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Tipo: Dissertação
Título: Características epidemiológicas de crianças portadoras de fissuras labiopalatinas atendidas no Hospital Infantil Albert Sabin, Fortaleza-CE
Autor(es): Silva, Raquel Nascimento da
Orientador: Correia, Luciano Lima
Palavras-chave: Epidemiologia;Fenda Labial
Data do documento: 2010
Resumo: Introdução. Dentre as malformações, as fissuras labiopalatinas (FLPs) ocupam lugar de destaque, pois são as deformidades craniofaciais de maior prevalência. Classificam-se em: pré-forame, transforame, pós-forame e as submucosas, podendo diversos fatores estar associados à sua etiologia, tais como uso de drogas, carência de ácido fólico, sífilis, toxoplasmose, radiações ionizantes, tabagismo, alcoolismo no início da gestação e os fatores genético-hereditários - os mais importantes. Outra teoria muito aceita é a multifatorial, que envolve a interação de fatores genéticos, ambientais e hereditários. O objetivo do estudo foi determinar as características epidemiológicas de crianças portadoras de FLPs atendidas no Hospital Infantil Albert Sabin, Fortaleza-Ce. Métodos. Estudo descritivo de 390 portadores de FLPs atendidos no período de junho de 2008 a maio de 2009, com crianças menores de 12 anos de idade, no ambulatório do Núcleo de Atendimento Integrado ao Fissurado do Hospital Infantil Albert Sabin, principal hospital de referência do Estado, procedentes de todo o Ceará. Resultados. Observou-se que 51,3% dos pacientes com FLPs eram do sexo masculino e 48,2% do feminino, dos quais 37,4% foram provenientes da Capital, 62,6% do resto do Estado e 3,1% de outros UFs. O tipo mais prevalente foi a transforame, com 56,3% dos casos, seguida das pós-forame, com 21,6%, as pré-forame, com 20,3% e as submucosas com 1,8%. As lesões predominaram do lado esquerdo, com 43,2%, seguidas pelas bilaterais, com 32,5%. Verificou-se que 72,0% dos pacientes tiveram acesso à realização da queiloplastia. A palatoplastia foi efetuada em 47,2% das crianças, sendo que na faixa etária pré-escolar em somente 20% dos casos. Outros tipos de correções cirúrgicas foram realizadas em somente 17,9% dos pesquisados. Outros 35,0% tiveram acesso ao tratamento fonoaudiológico e 15,5% ao ortodôntico. Encontrou-se ainda um percentual de 11,4% que apresentava algum outro tipo de malformação congênita e outros 47,3% possuíam um caso familial de fissura. Conclusões. A reduzida proporção de portadores de FLP com acesso aos tratamentos clínico-cirúrgicos indica a existência de uma carência importante de centros e equipes multiprofissionais especializadas na reabilitação destes pacientes. Mesmo com as dificuldades de deslocamento, 60% dos pacientes da pesquisa eram procedentes de municípios cearenses, o que sugere uma grande carência deste tipo de atenção fora da Capital do Estado.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1336
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