Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/72916
Tipo: Dissertação
Título: Divulgação ambiental corporativa segundo os objetivos de desenvolvimento sustentável: uma abordagem à luz do sistema nacional de negócios
Autor(es): Sobreira, Karoline Rodrigues
Orientador: Oliveira, Marcelle Colares
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável - Objetivos;Teoria institucional;Sistema nacional de negócios;Responsabilidade social corporativa;Divulgação ambiental
Data do documento: 2022
Citação: SOBREIRA, Karoline Rodrigues. Divulgação ambiental corporativa segundo os objetivos de desenvolvimento sustentável: uma abordagem à luz do sistema nacional de negócios. 2022. 102 f. Dissertação (Mestrado em Administração e Controladoria) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022.
Resumo: Em 2015, a Organização das Nações Unidas apresentou 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas a eles relacionadas que abordam os desafios globais frente às mudanças climáticas, a desigualdade social e a degradação ambiental. As empresas podem contribuir para o atingimento dos ODS, no entanto, podem ocorrer diferenças nas suas práticas e divulgação em função da diversidade de expectativas e realidades políticas, financeiras, econômicas e sociais dos países em que se situam. A abordagem do Sistema Nacional de Negócios, amparada na Teoria Institucional, visa explicar as diferenças internacionais no comportamento das empresas. O estudo tem como objetivo investigar a influência de fatores institucionais na divulgação corporativa das ações ambientais voltadas ao alcance dos ODS. Para isso, foi analisada a divulgação ambiental de 839 empresas, de 31 países, de setores ambientalmente sensíveis, no período de 2015 a 2019, constantes na base de dados da Thomson Reuters. Foram realizadas análises com estatísticas descritivas, e técnicas de regressão com dados em painel. Os resultados demonstram que a partir de 2015, as empresas passaram a divulgar mais informações ambientais em seus relatórios. Além disso, observou-se que as informações mais recorrentes nos relatórios corporativos foram aquelas relacionadas à água potável e saneamento (ODS 6). Observou-se que a divulgação ambiental das empresas relacionada aos ODS é influenciada negativamente pelas características dos países quanto ao Controle da Corrupção e Qualidade do Ensino e Treinamento Superior; fornecendo indícios de que em países com maior controle da corrupção e com sistemas educacionais mais aprimorados, as empresas tendem a divulgar menos. Por outro lado, o Desenvolvimento do Mercado Financeiro e a Cooperação nas Relações de Trabalho exerceram influência positiva sobre a divulgação ambiental relacionada aos ODS, indicando que em países com mercado acionário mais desenvolvido e relações de trabalho mais cooperativas, as empresas tendem a divulgar mais. O Desenvolvimento Macroeconômico do país não mostrou influência significante nessa divulgação. Aspectos Culturais - Distância do Poder e Masculinidade x Feminilidade -, apresentaram influência negativa e significante, indicando que empresas em ambientes com menores desigualdades sociais e mais orientados a feminilidade divulgam mais informações ambientais acerca das ações realizadas para o alcance dos ODS em seus relatórios corporativos. Resultados relativos a Aversão a Incerteza (INC) e Individualismo x Coletivismo (IND) indicaram que em sociedades mais individualistas e marcadas por maior aversão a estratégias para enfrentar riscos e incertezas, as empresas tendem a divulgar mais informações ambientais relativas aos ODS. Os achados do estudo mostram como aspectos dos ambientes institucionais19 influenciam as empresas e a contribuição delas para avanços no alcance das metas estabelecidas na Agenda 2030 da ONU, como também fornece direcionamentos para que as autoridades nacionais atuem para garantir a eficácia no atingimento dessas metas. Apontam-se aspectos nacionais que podem ser trabalhados a fim de possibilitar que as empresas apliquem e divulguem práticas ambientais sustentáveis de atuação. A disseminação da temática no ambiente acadêmico e na sociedade, possibilitará contribuir para a conscientização das nações e empresas visando evitar ou reduzir os riscos iminentes das mudanças climáticas.
Abstract: In 2015, the United Nations presented 17 Sustainable Development Goals (SDGs) and 169 related targets that address the global challenges of climate change, social inequality and environmental degradation. Companies can contribute to the achievement of the SDGs, however, there may be differences in their practices and disclosure due to the diversity of expectations and political, financial, economic and social realities of the countries in which they are located. The approach of the National Business System, supported by the Institutional Theory, aims to explain the international differences in the behavior of companies. The study aims to investigate the influence of national institutional factors on corporate disclosure of environmental actions aimed at achieving the SDGs. For this, the environmental disclosure of 839 companies, from 31 countries, from environmentally sensitive sectors, from 2015 to 2019, contained in the Thomson Reuters database was analyzed. Analyzes were performed with descriptive statistics, and regression techniques with panel data. The results show that from 2015 onwards, companies began to disclose more environmental information in their reports. In ddition, it was observed that the most recurrent information in corporate reports was that related to drinking water and sanitation (SDG 6). It was observed that the environmental disclosure of companies related to the SDGs is negatively influenced by the haracteristics of the countries regarding the Control of Corruption and the Quality of Higher Education and Training; providing evidence that in countries with greater control of corruption and with better education systems, companies tend to disclose less. On the other hand, Financial Market Development and Cooperation in Labor Relations exerted a positive influence on environmental disclosure related to the SDGs, indicating that in countries with more developed stock markets and more cooperative labor relations, companies tend to disclose more. The country's Macroeconomic Development did not show a significant influence on this disclosure. Cultural Aspects - Distance from Power and Masculinity x Femininity -, had a negative and significant influence, indicating that companies in environments with less social inequalities and more oriented to femininity disclose more environmental information about the actions taken to achieve the SDGs in their corporate reports. Results related to Aversion to Uncertainty (INC) and Individualism x Collectivism (IND) indicated that in societies that are more individualistic and marked by greater aversion to strategies to face risks and uncertainties, companies tend to disclose more environmental information regarding the SDGs. The findings of the study show how aspects of institutional environments influence companies and their contribution to advances in achieving the goals established in the UN 2030 Agenda, as well as21 provides directions to national authorities to ensure effectiveness in achieving these goals. goals. National aspects are pointed out that can be worked on in order to enable companies to apply and disseminate sustainable environmental practices of action. The dissemination of the theme in the academic environment and in society will make it possible to contribute to the awareness of nations and companies in order to avoid or reduce the imminent risks of climate change.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72916
Aparece nas coleções:PPAC - Dissertações defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2022_dis_krsobreira.pdf1,74 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.