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Type: Tese
Title: Alterações da função cardíaca e motilidade esofágica em pacientes com forma indeterminada da doença de Chagas
Authors: Leopoldino, Danielle Melo de
Advisor: Souza, Miguel Ângelo Nobre e
Keywords: Doença de Chagas;Cardiomiopatia Chagásica;Eletrocardiografia;Manometria
Issue Date: 26-Aug-2021
Citation: LEOPOLDINO, D. M. Alterações da função cardíaca e motilidade esofágica em pacientes com forma indeterminada da doença de Chagas. 2021. 168 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/63977. Acesso em: 17 fev. 2022.
Abstract in Brazilian Portuguese: A doença de Chagas (DC) é considerada atualmente a quarta moléstia de maior impacto na América Latina, onde indivíduos já infectados continuarão sob o potencial risco de desenvolver distúrbios gastrointestinais e a cardiomiopatia chagásica crônica, principal causa de morbi-mortalidade. Assim, insiste-se na necessidade de identificarem-se precocemente quais os pacientes na forma indeterminada e eletrocardiográfica apresentam risco aumentado para desenvolvimento de formas mais graves tais como cardiopatia chagásica crônica. Acredita-se que a avaliação ecocardiográfica com avaliação da deformidade miocárdica identifique subgrupos distintos de risco. O presente estudo teve como objetivo quantificar o percentual de deformidade de diversos segmentos miocárdicos, através da medida do strain miocárdico, as funções ventriculares e sua relação com a motilidade esofágica, e verificar diferenças entre indivíduos chagásicos na forma indeterminada e eletrocardiográfica quando comparadas a um grupo de indivíduos normais. Métodos: sessenta e um pacientes foram submetidos à ecocardiograma com análise do strain e estudo das funções cardíacas, assim como avaliação da função motora esofágica pela manometria de alta resolução em décubito dorsal durante deglutições líquidas. Os pacientes com DC foram divididos em indeterminados (nenhuma alteração no ECG) e eletrocardiográficos (qualquer alteração no ECG). Resultados: observou-se função sistólica preservada nos grupos chagásicos e controle. A onda E’septal do Doppler tecidual foi menor (p<0,001) e relação E/e’ septal foi maior nos com DC (p<0,001), em relação ao grupo controle: e diferença de ambos, grupos indeterminado (p=0,001) e eletrocardiográfico (p=0,001) em relação aos controles, porém sem diferença estatística entre os grupos portadores da DC. O strain global longitudinal foi significativamente reduzido no grupo com DC comparado ao grupo controle (p=0,028). Alguns segmentos apresentaram diferença significante nas médias do strain entre os grupos com DC e controle: anterior medial (p=0,033), lateral medial (p=0,012) e posterior medial (p=0,016). O strain da porção medial da parede lateral foi menor em ambos os grupos indeterminado e eletrocardiográfico em relaçao ao controle (p=0,044). Na avaliação da motilidade esofágica pela manometria de alta resolução, observamos que as amplitudes de contração do corpo esofágico a 11cm (p=0,005), 7cm (p=0,034), e 3cm (p=0,010) do esfíncter esofágico inferior (EEI) foram menores nos portadores de DC. A 11cm (p=0,02) e 3cm (p=0,030), as amplitudes foram menores nos dois grupos com DC em relação ao controle, sendo que a 3cm do EEI, esta amplitude menor foi significante apenas para o grupo eletrocardiográfico. A pressão basal do EEI, a integral de contratilidade distal, a pressão de relaxamento integrada e latências distal não foram diferentes entre os grupos. Houve correlação positiva e significativa entre as variáveis ecocardiográficas e manométricas no que se refere à função sistólica, diástólica e amplitude de contração, porém com coeficiente de correlação baixo. Conclusão: as funções sistólica e diastólica estão preservadas no grupo com DC (parâmetros clinicamente normais), porém com valores médios significativamente menores do E’septal e maiores da relação E/e’ nos pacientes com DC em relação ao nosso grupo controle. Estes parâmetros, e um menor grau de deformidade miocárdica, além de uma menor amplitude de contração esofágica, podem ser indicadores precoces de acometimento cardíaco ou esofágico pela DC. Estes resultados podem fundamentar estudos longitudinais para corroborar a função desses parâmetros com possíveis marcadores biológicos.
Abstract: Chagas disease (CD) is currently considered the fourth disease with the greatest impact in Latin America, where individuals already infected will continue to be at potential risk of developing gastrointestinal disorders and chronic Chagas cardiomyopathy, the main cause of morbidity and mortality. Thus, we insist on the need to identify early which patients in the indeterminate and electrocardiographic form are at increased risk for the development of more severe forms. It is believed that echocardiographic assessment with assessment of myocardial deformity identifies distinct risk subgroups. The present study aimed to quantify the percentage of deformity of several myocardial segments, by measuring myocardial strain, ventricular functions and their relationship with esophageal motility, and to verify differences between chagasic individuals in the indeterminate and electrocardiographic form when compared to a group of normal individuals. Methods: Sixty-one patients underwent echocardiography with strain analysis and study of cardiac functions, as well as evaluation of esophageal motor function by high-resolution manometry in dorsal decubitus during liquid swallows. Patients with CD were divided into indeterminate (no ECG change) and electrocardiographic (any ECG change). Results: systolic function was observed preserved in the chagasic and control groups. The E'septal wave of tissue Doppler was smaller (p<0.001) and the E/E' septal ratio was greater in those with CD (p<0.001), compared to the control group: and difference between both the indeterminate (p=0,001) and electrocardiographic (p=0,001) groups in relation to controls, but with no statistical difference between the groups with CD. Longitudinal global strain was significantly reduced in the CD group compared to the control (p=0.028). Some segments showed a significant difference in the strain means between the groups with CD and control: medial anterior (p=0.033), medial lateral (p=0.012) and medial posterior (p=0.016). The strain of the medial portion of the lateral wall was lower in both the indeterminate and electrocardiographic groups compared to the control (p=0.044). In the evaluation of esophageal motility by high-resolution manometry, we observed that the amplitudes of contraction of the esophageal body at 11cm (p=0.005), 7cm (p=0.034), and 3cm (p=0.010) of the lower esophageal sphincter (LES) were smaller in patients with CD. At 11cm (p=0.02) and 3cm (p=0.030), the amplitudes were smaller in the two groups with CD compared to the control, and at 3cm from the LES, this smaller amplitude was only significant for the electrocardiographic group. Baseline LES pressure, distal contractility integral, integrated relaxation pressure and distal latencies were not different between groups. There was a positive and significant correlation between echocardiographic and manometric variables with regard to systolic, diastolic and amplitude functions, but with a low correlation coefficient. Conclusion: systolic and diastolic functions are preserved in the group with CD (clinically normal parameters), but with significantly lower mean values of E’septal and higher E/E’ ratio in patients with CD compared to our control. These parameters, and a lower degree of myocardial deformity, in addition to a smaller amplitude of esophageal contraction, may be early indicators of cardiac or esophageal involvement by CD. These results can support longitudinal studies to corroborate the function of these parameters with possible biological markers.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/63977
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