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Tipo: Dissertação
Título: Síndromes parkinsonianas : diagnóstico diferencial por ressonância magnética e avaliação das alterações do sono
Título em inglês: Parkinsonian syndrome : differential diagnosis magn resonance tica and evaluation of changes of sleep
Autor(es): Gama, Rômulo Lopes
Orientador: Bruin, Veralice Meireles Sales de
Palavras-chave: Doença de Parkinson;Atrofia de Múltiplos Sistemas;Resonância Magnética
Data do documento: 2010
Citação: GAMA, R. L. Síndromes parkinsonianas : diagnóstico diferencial por ressonância magnética e avaliação das alterações do sono. 2010. 95 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2010.
Resumo: Este trabalho consiste de dois estudos: o primeiro estudo avalia o papel da morfometria por ressonância magnética (RM) no diagnóstico diferencial das síndromes parkinsonianas; o segundo avalia as alterações do sono nessas síndromes e suas relações com alterações estruturais na RM. Nas fases iniciais da doença o diagnóstico diferencial entre as síndromes parkinsonianas pode ser de difícil realização. As medidas por RM podem contribuir para o diagnóstico diferencial entre a doença Parkinson (DP), paralisia supranuclear progressiva (PSP) e atrofia de múltiplos sistemas (AMS). O objetivo do primeiro estudo foi avaliar o valor diagnóstico das alterações anatômicas estruturais identificadas pela RM no diagnóstico diferencial dessas síndromes. Foram estudados 21 casos com DP, 11 casos com atrofia de múltiplos sistemas forma cerebelar (AMS-c), 8 casos de atrofia de múltiplos sistemas forma parkinsoniana (AMS-p) e 20 com PSP. A área sagital mediana do mesencéfalo (Ams), área sagital mediana da ponte (Apn), largura média do pedúnculo cerebelar médio (PCM) e pedúnculo cerebelar superior (PCS) foram medidas pela RM. Comparações múltiplas foram realizadas entre a PD, AMS-c, AMS-p e PSP. A morfometria da Apn, PCM e PCS apresentaram diferenças entre os casos com diferentes diagnósticos. A Ams e a morfometria do PCS foram as medidas mais preditivas para o diagnóstico de PSP, de tal forma que uma área do mesencéfalo < 105 mm2 e a medida do PCS < 3 mm mostraram uma grande probabilidade para este diagnóstico (sensibilidade de 95,0 e 80,0%, respectivamente). Nos casos de AMS-c, a morfometria da Apn < 315mm2 apresentou boa especificidade e valor preditivo positivo para o diagnóstico (93,8% e 72,7%, respectivamente). Em conclusão, demonstramos que dimensões e valores de cortes obtidos a partir de exames de RM podem diferenciar entre PD, PSP e AMS-c, com boa sensibilidade, especificidade e precisão. Na segunda etapa desse trabalho, foram avaliados e comparados os distúrbios do sono em pacientes com DP, AMS e PSP e as possíveis associações com a morfometria por RM do encéfalo em 16 casos de DP, 13 AMS, 14 PSP e 12 controles. Os distúrbios do sono foram avaliados pela escala de Sonolência de Epworth, Índice de Qualidade do sono de Pittsburgh (IQSP), escala de pernas inquietas e questionário de Berlim. A Apn e Ams e largura do PCS e do PCM foram medidas pela RM. A má qualidade do sono, o risco da síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) e síndrome das pernas inquietas (SPI) foi detectado em todos os grupos. Pacientes com AMS apresentaram maior risco de SAOS e menor número de casos com SPI. Nos casos de AMS, uma correlação entre os escores do IQSP e o estágio do Hoehn & Yahr foi observada (p<0,05). Na PSP, a SPI foi freqüente (57%) e relacionou-se com a menor duração e pior eficiência do sono. Na DP, sonolência diurna excessiva relacionou-se com a atrofia do PCM (p=0,01). Em conclusão, o alto risco de SAOS foi comum e proeminente nos casos de AMS. SPI foi mais freqüente na DP e na PSP. Nos casos com PSP, a SPI associou-se com uma redução da eficiência e duração do sono; e nos pacientes com DP e sonolência excessiva diurna apresentaram maior atrofia do PCM (DP com sonolência excessiva diurna PCM= 16,08±0,93; DP sem sonolência excessiva diurna PCM =17,82± 0,80 p=0,01), sugerindo degeneração de estruturas do tronco cerebral nesses pacientes.
Abstract: We describe two studies, as follows: one concerns the role of cerebral morphometry as evaluated by magnetic resonance imaging (MRI) in the differential diagnosis of the parkinsonian syndromes; the other is about sleep alterations and the relationship with MRI changes in these syndromes. MRI measures can be useful for differential diagnosis between Parkinson disease (PD), progressive supranuclear palsy (PSP) and multiple system atrophy (MSA). The aim of this study was to evaluate the diagnostic value of structural anatomic changes identified by MRI in the differential diagnosis of these syndromes. We studied 21 cases with PD, 11 with MSA-c, 8 with MSA-p, 20 with PSP and 12 controls. Midbrain area (Ams), Pons area (Apn), middle cerebellar peduncle (MCP) and superior cerebellar peduncle (SCP) width were measured using MRI. Multiple comparisons were made between PD, MSA-p, MSA-c and PSP and we show that Apn, MCP and SCP width morphometry dimensions have clear cut differences in these syndromes. The Ams and SCP were the most predictive measures of PSP. A Midbrain area below 105 mm2 and SCP less than 3 mm showed a major probability for this diagnosis (sensitivity of 95.0 and 80.0%, respectively). For the group of MSA-c patients, an Apn area below 315mm2 showed good specificity and positive predictive value (93.8% and 72.7%, respectively). In conclusion, we demonstrate that dimensions and cut off values obtained from routine MRI can differentiate between PD, PSP and MSA-c with good sensitivity, specificity and accuracy. Despite common reports in PD, in other parkinsonian syndromes, sleep disturbances have been less frequently described. We compare sleep disturbances in patients with PD, MSA and PSP and analyze associations with brain MRI morphometry. This was a cross-sectional study of 16 PD cases, 13 MSA and 14 PSP. Sleep disturbances were evaluated by Epworth Sleepiness Scale, Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Restless Legs Scale and Berlin questionnaire. Apn, Ams, MCP width, and SCP width were measured using MRI. Poor quality sleep, risk of obstructive sleep apnea (OSA) and restless legs syndrome (RLS) were detected in all groups. Patients with MSA showed higher risk of OSA and less frequent RLS. In MSA, a correlation between PSQI scores and Hoehn and Yahr stage was observed (p<0.05). In PSP, RLS was frequent (57%) and related with reduced sleep duration and efficiency. In PD, excessive daytime sleepiness was related to atrophy of the MCP (p= 0.01). High risk of OSA was common and prominent in MSA cases. RLS was more frequent in PD and PSP, and in PSP, was associated with reduced sleep efficiency and sleep duration. In conclusion, the morphometric analysis of PD patients with excessive daytime sleepiness showed more atrophy of MCP (PD with excessive daytime sleepiness MCP= 16.08±0.93; PD without excessive daytime sleepiness MCP=17.82±0.80 p= 0.01) suggesting widespread degeneration of brainstem sleep structures on the basis of sleep abnormalities in these patients.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/4313
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