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Tipo: Artigo de Evento
Título: A ascensão da mulher à esfera pública e a intervenção no social: primeiro-damismo e assistência social
Autor(es): Medeiros, Moíza Siberia Silva de
Frota, Maria Helena de Paula
Palavras-chave: Assistência Social;Gênero;Primeiro-Damismo
Data do documento: 2011
Instituição/Editor/Publicador: 2º Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação em Humanidades. 8ª Semana de Humanidades. Humanidades: entre fixos e fluxos
Citação: MEDEIROS, Moíza Siberia Silva de; FROTA, Maria Helena de Paula. A ascensão da mulher à esfera pública e a intervenção no social: primeiro-damismo e assistência social. in: ENCONTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM HUMANIDADES, 2. 2011, Fortaleza. SEMANA DE HUMANIDADES, HUMANIDADES: ENTRE FIXOS E FLUXOS, 8., 2011, Fortaleza. Anais… Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; Universidade Estadual do Ceará, 2011, p.01-16.
Resumo: As discussões que buscam compreender as relações de gênero e poder configuram-se como imprescindíveis para o desvelamento dos processos histórico-culturais que fundamentaram o destino das mulheres à execução de papéis subjacentes, complementares, e na maioria das vezes considerados inferiores, alijado de sentido político e da participação destas na esfera pública. Desta feita, o presente estudo tem por objetivo central refletir acerca dos processos que proporcionaram a ascensão da mulher à esfera pública e interpretar os papéis e lugares por elas ocupados nesta esfera. Objetiva-se, ainda, compreender a atuação da mulher no social, através da análise de um fenômeno singular na sociedade brasileira: a intervenção das primeiras-damas na assistência social, em especial no Ceará. A metodologia utilizada foi a pesquisa de caráter bibliográfico, fundamentada na contribuição dos seguintes autores: Sposati (1995 e 2004) e Mestriner (2008), acerca das categorias assistência, assistência social e assistencialismo; Torres (2002) e DaMatta (1997) sobre as relações público x privado na cultura do primeiro-damismo; Foucault (1984), Scott (2002), Puleo (2002) e Rocha-Coutinho (1994) no que se refere às relações de gênero e poder; além de Arendt (1995) e Castel (1998) para a compreensão do social. Os resultados encontrados apontam para a seguinte questão: a conquista da participação na esfera pública pelas mulheres não se deu sem paradoxos. Ao ascenderem à esfera pública, assumiram tarefas consideradas subalternas, amplamente associadas às que desenvolviam na esfera privada. Assim, às mulheres menos abastadas foram destinadas as atividades laborais penosas nas fábricas, numa execução subalterna do trabalho, através de atividades meticulosas consideradas femininas devido à dedicação e delicadeza necessárias à sua execução. Às mulheres burgueses, as damas da sociedade, foi destinada a gestão do social, através da execução de atividades socioassistenciais que, no Brasil, se configurou de maneira singular, devido à mediação das relações de poder e de sua cultura política, que tem como uma de suas expressões o primeiro-damismo.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21127
ISSN: 2177-7624
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