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Tipo: Dissertação
Título: Dido e a viagem náutica na Eneida e na espístola 7 das Heroides
Título em inglês: Dido and the nautical trip in the Aeneid and the letter of 7 Heroides
Autor(es): Rodrigues, Natália Vasconcelos
Orientador: Sousa, Francisco Edi de Oliveira
Palavras-chave: Poetic genre;Epic;Gêneros literários;Literatura épica;Poesia épica latina
Data do documento: 2015
Instituição/Editor/Publicador: www.teses.ufc.br
Citação: RODRIGUES, Natália Vasconcelos. Dido e a viagem náutica na Eneida e na espístola 7 das Heroides. 2015. 93f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2015.
Resumo: O presente estudo tem como objetivo a análise da personagem Dido e do tema da viagem náutica a partir de duas obras da poesia latina: a Eneida de Virgílio e as Heroides de Ovídio. O mito da rainha de Cartago e seu fim trágico como consequência de uma paixão desmedida por Eneias é um ponto convergente das duas obras. A personagem Dido, após a morte de seu marido, Siqueu, mantém-se fiel a ele, não se entregando a nenhum outro homem. Essa condição de viúva casta muda com a chegada de Eneias a Cartago. O romance de Eneias e Dido, na Eneida, acontece no canto 4 e chega às extremas consequências: a morte de Dido. Dialogando com essa versão épica de Virgílio, a história de Dido reaparece no seio da elegia: o desespero da rainha “abandonada” por Eneias ganha uma nova versão na carta 7 da obra Heroides de Ovídio. O poeta elegíaco se utiliza dos monólogos da fenícia, retirados do canto 4 da Eneida (v. 305-330; v. 365-387; v. 534-552 e v. 590-629) para compor a missiva de lamentos. Tanto na Eneida como nas Heroides percebemos que a viagem náutica incide diretamente no episódio de Dido: a chegada de Eneias a Cartago provoca o encontro amoroso, e a partida do herói que segue sua missão resulta na separação dos amantes. A personagem e a viagem náutica são abordadas de formas diferentes nos dois autores, os assuntos são adequados ao gênero e ao estilo de cada poema (grauis para a épica; humilis para a elegia amorosa). Investigaremos a apropriação feita por Virgílio e Ovídio do tema da viagem náutica: o primeiro em favor da épica, sendo essa uma temática essencial do gênero elevado; e o segundo em favor da elegia, utilizando a viagem em alto mar também como uma metáfora elegíaca. Examinaremos esse corpus com base na teoria dos gêneros e na análise da elocução dos dois textos, levando em consideração o processo alusivo como elemento de construção do texto ovidiano.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16442
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