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Tipo: Dissertação
Título: Refuse/Resist: as poéticas de contestação social da Banda Sepultura
Autor(es): Luna, Glauber Barreto
Orientador: Barreira, Irlys Alencar Firmo
Palavras-chave: Poetics;Contestation;Grupos de rock - Aspectos sociais - Brasil - 1984-1996;Músicos de rock - Aspectos sociais - Brasil - 1984-1996;Canções de protesto - Brasil - História e crítica - 1984-1996;Heavy metal - Brasil - 1984-1996
Data do documento: 2014
Instituição/Editor/Publicador: www.teses.ufc.br
Citação: LUNA, Glauber Barreto. Refuse/Resist: as poéticas de contestação social da Banda Sepultura. 2014. 156f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2014.
Resumo: O objetivo do trabalho que aqui se apresenta é analisar os elementos poéticos de contestação social produzidos pela banda brasileira de rock metal Sepultura entre os anos de 1984 (época de seu surgimento) a 1996 (época da produção do álbum “Roots”, o último ainda com a presença de um dos membros fundadores da banda, o músico Max Cavalera). Desde o seu surgimento na década de 1950 nos Estados Unidos e, posteriormente, na Inglaterra, o rock and roll já evidenciava o seu poder contestatório às normas e convenções sociais estabelecidas. Mesmo após a sua subdivisão em uma miríade de novos estilos roqueiros, ou antes, subgêneros musicais, nos anos posteriores a atitude contestatória da realidade social acompanhou esses novos estilos de rock. O heavy metal é um desses estilos musicais que produzem uma poética de crítica ao que, genericamente, pode ser chamado de “sistema”. Surgido entre o final dos anos de 1960 e o início dos anos de 1970, o metal se impôs enquanto uma expressão musical, composta por uma sonoridade grave, obscura e ruidosa. Os temas tratados em suas músicas atestam uma multiplicidade temática, que abarca desde os elementos relacionados ao ocultismo até a crítica social, sobretudo, direcionada às instituições sociais, tais como: a Igreja, a Política e o Estado. No Brasil, o rock metal emerge em meio ao período de redemocratização do País, no início da década de 1980. Entre inúmeras bandas brasileiras de metal, nenhuma conseguiu alcançar o reconhecimento de fãs e crítica especializada, seja no seu país de origem ou no exterior, como o grupo Sepultura. Sob a perspectiva analítica da socióloga norte americana Deena Weinstein, este trabalho analisou os elementos poéticos de contestação social da banda Sepultura, focalizando o que esta autora denominou de “dimensão sonora”, “dimensão verbal” e, por fim, “dimensão visual ou imagética”. Assim, buscou-se analisar e compreender os elementos formais de algumas composições do Sepultura, sobretudo, as músicas “Dictatorshit” - que trata das violências perpetradas pelo Estado brasileiro durante a Ditadura Militar de 1964 a 1985 - e “Manifest”, que discute a horrenda chacina que ficou conhecida como “Massacre do Carandiru” e, também, as imagens e fotos expostas nos encartes dos álbuns da banda, as vestimentas adotadas pelos integrantes do Sepultura e entrevistas com membros e ex-membros do referido grupo sejam feitas pelo autor, sejam expostas em revistas ou vídeos disponíveis na internet. Desta forma, conclui-se que ao longo dos anos de 1984 a 1996 a banda Sepultura produziu uma vasta poética contestatória à realidade social, variando apenas, segundo os “alvos” prediletos de tais contestações e diferentes materializações de tal postura.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/11787
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