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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação longitudinal do perfil lipídico e de apolipoproteínas de pacientes transplantados renais e sua associação com imunossupressores na presença ou não de corticoide
Título em inglês: Longitudinal evaluation of lipid and lipoprotein kidney transplant patients and their association with immunosuppressants in the presence or absence of corticoids
Autor(es): Siebra, Janaina Teles
Orientador: Queiroz, Maria Goretti Rodrigues de
Palavras-chave: Transplante de Rim;Dislipidemias;Imunossupressores;Corticosteroides
Data do documento: 20-Abr-2016
Citação: SIEBRA, J. T. Avaliação longitudinal do perfil lipídico e de apolipoproteínas de pacientes transplantados renais e sua associação com imunossupressores na presença ou não de corticoide. 2016. 79 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
Resumo: Os fármacos imunossupressores são fundamentais para o transplante (tx) renal, porém podem promover alterações lipídicas nos pacientes transplantados. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência do esquema terapêutico, na presença ou não de corticoide, sobre os níveis lipídicos e das Apolipoproteínas AI e B em pacientes transplantados renais. Tratou-se de um trabalho prospectivo sendo acompanhados 25 pacientes transplantados renais no período de janeiro a abril/2015 em um hospital universitário (Fortaleza/Ceará). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC) sob o número 36622114.3.0000.5045 e foram analisados o questionário e os prontuários dos pacientes atendidos no serviço de transplante renal no T0 (dia do tx), T10 (10 dias após o tx), T1 (1 mês após o tx), T3 (3 meses após o tx), T6 (6 meses após o tx). Foram analisados dados sócio demográficos, histórico de vida, idade, sexo, fármacos imunossupressores utilizados e exames laboratoriais. Dos pacientes, 16 eram do sexo masculino (64%); na faixa etária de acima de 50 anos (n=14; 56%) e 100% dos doadores eram falecidos. Ao analisar-se a doença de base, observou-se que os pacientes apresentavam como doença prévia, principalmente, diabetes (n=5; 20%), glomerulonefrite (n=5; 20%), seguido da doença cística do rim (n=4, 16%). Em relação à prática de exercício físico 56% do total de pacientes (n=14) realizam e 88% (n=22) eram acompanhados por nutricionista. Após seis meses do transplante renal, observou-se um ganho de peso de 3,2% e um aumento de 3,6% em relação ao índice de massa corpórea (IMC). Analisando as alterações metabólicas, 80% (n=20) possuíam hipertensão arterial, 32% (n=8) diabetes e 36% (n=9) dislipidemia pré-transplante renal. Os esquemas imunossupressores mais utilizados foram micofenolato sódico e tacrolimus (n=13; 52%) e micofenolato sódico, tacrolimus e prednisona (n=12; 48%), que foram relacionados a dois grupos distintos de pacientes (com e sem dislipidemia prévia ao transplante). No decorrer dos seis meses pós-transplante renal, foi apresentada alteração no perfil lipídico da amostra em comparação ao dia do transplante, com diferença estatisticamente significante em determinados momentos. Resultado semelhante foi obtido em relação às apolipoproteínas AI e B. Ao final do acompanhamento, verificou-se um aumento de 31% nos níveis de triglicerídeos (TG), 38% lipoproteína de alta densidade (HDL), não-HDL-colesterol (34%), 39% lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e 35% colesterol total (CT) nos pacientes sem dislipidemia prévia com esquema terapêutico com corticoide. Ao analisarmos os níveis de apolipoproteínas frente a sua respectiva lipoproteína observamos um aumento pronunciado da APO B em relação ao LDL nos pacientes com dislipidemia prévia ao transplante. Isto sugere um aumento do risco cardiovascular neste grupo de pacientes. Ao contrário, nos pacientes sem dislipidemia prévia, foi possível observar uma proteção mais efetiva, haja vista uma elevação da APO AI nestes pacientes já a partir do 1º mês de tratamento. Analisando as apolipoproteínas AI e B isoladamente, não houve influência do esquema terapêutico, embora seja possível verificar uma elevação dos níveis de APO AI no T1 em pacientes com corticoide e elevação de APO B no T6 em pacientes sem corticoide. A relação da APO AI no T1 nos pacientes em uso do esquema terapêutico com e sem corticoide foi estatisticamente significante. O mesmo resultado foi obtido na relação APO B no T6. Pode-se concluir que as alterações no perfil lipídico já são perceptíveis com seis meses pós-transplante renal, que podem estar sendo influenciadas pela utilização do esquema terapêutico com corticoide, demostrando a necessidade de monitorização logo após o transplante.
Abstract: Immunosuppressive drugs are essential for transplantation (tx) kidney, but can promote lipid changes in transplant patients. The aim of this study was to evaluate the treatment regimen in the presence or not of corticosteroids on lipid levels and apolipoproteins AI and B in renal transplant patients. This was a prospective study were followed 25 renal transplant patients in the period from January to April / 2015 at a university hospital (Fortaleza / Ceará). The project was approved by the Ethics in Research University Hospital Walter Cantídio Committee (UFC) under 36622114.3.0000.5045 number and analyzed the questionnaire and the medical records of patients treated at the kidney transplant service at T0 (Day tx), T10 ( 10 days after tx), T1 (1 month after tx), T3 (3 months after tx), T6 (6 months after tx). Data were analyzed demographic partner, life history, age, sex, immunosuppressive drugs used and laboratory tests. Of the patients, 16 were male (64%); aged over 50 years (n = 14; 56%) and 100% of donors were deceased. When analyzing the underlying disease, it was observed that the patients had as a previous condition, especially diabetes (n = 5; 20%), glomerulonephritis (n = 5; 20%), followed by cystic kidney disease (n = 4, 16%). Regarding physical exercise 56% of patients (n = 14) and held 88% (n = 22) were accompanied by a nutritionist. After six months of renal transplantation, there was a 3.2% weight gain and an increase of 3.6% compared to the body mass index (BMI). Analyzing the metabolic alterations, 80% (n = 20) had high blood pressure, 32% (n = 8) diabetes and 36% (n = 9) pre-renal transplantation dislipidemia. The most commonly used immunosuppressive regimens were sodium mycophenolate and tacrolimus (n = 13; 52%) and sodium mycophenolate mofetil, tacrolimus, prednisone (n = 12; 48%), which were related to two distinct groups of patients (with and without dyslipidemia the transplant). During the six months after renal transplantation was presented changes in the lipid profile of the sample compared to the day of transplantation, with statistically significant differences at certain times. Similar results were obtained in relation to apolipoprotein AI and B. At the end of treatment, there was a 31% increase in the levels of triglycerides (TG), 38% high density lipoprotein (HDL) cholesterol, non-HDL cholesterol (34 %), 39% low density lipoproteins (LDL) and 35% total cholesterol (TC) in patients with dyslipidemia without prior treatment regimen with corticosteroids. When analyzing the levels of apolipoproteins front of their respective lipoprotein we observed a pronounced increase of APO B in relation to LDL in patients with dyslipidemia prior to transplantation. This suggests an increased cardiovascular risk in this group of patients. On the contrary, in patients without dyslipidemia, we observed a more effective protection, given an increase of APO AI in these patients already from 1 month of treatment. Analyzing apolipoproteins AI and B alone, there was no influence of the treatment regimen, although it is possible to see an increase of APO AI levels in T1 in patients with corticoid and lifting APO B in T6 in patients without corticosteroids. The ratio of APO AI in T1 in patients using the treatment regimen with or without corticosteroids was statistically significant. The same result was obtained in respect apo B T6. It can be concluded that changes in lipid profile are already visible six months after renal transplantation, which may have been influenced by the use of the therapeutic regimen with corticosteroids, showing the need for monitoring after transplantation.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16786
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