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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/53113
Tipo: | Dissertação |
Título: | Afiliação de adolescentes e jovens a facções criminosas: fatores psicossociais de risco e proteção. |
Título em inglês: | Affiliation of teenagers and young people`s to criminal factions: psychosocial factors of risk and protection. |
Autor(es): | Farias, Jorge Wambaster Freitas |
Orientador: | Santos, Walberto Silva dos |
Palavras-chave: | Afiliação a facções criminosas;Jovens;Organizações criminosas com base prisional;Fatores psicossociais;Risco;Proteção |
Data do documento: | 2020 |
Citação: | FARIAS, Jorge Wambaster Freitas. Afiliação de adolescentes e jovens a facções criminosas: fatores psicossociais de risco e proteção. 2020. 165f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia. Fortaleza (CE), 2020. |
Resumo: | Esta dissertação objetivou explorar e avaliar a influência de fatores psicossociais de risco e de proteção sobre a afiliação de adolescentes e jovens a facções criminosas. Foi analisado um amplo conjunto de variáveis antecedentes, distribuídas entre fatores de risco (exposição comunitária a facções criminosas, estilo de socialização parental negligente, tempo de convívio familiar com membros de facções, vitimização por pares, influências de pares antissociais, sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, emissão de comportamentos antissociais e subfunções valorativas de experimentação e de realização) e fatores de proteção (suporte social, compromisso escolar, influências de pares pró-sociais, autoeficácia, autocontrole, compromisso religioso e subfunções valorativas normativa e interacional) frente à afiliação de jovens a facções criminosas. Para tanto, contou-se com uma amostra de 252 participantes que constituíram três grupos: jovens afiliados a facções criminosas (n=91), jovens não-afiliados a facções em situação de conflito com a lei (n=79) e jovens não-afiliados que residem em contextos comunitários de alto risco social (n=82). Os participantes apresentaram idades variando entre 12 e 19 anos (M=16,32; DP=1,74), sendo a maioria do sexo masculino (69%), heterossexual (80,2%) e parda (56,7%) Trata-se de uma amostra não probabilística, sendo a participação condicionada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e do Termo de Assentimento. Os dados foram coletados nos Centros de Internação do Sistema Socioeducativo e em escolas públicas de comunidades classificadas de alto risco, depois de autorizados e considerados os devidos procedimentos éticos. Os participantes responderam a um livreto composto por Medidas de Afiliação a Facções Criminosas, Escala de Exposição Comunitária a Facções Criminosas, Escala de Percepção de Suporte Social, Escala Compromisso Escolar, Questionário de Percepção dos Pais, Escala de Agressão e Vitimização entre Pares, Escala de Influência de Pares Antissociais, Escala de Influência de Pares Pró-sociais, Post-Traumatic Stress Disorder Checklist – Civilian Version, Escala de Comportamentos Antissociais, Versão Adaptada da Brief Self-Control Scale, Escala de Autoeficácia Geral, Questionário de Valores Básicos, Escala de Crenças Religiosas, Escala de Práticas Religiosas e a um questionário sociodemográfico. Foram realizadas estatísticas descritivas, análise fatorial exploratória, testes de qui-quadrado, análises de variância e regressões logísticas multinomiais. Os resultados indicaram que, especificamente, os fatores de risco: influência de pares antissociais, emissão de comportamentos antissociais severos e subfunção valorativa de experimentação; e os fatores de proteção: influência de pares pró-sociais, autocontrole e subfunção valorativa interacional atuaram como preditores frente a afiliação dos jovens a facções criminosas no cenário local. Contudo, não foi observado potencial preditivo das demais variáveis analisadas. Tais resultados foram discutidos com base na literatura e direcionamentos para pesquisas futuras são apresentados. Apesar da existência de algumas limitações, ressalta-se que os objetivos deste estudo foram satisfatoriamente alcançados, apresentando informações significativas acerca da afiliação de adolescentes e jovens a facções criminosas no contexto local. |
Abstract: | This dissertation aimed to explore and evaluate the influence of the psychosocial factors of risk and protection on the affiliation of adolescents and young people with criminal factions. A wide range of antecedent variables was analyzed, distributed in risk factors (community exposure to criminal factions, negligent parental socialization, time of family coexistence with faction members, victimization by peers, the influence of antisocial peers, post-traumatic stress disorder symptoms, emission on antisocial behaviors, and sub-functions of human values of experimentation and realization) and protective factors (social support, school commitment, the influence of prosocial peers, self-efficacy, self-control, religious commitment, and sub-functions of human values of normative and interactional) in the face of the affiliation of young people to criminal factions. To this end, it was used a sample of 252 participants constituted of three groups: youth affiliated to criminal factions (n=91), youth not affiliated to criminal factions and in conflict with the law (n=79) and youth not affiliated to criminal factions residing in high social risk community contexts (n=82). The participants aged between 12 and 19 years (M=16.32; SD=1.74), the majority being male (69%), heterosexual (80.2%) and brown (56.7%). This is a non-probabilistic sample, with participation conditional on signing of the Free and Informed Consent Form and the Assent Form. Data were collected at the Socio-Educational System Inpatient Centers and at public schools in communities classified as high risk, after the authorizations and consideration of the proper ethical procedures. Participants responded to a booklet consisting of Criminal Faction Affiliation Measures, Community Exposure Scale to Criminal Factions, Perceived Social Support Scale, School Commitment Scale, Parental Perception Questionnaire, Scale of Aggression and Peer Victimization, Antisocial Peer Influence Scale, Prosocial Peer Influence Scale, Post- Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version, Scale of Antisocial Behaviors, Adapted Version of the Brief Self-Control Scale, General Self-Efficacy Scale, Basic Value Survey, Scale of Religious Beliefs, Scale of Religious Practices and a sociodemographic questionnaire. Descriptive statistics, exploratory factor analysis, chi-square tests, analysis of variance and multinomial logistic regressions were performed. The results show that, specifically the risk factors: influence of antisocial peers, emission of severe antisocial behaviors, and experimentation value subfunction; and the protection factors: influence of prosocial peers, self-control, and interactional value subfunction acted as predictors of the affiliation of young people to criminal factions in the local scenario. However, the predictive potential of the other analyzed variables was not observed. The results were discussed based on the literature and directions for future researches were presented. In despite of the existence of some limitations, it is emphasized that the objectives of this study were satisfactorily achieved, presenting significant information about the affiliation of adolescents and young people to criminal factions in the local context. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/53113 |
Aparece nas coleções: | PPGP - Dissertações defendidas na UFC |
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