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Tipo: Dissertação
Título: O mundo comum segundo Hannah Arendt: A política da não-dominação
Título em inglês: The common world according to Hannah Arendt: The politics of non-domination
Autor(es): Braga Filho, José Valdir Teixeira
Orientador: Aguiar, Odílio Alves
Coorientador: Dias, Lucas Barreto
Palavras-chave: Mundo comum;Espaço público;Senso comum;Totalitarismo;Ação;Common world;Public space;Common sense;Totalitarianism;Action
Data do documento: 2021
Citação: BRAGA FILHO, José Valdir Teixeira. O mundo comum segundo Hannah Arendt: A política da não-dominação. 2021.103 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
Resumo: Este trabalho aborda o conceito de mundo comum[common world] presente no pensamento de Hannah Arendt (1906-1975). Argumenta-se que para Arendt, o mundo comumcoincide com uma concepção de política que recusa toda forma de dominação. Trata-se de uma noção que antagoniza com a política como administração da vida biológica e gerenciamento dos interesses individuais. Para tanto, realizamos uma exposição crítica dos temas e problemáticas relacionadas a esse conceito nas suas obras, a saber: Origens do Totalitarismo(1954), Condição Humana(1958), Entre Passado e Futuro(1963) e demais escritos. Parte-se do diagnóstico de Arendt sobre a era moderna com a finalidade de apresentar o que compreendeu pelo fenômeno da desmundanidade [wordlessness]. Assim, torna-se possível abordar o distanciamento de Arendt em relação à tradição política e à tradição filosófica do período em questão. Por fim, apresentam-se as definições de Arendt de mundo comumconjuntamente com a indicação dos elementos e atividades humanas que o tornam possível. O mundo comumconsiste na criação e cuidado deum espaço onde o discurso e a ação são politicamente relevantes. Essa pesquisa se justifica na medida em que também busca compreender como a filosofia de Arendt pode contribuir para refletir sobre alternativas de pensar a política no período pós-totalitário. Em vista desse procedimento, foi possível afirmar que para Arendt, partir da concepção mundo comumajuda a formular uma alternativa às concepções tirânicas e totalitárias de política. Conclui-se que por se tratar de um espaço para a política, o mundo comum torna a vida humana possível, pois confere estabilidade, atuando como proteção das incertezas e transitoriedades da vida natural e das constantes mudanças inerentes aos regimes totalitários.
Abstract: This dissertation works on the concept of the common worldpresent in the thinking of Hannah Arendt (1906-1975). The aim is to argue that for Arendt, the common worldcoincides with a conception of politics that refuses all forms of domination. That is, a notion that antagonizes politics as administration of biological life and management of individual interests. For this purpose, a critical exposition of the themes and problems related to the concept in his works is presented here. Namely, The Origins of Totalitarianism(1954), Human Condition(1958), Between Past and future(1963) and other writings. It starts from Arendt's diagnosis of the modern era with the purpose of presenting what he understood by the phenomenon of wordlessness. Thus, it becomes possible to address Arendt's detachment from the political tradition and the philosophical tradition of that period. Finally, Arendt's definition of the common worldis presented together with the indication of the human elements and activities that enable it. The common world is about creating and caring for a space where discourse and action are politically relevant. This research is justified in that it also seeks to understand how Arendt's philosophycan contribute to reflect on alternatives for thinking about politics in the post-totalitarian period. In view of this procedure, it was possible to affirm that for Arendt, starting from the common world conception ends up formulating an alternative to the tyrannical and totalitarian conceptions of politics. Concluding that in addition to a space for politics, the common world makes human life possible. For, it confers stability, acting as protection from the uncertainties and changes of natural life and the constant change of totalitarian regimes
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/59350
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