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Tipo: Tese
Título: A cabeça pensa onde os pés pisam: movimentos juvenis e práticas educativas emancipadoras no Levante Popular de Juventude
Autor(es): Oliveira, Jaiane Araujo de
Orientador: Sales, Celecina de Maria Veras
Palavras-chave: Levante Popular de Juventude;Atividades educativas emancipadoras;Formação;Ação política
Data do documento: 2019
Citação: OLIVEIRA, Jaiane Araujo de. “A cabeça pensa onde os pés pisam”: movimentos juvenis e práticas educativas emancipadoras no Levante Popular de Juventude. 2019. 226f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação, Fortaleza (CE), 2019.
Resumo: O objetivo de estudo desta tese é compreender como ocorre o processo de formação dos/das jovens no Levante Popular de Juventude/LPJ e que atividades são produzidas para desenvolver suas ações políticas. O trabalho foi realizado com jovens que compõem o LPJ em Fortaleza/Ce. A pesquisa percorreu os caminhos da etnografia, na qual buscou conhecer a história do LPJ, a partir da inserção no campo observando os/as jovens em seus movimentos de formação, resistência, existência e ação coletiva em suas atividades nos acampamentos (nacional e estadual), em atos de rua, reuniões, saraus, encontros e nas redes sociais da internet, durante os anos de 2016 a 2018. Na busca em compreender o processo de formação do LPJ foram entrevistados nove jovens de modo que algumas questões fossem aprofundadas. Para discutir as categorias de Movimentos Sociais, Juventude, Formação, Atividades Educativas Emancipadoras e Ação política nos apoiamos nos estudos e reflexões de Tonet (2015), Arendt (1999; 1993; 2010), Zibechi (2015), Freire (2005; 2010; 1992), Gramsci (1985), Gohn (2017; 2012; 2013), Melucci (2003), Sales (2006; 2010; 2012; 2005; 2018) Pais (2003), entre outros/as. O trabalho anuncia que o LPJ é um movimento social de Juventude construído pela juventude. Nasce a partir de outros movimentos, vinculados à via campesina, mas traz em suas práticas um jeito de fazer a ação política marcado pelas criações juvenis, expressas pela arte, a cultura, a irreverência, a criatividade, performances juvenis que atraem outros jovens para o movimento. A formação é um elemento importante e permanente que possibilita aos jovens desenvolver sua capacidade crítica e reflexiva da realidade e de sua condição social e orienta o próprio fazer juvenil militante. O quadro teórico que orienta a formação está alicerçado pelo pensamento marxista, nas lutas sociais no Brasil e da América Latina. Para o LPJ a formação é indissociável da prática, do agir político, o que permite em suas atividades desenvolver práticas de caráter educativo emancipador. As atividades do LPJ estão fortemente articuladas com os territórios juvenis, seus saberes, suas experiências concretas, gestadas na família, na escola, na universidade ou mesmo em outros coletivos juvenis. Por meio dos Saraus, dos Escrachos/esculachos e os atos de rua os/as jovens compreendem o sentido de sua luta, o papel da formação e de sua capacidade de criar um campo de “improbabilidades infinitas”. A partir das práticas juvenis observa-se uma reconfiguração dos territórios em que a heterogeneidade, ou mesmo as diferenças, é vista como possibilidade de criações e recriações juvenis. Nesses espaços eles/elas tem a oportunidade de construir rede de afetos, de empoderamento, configurando-se em um salto para a condição juvenil, uma vez que suas produções artísticas perpassam por uma escrita-experiência objetivada pelas vivências experimentadas em seus cotidianos que são reveladoras de performances poéticas que expressam e representam relatos de vida, reivindicação da existência, subversão dos códigos violentos do Estado contra a juventude, sobretudo a juventude negra, periférica e LGBT. Dessa forma, constroem nesses espaços de fluxos heterogêneos, subjetividade e aprendizados para a vida inteira.
Abstract: El objetivo de este estudio de tesis es comprender como se produce el proceso de formación de los/las jóvenes en el "Levante Popular de Juventude" (LPJ) y que actividades se producen para desarrollar sus acciones políticas. El trabajo se realizó con los jóvenes que componen el LPJ en Fortaleza-Ce. La investigación siguió los caminos de la etnografía, en la que buscó conocer la historia de la LPJ, desde la inserción en el campo observando a los/las jóvenes en sus movimientos de formación, resistencia, existencia y acción colectiva en sus actividades en los campamentos (nacionales y estatales), en actos callejeros, reuniones, veladas, encuentros y en las redes sociales de Internet, de 2016 a 2018. En un intento por comprender el proceso de formación de la LPJ, se entrevistó a nueve jóvenes para profundizar algunas ideas. Para discutir las categorías de: movimientos sociales, juventud, capacitación, actividades educativas emancipadoras y acción política, apoyándonos en los estudios y reflexiones de Tonet (2015), Arendt (1999; 1993; 2010), Zibechi (2015), Freire (2005; 2010; 1992), Gramsci (1985), Gohn (2017; 2012; 2013), Melucci (2003), Ventas (2006; 2010; 2012; 2005; 2018) Padres (2003), entre otros. El trabajo anuncia que LPJ es un movimiento social juvenil construido por jóvenes. Nace de otros movimientos, vinculados al camino campesino, pero trae en sus prácticas una forma de hacer una acción política marcada por creaciones juveniles, expresadas por el arte, la cultura, la irreverencia, la creatividad, las actuaciones juveniles que atraen a otros jóvenes para el movimiento. La formación es un elemento importante y permanente que permite a los jóvenes desarrollar su capacidad crítica y reflexiva de la realidad y su condición social y guía al propio hacerse de la juventud militante. El marco teórico que guía la formación se basa en el pensamiento marxista, en las luchas sociales en Brasil y América Latina. Para el LPJ, la formación es inseparable de la práctica, de la acción política, que permite en sus actividades desarrollar prácticas educativas emancipadoras. Las actividades del LPJ están fuertemente articuladas con los territorios juveniles, sus conocimientos, sus experiencias concretas, gestadas en la familia, en la escuela, en la universidad o incluso otros colectivos juveniles. A través de veladas, escrachos y actos callejeros, los/las jóvenes comprenden el significado de su lucha, el papel de la formación y su capacidad para crear un campo de "improbabilidades infinitas". A partir de las prácticas juveniles existe una reconfiguración de los territorios en los que la heterogeneidad, o incluso las diferencias, se consideran una posibilidad de creaciones y recreaciones juveniles. En estos espacios ellos/ellas tienen la oportunidad de construir una red de afectos, de empoderamiento, configurándose en un salto a la condición juvenil, ya que sus producciones artísticas impregnan una escrita-experiencia objetivada por las experiencias experimentadas en su vida cotidiana que son reveladoras de actuaciones poéticas que expresan y representan historias de vida, reclamos de existencia, subversión de códigos estatales violentos contra la juventud, especialmente la juventud negra, periférica y LGBT. De esta manera, construyen en estos espacios de flujos heterogéneos, subjetividad y aprendizaje para toda la vida.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45104
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