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Tipo: Tese
Título: Ichthyoplankton composition and distribution in seascapes of equatorial atlantic
Autor(es): Costa, Ana Cecília Pinho
Orientador: Soares, Marcelo de Oliveira
Coorientador: Garcia, Tatiane Martins
Palavras-chave: ictioplâncton;"seascapes";berçário;pesca
Data do documento: 2023
Citação: COSTA, Ana Cecília Pinho. Ichthyoplankton composition and distribution in seascapes of equatorial atlantic. 2023. 70 f. Tese (Doutorado em Ciências Marinhas Tropicais) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Instituto de Ciências do Mar - LABOMAR, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: Os ovos e as larvas de peixe desempenham papel-chave no ciclo de nutrientes e no ciclo trófico dos oceanos e sua sobrevivência reflete diretamente sobre os estoques adultos. Apesar da importância de se identificar áreas e épocas de desova e berçário, poucos estudos sobre essa temática têm sido realizados em “seascapes” marinhos tropicais. A amostragem de ictioplâncton foi realizada em 12 estações, na plataforma continental interna, onde seis estações estavam localizadas nas áreas de banco de rodolitos e seis, no prado de fanerógamas marinhas. A amostragem foi realizada com auxílio de duas redes cônicas (diâmetro da boca: 50 cm e tamanho da malha: 300 μm e 200 μm). Um total de 8.094 ovos e 175 larvas foram coletados no prado de fanerógamas marinhas, e 2.014 ovos e 241 larvas foram coletados no banco de rodolitos (SRB). O número de ovos registrados foi maior no prado de fanerógamas marinhas, entretanto, o número de larvas de peixe foi ligeiramente maior em SRB. O prado de fanerógamas marinhas apresenta uma hidrodinâmica menos turbulenta, o que favorece a desova e a retenção dos ovos. Um habitat mais estruturado proporciona um melhor abrigo, especialmente para as larvas. Entretanto, conforme a ontogenia avança, os peixes podem explorar áreas menos abrigadas. Este comportamento foi observado neste estudo, onde o habitat SRB, menos estruturado, apresentou uma alta densidade de larvas na fase de desenvolvimento mais avançada. O domínio dos primeiros estágios larvais demonstra uma preferência por “seascapes” mais protegidos e menos turbulentos para desova e criação. Os resultados destacam que o mapeamento desses “seascapes” pode ajudar a estabelecer medidas de conservação para proteger a conectividade ecológica e as espécies tropicais importantes. Quanto aos ovos, pela primeira vez o método de DNA barcode foi usado para acessar a diversidade de ovos de peixes no Atlântico tropical. Trinta e um ovos de peixe foram sequenciados nesta análise. Um ovo foi identificado com sucesso em nível de ordem, três em nível de família, 20 em nível de gênero e sete em nível de espécie. O baixo número de ovos identificados a nível de espécie pode estar relacionado ao baixo número de DNAs codificados e depositados em bases de dados de espécies de peixes tropicais. Os resultados reforçam o uso desse método para fornecer dados confiáveis sobre a biodiversidade de peixes, desconhecida e subestimada em áreas marinhas de baixa latitude. Esta abordagem é altamente recomendada para gerenciamento futuro e os resultados apresentados podem ser aplicados em outras regiões costeiras equatoriais em todo o mundo, desde que um banco de dados genético confiável tenha sido desenvolvido.
Abstract: Fish eggs and larvae play key roles in nutrient and trophic cycling in oceans and their survival directly reflects on the adult stocks. Despite the importance of identifying spawning and nursery areas and seasons, few studies about them have been conducted in tropical seascapes. Ichthyoplankton sampling was carried out at 12 stations on the inner continental shelf, six located on the rhodolith bed areas and six in the seagrass meadows, with two conical nets (mouth diameter: 50 cm and mesh size: 300 μm and 200 μm). A total of 8,094 eggs and 175 larvae were collected from the seagrass meadow seascape, and 2,014 eggs and 241 larvae were collected in the rhodolith beds (SRB). The number of eggs was higher in the seagrass beds; however, the number of fish larvae was slightly higher in the SRB. Seagrass beds present less turbulent hydrodynamics and favor the retention of eggs and spawning. A more structured habitat provides better shelter, especially for larvae. However, as ontogeny progresses, the fish can explore areas with less shelter. This behavior was observed in this study, where the less structured SRB habitat had a high density of larvae in the later developmental stage. The dominance of earlier larval stages demonstrates a preference for more protected and less turbulent seascapes for nursery and offspring rearing. The results highlight that mapping of these seascapes (e.g., seagrass and rhodolith beds) will help to establish conservation measures to protect ecological connectivity and important tropical species. As for eggs, for the first time DNA barcode was used to access the diversity of fish eggs in the tropical Atlantic. 31fish eggs were successfully sequenced for the genetic analysis. One specimen was identified at order level, three at family level, 20 at genus level and seven specimens at species level. The low number of identified eggs may be related to the low number of barcoded DNAs of tropical fish deposited in databases. The results reinforce the use of DNA barcode to provide reliable data on unknown and belittled fish biodiversity in low-latitude marine areas. This approach is highly recommended for future management and the results presented can be applied in other equatorial coastal regions worldwide as long as a reliable barcode database has been developed.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70218
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