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Tipo: Artigo de Evento
Título: Emannuel Liais, Louis Agassiz e Antônio Bezerra: a província do Ceará e os debates geológicos do século XIX
Autor(es): Moreira, Paulo Italo
Palavras-chave: Geologia;Viagens e viajantes;História e História das Ciências
Data do documento: 2013
Instituição/Editor/Publicador: ANPUH
Citação: MOREIRA, Paulo Italo. Emannuel Liais, Louis Agassiz e Antônio Bezerra: a província do Ceará e os debates geológicos do século XIX. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 27., 22-26 jun. 2013, Natal (RN). Anais... Natal (RN): ANPUH, 2013. Tema: Conhecimento histórico e diálogo social.
Resumo: O objetivo central deste trabalho é analisar os debates geológicos acerca das origens das formações rochosas da Província do Ceará a partir do livro “Notas de Viagem” (1889) do intelectual cearense Antônio Bezerra de Menezes. Intentamos, com esta análise, perscrutar as disputas entre duas teorias geológicas distintas, a saber: o Vulcanismo e as teorias das Eras Glaciais, tendo como proponentes Emmanuel Liais e Louis Agassiz, respectivamente. A proposta é elaborar uma reflexão baseada em uma problemática científica da geologia do século XIX, e a apropriação dela por Antônio Bezerra e, também, produzir reflexões sobre as aproximações teórico-metodológicas entre História e Geologia, portanto, um trabalho que se insere no campo da História das Ciências Bezerra foi um intelectual bastante atuante nos círculos letrados de Fortaleza na segunda metade do século XIX, e participou de vários jornais, revistas, instituições científicas e literárias. Publicou artigos, poemas, discursos, descrições geográficas e estudos históricos, transitando em diferentes gêneros narrativos. Em 1887, ele foi um dos sócios fundadores do Instituto Histórico do Ceará e, como historiador, foi um dos responsáveis pelo estudo e documentação das origens da colonização da região. Em "Notas de Viagem" (1889) ele traçou um esboço naturalista complexo das diferenças entre sertão e litoral para o Norte da Província do Ceará. Contratado pelo governo provincial, Antônio Bezerra viajou por seis meses pelas localidades sertanejas da ribeira do Acaraú e serra da Meruoca e Ibiapaba. Sua narrativa é a crônica de viagem onde descreveu os aspectos político-administrativos das vilas e cidades, aspectos do cotidiano dos moradores, meios de subsistência das populações, mas sobretudo aspectos naturais, como clima, geologia, zoologia, fontes naturais, rios, vegetação, etc. Com sua habilidade de historiador natural, Antônio Bezerra procurou inventariar os recursos naturais da região. A ótica de abordagem utilizada para este trabalho centra-se na perspectiva da História das Ciências, sendo fundamental, portanto, perceber os debates geológicos supramencionados como problemáticas profundamente científicas do século XIX, analisando a trajetória dos atores envolvidos na construção desses discursos científicos. Intentamos, também, buscar significados para a formação de uma rede de ideias, na qual não somente Antônio Bezerra, mas também outros sujeitos estiveram inseridos, formando discursos e produzindo conhecimento científico a partir de reuniões, de troca de correspondências etc.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/42626
ISBN: 978 85 98711 11 9
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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