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Tipo: Tese
Título: Acurácia e efetividade da medida de pressão arterial de consultório em condições ideais e não ideais de medição: ensaio clínico randomizado de equivalência entre os métodos auscultatório e oscilométrico
Autor(es): Albuquerque, Nila Larisse Silva de
Orientador: Araujo, Thelma Leite de
Palavras-chave: Pressão Arterial;Determinação da Pressão Arterial;Esfigmomanômetros;Monitores de Pressão Arterial;Oscilometria;Hipertensão;Técnicas e Procedimentos Diagnósticos;Avaliação da Tecnologia Biomédica
Data do documento: 2020
Citação: ALBUQUERQUE, N. L. S. Acurácia e efetividade da medida de pressão arterial de consultório em condições ideais e não ideais de medição: ensaio clínico randomizado de equivalência entre os métodos auscultatório e oscilométrico. 2020. 170 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/55688. Acesso em: 14/12/2020.
Resumo: Estudo com objetivos de avaliar o impacto de condições não ideais de medição na acurácia da medida de pressão arterial (PA) de consultório obtida nos métodos auscultatório e oscilométrico e comparar a efetividade dos métodos para classificar a PA e identificar hipertensão. Ensaio clínico randomizado de equivalência realizado com 282 adultos, entre agosto de 2019 e março de 2020, em Fortaleza, Ceará. Os braços foram compostos por três desvios do protocolo padronizado de medição da PA, os quais, neste estudo, foram denominados condições não ideais de medição: ambiente ruidoso, uso de braçadeira pressórica de tamanho adulto padrão sem que seja esta a indicação do paciente e combinação de ambos. Consideraram-se medidas de pressão arterial sistólica (PAS) e de pressão arterial diastólica (PAD) de controle aquelas obtidas no método auscultatório, seguindo integralmente protocolo padronizado de medição. Medidas de PAS e PAD na condição de teste foram obtidas mediante inserção dos desvios de protocolo durante a medição realizada nos métodos auscultatório, com esfigmomanômetro aneroide, ou no oscilométrico, utilizando monitor automático para uso clínico. Medições auscultatórias foram realizadas simultaneamente por dois observadores e conferidas por um terceiro. Para cada participante, foram obtidas seis medidas sequenciais, intercalando-se aneroide e monitor, das quais duas primeiras em condições ideais e seguintes em não ideais. Testes de diferenças de médias foram usados para comparar valores pressóricos obtidos nos métodos auscultatório e oscilométrico. Adotaram-se plotagens de Bland-Altman para avaliar equivalência entre métodos. Os desvios de protocolo causaram maior impacto no método auscultatório e na PAD (PAS: 0,57 mmHg x 0,20 mmHg; PAD: 3,29 mmHg x -0,92 mmHg, respectivamente para auscultatório e oscilométrico). Uso de braçadeira adulto padrão acarretou maior redução de acurácia em ambos os métodos, em detrimento do ambiente ruidoso. Medição com braçadeira de tamanho inferior ao adequado gerou superestimação de PAS similar entre os métodos e de PAD maior no auscultatório. O monitor automático atendeu, em condições ideais e não ideais, aos pressupostos de equivalência, mostrando-se tão acurado quanto o esfigmomanômetro manual quando o protocolo de medição da pressão arterial é integralmente seguido, bem como nas situações em que há desvios relacionados ao tamanho da braçadeira e à presença de ruídos. Embora os métodos auscultatório e oscilométrico sejam equivalentes, as diferenças de acurácia naturalmente existem. Diante dos desvios de protocolo, a acurácia do auscultatório para classificar valores de PA foi 75,18% e do oscilométrico, 74,82%; a efetividade para identificação de hipertensão foi 95,15% e 95,52%, respectivamente. Em todas as condições de teste, o oscilométrico apresentou melhores medidas diagnósticas. Conclui-se que monitores automáticos oscilométricos e esfigmomanômetros possuem acurácia equivalente em condições ideais e não ideais de medição. Nos desvios de protocolo testados, os métodos mostraram efetividade similar para classificar valores de PA e identificar hipertensão. Nessas condições, ambos os métodos possuem maior capacidade preditiva de identificação de indivíduos verdadeiramente sem hipertensão arterial, em detrimento da identificação de pessoas com a doença. Identificação no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos:U1111-1238-5001
Abstract: The study aimed to evaluate the impact of non-ideal measurement conditions on the accuracy The study aimed to evaluate the impact of non-ideal measurement conditions on the accuracy of the office blood pressure measurement (BP) obtained in the auscultatory and oscillometric methods and to compare the effectiveness of the methods to classify BP and identify hypertension. Randomized clinical trial of equivalence conducted with 282 adults, between August 2019 and March 2020, in Fortaleza, Ceara. The arms were composed of three protocol deviations from the standardized BP measurement protocol, which, in this study, were called non-ideal measurement conditions: noisy environment, use of standard adult cuff size regardless of the patient's indication and combination of both. Systolic blood pressure (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) control measures were those obtained in the auscultatory method, fully following the standardized protocol. SBP and DBP measurements in the test condition were obtained by inserting protocol deviations during the measurement performed in the auscultatory methods, with an aneroid sphygmomanometer, and oscillometric, with automated monitor for clinical use. Auscultatory measurements were performed simultaneously by two observers and checked by a third, those with differences of less than 5 mmHg being considered valid. For each participant, six sequential measurements were obtained, interspersing aneroid and monitor, of which the first two were in ideal conditions and the next one in non-ideal. Mean difference tests were used in order to compare BP values obtained in the auscultatory and oscillometric methods. Bland-Altman plots were adopted to assess equivalence between methods. The protocol deviations had a greater impact on the auscultatory method and on the DBP (SBP: 0.57 mmHg x 0.20 mmHg; DBP: 3.29 mmHg x -0.92 mmHg, respectively for auscultatory and oscillometric). Use of a standard adult cuff resulted in a greater reduction in accuracy in both methods, compared to noisy environment. Smaller than adequate size generated similar overestimation of SBP between the methods and of greater DBP in the auscultatory. The automatic monitor met, under ideal and non-ideal conditions, the assumptions of equivalence, being as accurate as the manual sphygmomanometer when the BP measurement protocol is fully followed, as well as in situations where there are deviations related to cuff size and the presence of noise. Although auscultatory and oscillometric methods are equivalent, differences in accuracy naturally exist. In view of the protocol deviations, the accuracy of the auscultatory to classify BP values was 75.18% and the oscillometric, 74.82%; the effectiveness for identifying hypertension was 95.15% and 95.52%, respectively. In all test conditions, the oscillometric showed better diagnostic measures. It is concluded that automatic monitors and sphygmomanometers have equivalent accuracy in ideal and not ideal measurement conditions. In the face of protocol deviations, the methods showed similar effectiveness to classify BP values and identify hypertension. In these conditions, both methods have a greater predictive capacity for identifying individuals truly not hypertensive, to the detriment of identifying people with the disease. Identification in the Brazilian Clinical Trials Registry: U1111-1238-5001
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/55688
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