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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/63387
Tipo: | Tese |
Título: | Efeito da eletroestimulação funcional em pacientes com disfagia orofaríngea após acidente vascular cerebral isquêmico agudo: um ensaio clínico randomizado |
Autor(es): | Matos, Klayne Cunha |
Orientador: | Braga Neto, Pedro |
Coorientador: | Maia, Fernanda Martins |
Palavras-chave: | Disfagia;Acidente Vascular Cerebral;Fonoterapia;Eletroterapia |
Data do documento: | 3-Jan-2022 |
Citação: | MATOS, K. C. Efeito da eletroestimulação funcional em pacientes com disfagia orofaríngea após acidente vascular cerebral isquêmico agudo: um ensaio clínico randomizado. 2022. 109 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/63387. Acesso em: 07/01/2022. |
Resumo: | O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado a principal causa de disfagia neurogênica orofaríngea, sintoma prevalente em 45% dos casos. O gerenciamento das funções da deglutição é um aspecto singular para a reabilitação do paciente sequelado por AVC por reduzir o risco de pneumonia por aspiração. Desde a década de 80, a eletroestimulação tem sido utilizada para fins terapêuticos no Brasil. A partir dos anos 90, vem sendo empregada como ferramenta terapêutica relevante nos casos de disfagia orofaríngea. Por não existirem evidências substanciais para essas intervenções, torna-se necessário a realização de estudos mais aprofundados sobre seu uso. Objetivo: Avaliar o efeito da eletroestimulação funcional como complemento à fonoterapia convencional em pacientes disfágicos após AVC isquêmico (AVCi) agudo em uma unidade de AVC. Metodologia: Estudo experimental, randomizado e controlado. Participaram 33 pacientes com disfagia após AVC. Os pacientes foram randomizados e divididos em dois grupos e submetidos à avaliação clínica por meio da Escala Funcional de Ingestão Oral (FOIS), Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD), exame de videoendoscopia da deglutição (VED) e submetidos à terapia fonoaudiológica sistemática complementada, apenas no Grupo Intervenção (GI), com o uso de eletroterapia funcional. Resultados: A amostra foi composta por 60% de homens, com idade de 51 a 60 anos. O fator de risco mais frequente foi o sedentarismo, presente em 72,7% dos pacientes. Apesar de não ter sido encontrada diferença significativa entre os grupos, no que se refere aos resultados da VED após os cinco dias de intervenção, o número de pacientes com deglutição funcional do GI aumentou de 1(6,25%) para 3 (17,64%). Inicialmente, 1 paciente do GI recebia dieta mista e todos os pacientes do Grupo Placebo (GP) recebiam a dieta enteral exclusiva. Ao final das cinco sessões de terapia, 8 pacientes do GI (50%) e 6 pacientes (35,3%) do GP migraram para dieta oral. Verificou-se uma diferença significativa em relação à melhora do nível da FOIS dos pacientes tanto do GI (p =0,001) quanto do GP (p=0,01). Em relação à comparação intergrupos, não foram observadas diferenças significativas antes e depois da intervenção (p= 1,00 e 0,72 respectivamente). Conclusão: A intervenção fonoaudiológica, realizada com exercícios convencionais adicionada ou não à eletroterapia, pode ser uma ferramenta importante para ser usada no processo de reabilitação de pacientes disfágicos acometidos por AVC e que fazem uso de dieta enteral. |
Abstract: | Stroke is considered the main cause of oropharyngeal neurogenic dysphagia, present in 45% of all cases. The swallowing functions management is a unique aspect for the rehabilitation of a patient after stroke, reducing the risk of aspiration pneumonia. Since the 1980s, electrostimulation has been used for therapeutic purposes in Brazil. Since the 1990s, it has been used as a relevant therapeutic tool in cases of oropharyngeal dysphagia. As there is no substantial evidence for these interventions, it is necessary to carry out more studies on their use. Objective: To evaluate the effect of functional electrostimulation as a complement to conventional speech therapy in dysphagic patients after ischemic stroke. Methodology: We performed an experimental, randomized and controlled study. 33 patients with dysphagia after stroke participated. Patients were randomized and divided into two groups and submitted to clinical evaluation using the Functional Oral Ingestion Scale (FOIS), Dysphagia Risk Assessment Protocol (PARD) and swallowing videoendoscopy exam (VED). Both groups undergone systematic speech therapy and in the Intervention Group (IG) functional electrotherapy was added. Results: The sample was composed mostly of men, around 60%, from 51 to 60 years old. Among the risk factors, the most incident was sedentary lifestyle, present in 72.7% of the patients. Although no significant difference was found between the groups with regard to the VED results, after 5 intervention days the number of patients with functional swallowing increased from 1 (6.25%) to 3 (17, 64%) in the IG. Initially, 1 IG patient received a mixed diet and all patients in the Placebo Group (PG) received exclusive enteral diet. At the end of five therapy sessions, 8 patients from the IG (50%) and 6 patients (35.3%) from the GP changed to an oral diet. There was a significant difference in relation to the improvement in the FOIS level of patients both in the IG (p = 0.001) and in the PG (p = 0.01). Regarding the intergroup comparison, no significant differences were observed before and after the intervention (p = 1.00 and 0.72 respectively). Conclusion: Speech therapy intervention performed with conventional exercises added or not with electrotherapy, can be an important tool to be used in the rehabilitation process of dysphagic patients affected by stroke and in use of an enteral diet. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/63387 |
Aparece nas coleções: | DMC - Teses defendidas na UFC |
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