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dc.contributor.authorBezerra de Menezes, Eduardo Diatahy-
dc.date.accessioned2016-10-04T23:15:25Z-
dc.date.available2016-10-04T23:15:25Z-
dc.date.issued2006-
dc.identifier.citationBEZERRA DE MENEZES, Eduardo Diatahy. Fantasmas e sonhos milenaristas.Trajetos Revista de História UFC, Fortaleza, v. 4, n. 8, p. 37-58, 2006.pt_BR
dc.identifier.issn1676-3033-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/19961-
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherTrajetos Revista de História UFCpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectFim do mundopt_BR
dc.subjectFantasmaspt_BR
dc.subjectMedospt_BR
dc.subjectSonhospt_BR
dc.titleFantasmas e sonhos milenaristaspt_BR
dc.typeArtigo de Periódicopt_BR
dc.description.abstract-ptbrUm povo aterrorizado pela iminência do fim do mundo: no espírito de muitos homens de cultura, essa imagem do Ano Mil permanece viva ainda hoje, a despeito de tudo quanto escreveram para destruí-la Marc Bloch, Henri Focillon ou Edmond Pognon. Isso prova que, na consciência coletiva, os esquemas milenaristas absolutamente não perderam de todo em nossa época o seu poder de sedução. Essa miragem histórica, portanto, ocupou um lugar mui comodamente num universo mental inteiramente disposto a acolhê-Ia. A história romântica a herdara de alguns historiadores e arqueólogos que empreenderam, no século XVII e no XVIII, a exploração científica da Idade Média, dessa época obscura - como diziam -, subjugada, mãe de todas as superstições góticas que as Luzes começavam então a dissipar. E, na verdade, é por certo no fim do século XV, no momento dos triunfos do novo humanismo, que aparece a primeira descrição conhecida dos terrores do Ano Mil. Georges DUBY [1975] "Há algo grande, mas também profundamente irreal, em viver na esperança». Gershom SHOLEM "A religião é mais gigantesca utopia já aparecida na história". Antonio GRAMSCI Este texto posto na primeira das epígrafes acima, que traduzi e cujas passagens mais significativas grifei, para citá-Ia aqui como uma espécie de abertura; eu o extraí do livro sobre O ano mil da era cristã, do grande medievalista francês e um dos principais colaboradores do movimento da J Iistória Nova, Georges Duby (1919-1996), por certo um dos melhores onhecedores dessa temárica escarológica constante de nossas raízes culturais, ao lado de outros estudiosos como Norman Cohn, Henri Desroche, Jacques Lc Goff, V Lanternari, Jean Delumeau erc. O texto mostra, à maravilha, quão antigas são as raízes dos medos, fantasmas, sonhos e esperanças que povoam nossa mentalidade coletiva, estendo-se aos nossos dias, conforme ficou claramente demonstrado por várias manifestações sociais, pelo menos no Ocidente, em torno do ano 2000, inclusive no asséptico mundo da tecnologia informática, segundo as fantasias e temores construídos e amplamente divulgados sobre o bug do milênio, para não falar de medos anteriores em face dos armamentos nucleares, das ondas terroristas ou da nova "peste negra" que nos chegou com a AIOS (SIDA, em vernáculo), assim como de outras ameaças de epidemias ou da terrificante perspectiva de destruição pelo aquecimento global de que nos demos conta com a agudização da consciência ecológica...pt_BR
Aparece nas coleções:PPGH - Artigos publicados em revistas científicas

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