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Tipo: Tese
Título: Estudo da atividade antimetastática da biflorina, uma o-naftoquinona isolada das raízes de Capraria biflora
Título em inglês: Study of anti-metastatic activity of biflorina, an o-naphtoquinone isolated from roots of Capraria biflora
Autor(es): Carvalho, Adriana Andrade
Orientador: Moraes Filho, Manoel Odorico de
Palavras-chave: Adesão Celular;Melanoma;Movimento Celular
Data do documento: 2009
Citação: CARVALHO, A. A. Estudo da atividade antimetastática da biflorina, uma o-naftoquinona isolada das raízes da Capraria biflora. 2009. 106 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009.
Resumo: A principal causa de mortalidade em pacientes com câncer está relacionada com a presença de tumores secundários pelo organismo. Devido a falta de tratamento das metástases, muitos esforços estão sendo lançados para o desenvolvimento de novas drogas com potencial antimetastático. Em estudos realizados em nosso laboratório observamos que a biflorina, uma o-naftoquinona isolada das raízes da Capraria biflora, aumentava a sobrevida dos animais transplantados com o melanoma B16 sem expressiva toxicidade. Diante desse dado resolvemos avaliar a atividade antimetastática desta naftoquinona, em modelos experimentais in vivo e in vitro, utilizando as linhagens celulares B16-F10 (melanoma murino) e MDAMB-435 (melanoma humano). A indução da metástase experimental foi realizada pela inoculação da linhagem celular B16-F10 via veia caudal de animais C57BL/6. Neste ensaio, a biflorina (25 e 50 mg/kg/dia) inibiu a formação dos nódulos metastático em 57 e 71 %, respectivamente. Entretanto, em análise histopatológica dos pulmões dos animais tratados, foi observada a presença de hemácias e hemossiderina, o que indica a presença de hemorragia recente e tardia. Com objetivo de avaliar como a biflorina tem seu efeito sobre a metástase, foram realizados alguns ensaios in vitro utilizando duas linhagens de melanoma metastático: B16-F10 e MDAMB-435. Em ensaio de adesão celular, a biflorina foi capaz de inibir a adesão de ambas as células sobre o colágeno tipo I, um dos constituintes da matriz extracelular. Além disso, em ensaio de migração celular, utilizando o método Wound healing (cicatrização), a biflorina também foi capaz de inibir a motilidade destas células. Vale ressaltar que nesses ensaios foram utilizadas concentrações não-citotóxicas, o que exclue um efeito falso positivo. Por fim, em ensaio de zimograma com gelatina, foi observado que a biflorina não alterava a liberação das metaloproteinases -2 e -9 para o meio de crescimento, excluindo esse mecanismo de ação. Esses resultados sugerem que a biflorina apresenta um potencial antimetastático bastante promissor através da sua ação sobre a adesão e migração celular, eventos cruciais para que ocorra a formação de metástase. Entretanto, futuros estudos são necessários para elucidar seu mecanismo de ação.
Abstract: The main cause of mortality in cancer patients is related to the incidence of secondary tumors in the body. Owning up to the deficiency of therapeutic schemes direct to the treatment of metastasis, many efforts are being launched to develop drugs with anti-metastatic potential. In previous studies performed in our laboratory, biflorin, an o-naphthoquinone isolated from the roots of Capraria biflora, was found to increase the survival rates of B16-bearing mice without significant toxicity. In spite of these findings we decided to evaluate the anti-metastatic activity of biflorin using B16-F10 (murine melanoma) and MDAMB-435 (human melanoma) cells line. The experimental metastasis model was achieved by injecting B16-F10 cells in the tail vein of C57BL/6 mice. In this assay, biflorin (25 and 50 mg/kg/day) inhibited the formation of metastatic nodules in 57 and 71 %, respectively. Nevertheless, histopathological analyses of biflorin-treated lungs showed the presence of erythrocytes and hemosiderin, indicating the occurrence of recent and late hemorrhage. In order to evaluate how biflorin inhibits metastasis, we carried out in vitro tests using two cell lines of metastatic melanoma, B16-F10 and MDAMB-435. In the cell adhesion assay, biflorin inhibited adhesion of both cells lines on type I collagen, a substrate of the extracellular matrix. Moreover, biflorin was able to inhibit cell motility in the wound healing assay. The concentrations used in these assays did not show any cytotoxicity after 24 h of incubation, excluding a false-positive. Even so, in the zymogram assay we observed that biflorin did not alter the release of metallopeptidases -2 and -9 into growth medium, thus excluding this as the means by which biflorin exerts the anti-metastatic effect. These data suggest that biflorin has a promising anti-metastatic potential, as shown by its anti-adhesion and anti-migration properties on metastatic melanoma cell lines, however further studies are indispensable to elucidate its action mechanism.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2187
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