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Tipo: Tese
Título: Saberes ancestrais femininos na filosofia africana: poéticas de encantamento para metodologias e currículos afrorreferenciados
Autor(es): Machado, Adilbênia Freire
Orientador: Petit, Sandra Haydée
Palavras-chave: Saberes Ancestrais Femininos;Filosofia Africana;Cosmoencantamento;Metodologia dos Odus;Currículos Afrorreferenciados;Descolonização dos Sentidos
Data do documento: 2019
Citação: MACHADO, Adilbênia Freire. Saberes ancestrais femininos na filosofia africana: poéticas de encantamento para metodologias e currículos afrorreferenciados. 2019. 268f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação, Fortaleza (CE), 2019.
Resumo: Diante da ausência de valorização epistemológica, metodológicas e curriculares numa perspectiva afrorreferenciada para pesquisas em torno das africanidades, além do sexismo que inviabiliza as mulheres na construção da filosofia africana contemporânea, mesmo em culturas marcadas pelo matriarcado, essa tese tem o objetivo de contribuir com a descolonização do conhecimento, descolonização curricular e metodológica desde as filosofias africanas, afro-brasileiras, da ancestralidade e do encantamento crocheteada pelos saberes ancestrais femininos e sua relação com a educação. Como povo negro é imperativo construirmos nossas epistemologias e modos de ensinar / aprender pautados em nossas próprias categorias e trajetórias. Assim, interrogamos a naturalização e a universalização do privilégio falocêntrico, cisgênero e branco, enquanto ordem do pensamento e da própria existência. Apresentamos propostas teórico-metodológicas afrorreferenciadas, em especial a Metodologia dos Odus, que delineou a construção dessa tese, além de propostas curriculares, assim como um referencial teórico feminino em uma perspectiva da transversalidade, inclusão e valorização dos saberes negados pelo ocidente. Para tanto, buscamos trazer reflexões desde experiências próprias, sobre descolonização dos sentidos (ser / fazer / aprender / ensinar / conhecer / sentir), as cosmossensações, no intento de construir epistemologias para uma educação engajada e libertária. Privilegiando as poéticas do encantamento, as experiências tecidas em nossas palavras, nossos escritos, nossos saberes crocheteados pelas escrevivências de nossos corpos femininos cheio de sentidos, (re)existências e da ancestralidade que possibilita e potencializa a própria existência do / no mundo. Propomos, então, diálogos afrorreferenciados, antirracistas, antissexistas e conectados com as poéticas de encantamento, ou seja, com o cosmoencantamento, os saberes ancestrais femininos negros, problematizando a interseccionalidade própria de existências marcadas por diversas opressões oriundas do racismo, das desigualdades de gênero, da sexualidade e da classe social, mas também falar desde a potência da vida e da própria possibilidade do existir, do criar, do ser. As filosofias africanas são oriundas do feminino, pois a ancestralidade é feminina, assim, essas filosofias estão implicadas no retorno ao feminino como fonte principal da e para a vida.
Abstract: Given the lack of epistemological, methodological and curricular appreciation in an Afro-referenced perspective for research on Africanities, besides the sexism that makes women unfeasible in the construction of contemporary African philosophy, even in cultures marked by matriarchy, this thesis aims to contribute to the decolonization of knowledge, curricular and methodological decolonization from African, Afro-Brazilian philosophies of ancestry and enchantment crocheted by female ancestral knowledge and its relation to education. As black people it is imperative that we build our epistemologies and ways of teaching / learning based on our own categories and trajectories. Thus, we question the naturalization and universalization of the phallocentric privilege, cisgender and white, as an order of thought and existence itself. We present Afro-referenced theoretical-methodological proposals, especially the Odus Methodology, which outlined the construction of this thesis, as well as curricular proposals, as well as a female theoretical framework in a perspective of transversality, inclusion and valorization of knowledge denied by the West. Therefore, we seek to bring reflections from our own experiences, about decolonization of the senses (being / doing / learning / teaching / knowing / feeling), the cosmossensations, in order to build epistemologies for an engaged and libertarian education. Privileging the poetics of enchantment, the experiences woven into our words, our writings, our knowledge crocheted by the scribes of our feminine bodies full of senses, (re) existences and the ancestry that enables and enhances the very existence of / in the world. We propose, therefore, Afro-referenced, anti-racist, antisexist dialogues and connected with the poems of enchantment, that is, with the cosmoencantamento, the black feminine ancestral knowledge, problematizing the proper intersectionality of existences marked by diverse oppressions arising from racism, gender inequalities, of sexuality and social class, but also to speak from the power of life and from the very possibility of existing, of creating, of being. African philosophies come from the feminine, because ancestry is feminine, so these philosophies are implicated in the return to the feminine as the main source of and for life.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51976
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