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Tipo: Dissertação
Título: Fatores de risco para mucosite oral durante tratamento antineoplásico: estudo observacional e revisão sistemática e metanálise
Autor(es): Martins, Joyce Ohana de Lima
Orientador: Silva, Paulo Goberlânio de Barros
Palavras-chave: Estomatite;Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos;Antineoplásicos
Data do documento: 25-Jul-2022
Citação: MARTINS, Joyce Ohana de Lima. Fatores de risco para mucosite oral durante tratamento antineoplásico: estudo observacional e revisão sistemática e metanálise. 2022. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/68553. Acesso em: 27/09/2022.
Resumo: Introdução: Efeitos adversos graves como a mucosite oral (MO) podem levar a interrupção do tratamento quimioterápico (QT), redução de doses e de sua eficácia. Objetivo: Analisar fatores de risco para MO. Materiais e métodos: Um estudo observacional guiado pela STROBE foi realizado com 19.000 avaliações de MO de pacientes submetidos a QT para tumores sólidos no Instituto do Câncer do Ceará. Dados clínicos e protocolos terapêuticos foram resgatados para associações estatísticas. Além disso, uma revisão sistemática registrada na PROSPERO (CRD42021295322) foi conduzida com estratégias de busca em sete bases de dados científicas e três bases da literatura cinzenta com estratégia PICOS “pacientes em uso de QT antineoplásica (P); uso de protocolos de higiene bucal e/ou dental (I); comparado ao não uso/uso de placebos de protocolos de higiene bucal e/ou dental (C); reduz a incidência e/ou gravidade da MO (O); ensaios clínicos controlados (S)”. Foram utilizadas ferramentas de risco de viés Rob-2 and ROBINS-I, realizada metanálise de efeitos randômicos e análise de qualidade da evidência (GRADE-pro). Resultados: No estudo observacional a prevalência de MO foi de 6,3% (n = 1.195) e a duração da quimioterapia (p<0.001), sexo feminino (p=0.001), intenção adjuvante (p=0.008) e o uso de carboplatina (p=0.001), cisplatina (p=0.029), docetaxel (p<0.001) e bevacizumabe (p=0.026) aumentaram o risco de MO. Em tumores de cabeça e pescoço, a duração da quimioterapia (p=0.018), IMC>30 (p=0.008), histórico de radioterapia (p=0.037) e uso de carboplatina (p=0.046) e ciclofosfamida (p=0.010) aumentaram essa prevalência. Na revisão sistemática de 3.367 artigos avaliados, 25 ensaios clínicos randomizados (ECR) e 14 ensaios clínicos não randomizados (ECNR) foram incluídos envolvendo 2,109 e 754 pacientes, respectivamente. O risco de viés foi baixo/moderado nos ECR e moderado/sério nos ECNR. Higiene oral baseada em colutórios (p<0.001) reduziu a severidade (d de Cohen = -1.87 [-2.49 a -1.24]) e a incidência (RR=0.38, [0.24 a 0.59) da MO e outros protocolos de higiene oral reduziram também a severidade (d de Cohen’s = -0.81 [-1.03 to -0.59]) e incidência (RR=0.64 [0.53-0.70) de MO. GRADE-pro mostrou níveis de evidência moderados. Conclusão: Quimioterapia com drogas citotóxicas e radioterapia de cabeça e pescoço aumentam o risco de MO e protocolos de higiene oral reduzem significantemente essa incidência.
Abstract: Introduction: Serious adverse effects such as oral mucositis (OM) can lead to interruption of chemotherapy treatment (CT), reduction of doses and its effectiveness. Objective: To analyze risk factors for OM. Materials and methods: An observational study guided by STROBE was performed with 19,000 OM assessments of patients undergoing chemotherapy for solid tumors at the Instituto do Câncer do Ceará. Clinical data and therapeutic protocols were retrieved for statistical associations. In addition, a systematic review registered in PROSPERO (CRD42021295322) was conducted with search strategies in seven scientific databases and three gray literature bases with the PICOS strategy “patients using antineoplastic chemotherapy (P); use of oral and/or dental hygiene protocols (I); compared to non-use/use of oral and/or dental hygiene protocol placebos (C); reduces the incidence and/or severity of OM (O); controlled clinical trials (S)”. Rob-2 and ROBINS-I risk of bias tools were used, meta-analysis of random effects and quality of evidence analysis (GRADE-pro) were performed. Results: In the observational study, the prevalence of MO was 6.3% (n = 1,195) and the duration of chemotherapy (p<0.001), female sex (p=0.001), adjuvant intent (p=0.008) and the use of carboplatin (p=0.001), cisplatin (p=0.029), docetaxel (p<0.001) and bevacizumab (p=0.026) increased the risk of OM. In head and neck tumors, duration of chemotherapy (p=0.018), BMI>30 (p=0.008), history of radiotherapy (p=0.037) and use of carboplatin (p=0.046) and cyclophosphamide (p=0.010) increased this prevalence. In the systematic review of 3,367 articles evaluated, 25 randomized controlled trials (RCTs) and 14 nonrandomized clinical trials (NRS) were included involving 2,109 and 754 patients, respectively. The risk of bias was low/moderate in RCTs and moderate/severe in RCTs. Mouthwash-based oral hygiene (p<0.001) reduced the severity (Cohen's d = -1.87 [-2.49 to -1.24]) and incidence (RR=0.38, [0.24 to 0.59) of OM and other oral hygiene protocols reduced also the severity (Cohen's d = -0.81 [-1.03 to -0.59]) and incidence (RR=0.64 [0.53-0.70) of MO. GRADE-pro showed moderate levels of evidence. Conclusion: Chemotherapy with cytotoxic drugs and head and neck radiotherapy increase the risk of OM and oral hygiene protocols significantly reduce this incidence.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/68553
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