraph of children , sex of the child . For sanitary variables showed statistical significance ( p < 0.05 ): type of home, type of flooring , disposal of garbage ,flies in the house, type of sewage origin and treatment of water, soap near the taps, type of toilet, existence of refrigerator and presence of animals in the household. The comparison between per capita income and episodes of childhood diarrhea, can be seen a significant association (p< 0.001), indicating that children belonging to a household with lower income had more episodes of diarrhea. The chance of the children of mothers with moderate self-efficacy submit diarrhea was 4.5 times greater than the children of those with high self-efficacy, the second moment of follow-up. Thus, we can conclude the importance of using the instrument Maternal Self-Efficacy Scale for the Prevention of Infant Diarrhea in families of children under five, because when applied to different time intervals, Nursing can not only monitor maternal self-efficacy as associate it with environmental conditions, socio-economic, cultural and behavioral mothers, who can directly influence the occurrence of diarrheal episodes in order to intervene with educational actions for the promotion of child health.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21887
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