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Tipo: Dissertação
Título: Ao caminhar entrevi lampejos de beleza: Jonas Mekas e uma vida escrita por imagens.
Autor(es): Lopes Terceiro, Leila Maria
Orientador: Furtado, Sylvia Beatriz Bezerra
Palavras-chave: Jonas Mekas;Escrita de si;Experiência;Cinema;Cotidiano
Data do documento: 2014
Citação: LOPES TERCEIRO, Leila Maria. Ao caminhar entrevi lampejos de beleza: Jonas Mekas e uma vida escrita por imagens. 2014. 106f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Instituto de Cultura e Arte, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014.
Resumo: O cinema sempre foi um espaço de experimentação. Um lugar para se colocar em jogo o mundo, o tempo, o olhar, a vida. Fazer cinema é pôr o mundo, a vida, os corpos, o espaço e tempo em movimento. Um lugar que não apenas movimenta, mas inventa tudo isso. Tomamos aqui a decisão de falar sobre os atravessamentos de forças que vem da relação entre o cinema de Jonas Mekas (um cinema pautado pela escrita de si) e a experiência cotidiana. Analisamos como as práticas comuns do dia-a-dia podem ser fundamentais para uma certa produção de si, que reverbera pelos tempos em seu documentário. Tomamos a relação do cinema de Jonas Mekas e a escrita de si pelas possibilidades que se cria na variação das temporalidades. Pensamos um filme pelo seu caráter atemporal, pela sua relação com o presente e sua abertura para novos possíveis através das imagens. Percebemos essa relação como um campo de intensidades que desencadeia a experiência e cria uma comunidade de imagens e de pessoas pelos desdobramentos dos afetos constituídos. Deste modo lançamos a hipótese que a câmera compartilha, nas obras de Mekas, uma certa produção de si, que se constrói na experiência cotidiana que explora a si e o mundo. Esse realizador reuniu fragmentos de sensações, de vestígios de vida, e monta suas narrativas imagéticas – que se constituem através de constantes performances e fabulações – que parecem passíveis de conviver em harmonia no mundo. A montagem em formato de um caderno de notas, de um diário, de uma carta, é fundamental nessas produções, pois trazem aos filmes uma essência inacabada, ou seja, carrega sempre uma narrativa que pode ser repensada, reescrita, revivida. No entanto, convocamos alguns dos autores que nos ajudaram a trilhar esse caminho. Uma influência direta vem de dois autores: Michel Foucault (2009) e sua obra, “O que é um autor”; e Jacques Rancière, com o “Distâncias do Cinema” (2012) e “Aisthesis: Scenes from the Aesthetic Regime of Art” (2013). Deleuze e Guattari (1995) caminham por vários trechos desta paisagem, assim como Georges DidiHuberman, Walter Benjamin, Giorgio Agamben, Jorge Larossa Bondía e Phillipe Lejeune. Trabalhamos, também, com teóricos contemporâneos, como Phillipe Dubois, Beatriz Furtado e Cezar Migliorin para compor o diálogo teórico com um objeto que tem várias entradas. Não se trata de uma amostragem da produção destes artistas, e sim de obras escolhidas a partir do que podem potencializar o pensamento acerca da presença do realizador em sua obra, da experiência de si pelas imagens, e da composição da memória; dos desejos e dos afetos pela escrita de si.
Abstract: The film has always been a place for experimentation. A place to put in the match the world, the time, the way to look, the life. Making movies is putting the world, life, bodies, space and time in motion. A place, which not only moves, but also invents all of that. Here we take the decision to talk about the crossings of forces coming from the relation between Jonas Mekas1s cinema (a cinema guided by self- writing) and the daily experience. Reviewing how the common practices of the day-by day can be instrumental to a certain self-production, which reverberate through time in his documentary. Taking the relationship of Jonas Mekas’s cinema and self-writing for the possibilities created for changing temporality. Think a movie by its timeless appeal, by the relationship with present tense, opening up the potential for new images. Realizing this relationship as a field of intensities that triggers the experience and creates a community of people and images by the developments of affections. Thus, we launch the hypothesis that the camera shares in Mekas’s movies a certain self-production constructed in daily experience that explores the self, and the world. This director joins fragments of sensations and traces of life and assembles their imagery narratives - that are constant through performances and fabulations - they seem likely to live in harmony in the world. The editing as a notebook, a diary, and a letter is crucial in these productions, because they bring to the movies an unfinished essence, in other words, it always carries a narrative that can be reconsidered, rewritten, reviewed. However, we bring some authors who have helped us to tread this path. A straight influence comes from two authors Michel Foucault (2009) and his work, "What is an author" and Jacques Rancière with "The Distances among Cinemas" (2012) and "Aisthesis: Scenes from the Aesthetic Regime of Art" (2013). Deleuze and Guattari (1995) by various paths crossing through this landscape, as well as Georges Didi-Huberman, Walter Benjamin, Giorgio Agamben, Jorge Larossa Bondia and Phillipe Lejeune. We also work with contemporary theorists such as Phillipe Dubois, Beatriz Furtado, Cezar Migliorin to compose the theoretical dialogue with an object that has multiple inputs. This is not a sample of this director’s production, but some works selected by the potentially thought about the presence of the director in his work, the experience of the images themselves, and the composition of memory, desires and affections by self-writing
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/55590
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